Joalin Loukamaa
A dor latejante percorre por toda extensão de meu corpo já dolorido. Sinto minhas pernas fraquejarem e meu coração se acelerar pela intensa adrenalina do momento. Meu pulmão faz com que meu peito suba e desce freneticamente pela ansiedade.
Totalmente em estado de choque tentando raciocinar o momento levo calmamente minha mão até a parte traseira de meu ombro esquerdo que pulsa juntamente ao sangue fresco que escorre como em uma cachoeira. Retiro minha mão do local e fico minha palma branca com extremos feixes da coloração vermelha extrema.
Arregalo meus olhos e nesse momento já havia perdido qualquer capacidade de raciocínio logico. Altos sons em forma de gritos são ecoados da minha boca. Gritos em desespero. Gradativamente meu corpo começa a se impulsionar por completo de encontro ao chão, porém antes de tudo ficar de forma turva, sinto uma mão a apoiar minha cabeça delicadamente.
Eu ouvia, sentia, estava ali de consciência presente. Mantinha meus olhos fechados por conta da minha visão turva. Sinto meu corpo ser erguido de forma calma e logo deduzo estar nos braços de May.
Em meio a meus pensamentos mais profundos do subconsciente sinto o colchão macio contra meu peito. Deitada de bruços, logo uma dor cortante se distribui no local ferido.
— Porque você não podia ficar quieta? Porque você sempre tem que fazer algo errado Joalin! — ele sussurrava para si mesmo sem notar que eu estava a ouvir cada palavra.
Sinto que ele retira a bala que se encontrava entranhada em minha pele. Logo o mesmo liquido de sempre é passado na região afetada com precisão. Finalizando a curativo um peso é feito do outro lado da cama, deduzo que ele esteja deitado ao meu lado.
— Sinto muito — ele estava a se desculpar enquanto eu deixava transparecer que me encontrava em um coma de sono.
Eu adentro em um sono profundo. Tenho um pesadelo, um pesadelo estranho com Any suplicando na noite de sua morte. Instantes antes de eu ser arremessada na van, os flashes dos gritos da morena pedindo para me levarem com ela me atormentam no sonho ruim.
— ANY — acabo por gritar e me por sentada na cama com meu peito subindo e descendo em desespero.
— Sunsinhe? — o homem tatuado ao meu lado que parece ter acordado com meu grito me encara com certa preocupação.
Acabo por desabar em lágrimas.
Ele se aproxima de mim de forma acolhedora, porém me afasto do seu toque como se seu corpo estivesse em chamas.
— Não toque em mim, você é um monstro — engulo seco. — você matou ela — digo com os olhos marejados fitando May.
— Aprenda a lidar com isso — ele esbraveja — Esqueça sua vida anterior, ela não existe mais — ele diz de forma baixa e roupa fitando os lençóis sem qualquer contato visual.
— Você é repugnante — aquilo sai como um sussurro de meus lábios. Logo desabo em prantos afundando minha cabeça em minhas mãos.
Sinto os braços de May envolver meu corpo pequeno. Gritos de dor emocional saem de minha boca. Ele parece não se importar, a cada soluço ele me aperta mais em seus braços e instigando a cada vez mais chorar em agonia pela vida que eu estava a levar.
— Pare de chorar — ele ordena, porém de forma calma.
Liberto-me de seu toque e passo a fitar seu rosto.
— Iremos sair hoje, preciso tratar de alguns negócios, e você vai comigo — ele diz e acabo por dar um sorriso por sair daquele lugar. — Só um aviso, tente qualquer gracinha, qualquer tentativa de escapar, e um tiro não será suficiente para sua punição — ele alerta se referindo ao buraco em meu ombro.
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DEAR SUNSHINE ↝ Joaley Adaptation
FanfictionJoalin sempre quis se focar em terminar sua faculdade com notas altas mas tudo muda quando ela vai a uma festa. Incentivada pela sua prima, Any, a garota vai a festa contra sua vontade e não acaba gostando do que aconteceu após ela. Bailey estava a...