Chandeliers

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Joalin Loukamaa

Acabo por adormecer após conversar com Lamar. Cada confissão feita sobre May me importunava até meus mínimos pensamentos. Eu não entendo se de fato estou ligada a ele, se ele me considera parte dele, por que faz tudo isso comigo? Ele só pode ser maluco. Mas como Lamar disse, May tem uma pedra no lugar do coração, isso se tiver a pedra.

Eu obtinha um sono leve, qualquer ruído poderia me despertar. Eu estava naqueles pequenos cochilos, em que você ouve tudo, porém seu corpo se mantem relaxado.

Presto atenção a minha volta quando a porta range dando a entender que está sendo aberta. Encolho- me na cama com medo de ser acordada como da última vez, uma baldada de sangue. Devagar acabo por espreguiçar-me e abrir os olhos fitando o moreno a minha frente.

— Acordei você Sunshine? — ele pergunta se aproximando de mim.

— Não.. — digo e recebo um olhar dele. — Não senhor May — complemento e ele afirma com a cabeça.

— Está com fome? — ele me pergunta me encarando.

— Muita — confesso e ele então faz sinal com a cabeça para sair do quarto.

Eu obtinha extrema dificuldade para andar. Eu estava completamente destruída, havia pontos nas minhas pernas e braços. Os hematomas estavam por toda parte, e aquela queimadura na minha costela. Mancando e sentindo dores por todo meu corpo acabo por ir de encontro ao chão no meu primeiro passo.

Ao ouvir o estrondo percebo que May gira os calcanhares em minha direção me tomando em seus braços. Ele me carregou escada a baixo e continuou a me carregar até entrarmos ao mesmo salão do jantar que ele havia tirado minha virgindade. Observo o local que exibe em cima da mesa fartura de comida, e pelo horário deduzo ser a janta.

Ele me leva ainda no colo até a cadeira me colocando sentada na mesma. Ele era uma caixinha de mistérios, ele poderia ser tão carinhoso e tão violento ao mesmo tempo, e isso me assusta, May era uma bomba relógio, que poderia explodir a qualquer momento e eu sempre seria seu saco de pancadas.

Posiciono-me em frente ao prato e começo a comer sem se quer dizer uma palavra. Sinto o olhar de May pousar em mim por várias vezes.

Termino minha refeição e continuo sentada observando o local. O salão era imenso com vidraçarias grandes e pinturas parecidas com o interior de uma catedral por ele todo. Obtinha no mínimo 6 lustres imensos e uma parte grande provavelmente reservada para algum tipo de dança.

Uma música clássica ecoou pelo ambiente no mesmo instante que meus pensamentos foram encerrados. Fito May que se locomove no mesmo instante em minha direção estendendo a mão pra mim.

— Me concede essa dança loirinha? — ele disse sorrindo.

— Sim — falo com insegurança de dizer o não.

Ele segura minha mão gentilmente e carrega no colo até a grande parte ampla para dança no salão. Pousando-me no chão ele percebe minha dificuldade de dançar. Além de não saber como se dança valsa eu estou simplesmente inteiramente machucada.

— Sobe em cima dos meus pés — ele disse e assim eu fiz.

Começamos a dançar. Eu mantinha-me em cima dos pés de May que pousava as mãos em minha cintura. Uma de minhas mãos segurava a dele e a outra era equilibrada em seu ombro.

Rodávamos no salão como verdadeiros dançarinos. Quem olhasse de longe poderia até dizer que isso é um casal apaixonado. Mas estão enganados.

DEAR SUNSHINE ↝ Joaley AdaptationOnde histórias criam vida. Descubra agora