Noah

III

Sinto como se tivesse sido atropelada, meu corpo dói muito, sinto alguém pegando em minha mão, sinto uma dificuldade tremenda de respirar e por mais que eu tente não consigo abrir os olhos.
-Doutooorr, ela acordou
Sinto esse doutor me examinar enquanto ouço a voz da Hannah
-Ai meu Deus, o que aconteceu com ela? Ela está bem?
- Ela está bem por sorte, tem alguém lá em cima que torce por ela, agora é repouso para os próximos 40 dias-diz o doutor- vou deixar vocês com ela
Minha visão estava turva eu ainda não via muita coisa quando uma não grande e forte se aloja em meu maxilar
- Eu estava tão preocupado com você princesa
Eu olhei para aquele homem que embora extremamente atraente eu não conhecia, não sabia o porquê de ele estar ali, então apertei a mão da Hannah que me olhou confusa enquanto tentava tirar aquela mão do meu rosto
- Tire sua mão do meu rosto seu estranho
Percebo que ele me olha assustado e sem entender o que me deixa mais confusa
Hannah chama o doutor
-Doutor, por favor
O doutor chega a sala novamente
- pois não
- Ela não está se lembrando de algumas coisas - diz ela preocupada olhando para o rapaz que estava com uma lágrima escorrendo em sua bochecha
- Eu temia isso, o impacto foi bem forte, temos que esperar para ver se ela lembra, vou te passar alguns exames e lista de exercícios para a memória, cuide bem dela - ele se retira da sala
- Amiga, realmente não se lembra dele ?
Eu que ainda estava cansada e dolorosamente ferida adormeci sem poder responde la
Mais tarde eu acordo já em casa, e me vejo pensando naquele rapaz, ele devia me conhecer e eu mal posso me lembrar dele
-Preciso sair e quero que fique com ela - ouço Hannah falando ao telefone
A pessoa do outro lado parece responder e ela diz
- Vai dar tudo certo, ela vai se lembrar de você
Eu não consigo ficar muito tempo acordada, meu cansaço físico está me matando
Uns minutos depois sinto uma mão rígida, mas levemente acariciando o meu rosto, abro meus olhos e vejo o mesmo cara do hospital o que me faz levar um susto e gritar institivamete
- Ei, tá tudo bem a Hannah está voltando e me pediu pra cuidar de você - ele diz tentando se explicar e escondendo seus olhos que estavam vermelhos aparentemente por choro
- Quem é você?
- Meu nome é Noah
Eu não pude não notar que ele era incrivelmente atraente alto, cabelos castanhos meio encaracolados, mas eu não podia deixar de lado o fato de que ele era um tremendo estanho pra mim
- Eu não me lembro de você Noah, nós éramos amigos?
- Sim, éramos amigos - ele diz com um sorriso meio triste
- Tem como você  ajudar a me levantar?! estou morta de fome
-Claro
Eu me apoiei em seu ombro e ele passou a mão em volta da minha cintura o que me fez sentir um leve arrepio, aparentemente meu corpo se lembra dele, mas minha cabeça não, ele me fez sentar em um sofá, preparou um sanduíche e frutas enquanto ligava a tv, colocando em minha série preferida
- Nossa, eu adoro essa série - Eu digo empolgada
- Eu sei - ele diz esperançoso de que eu me lembre
- Senta aqui
Nós assistimos e rimos bastante talvez a nossa amizade tenha realmente reatado
* passaram se 40 dias *
Eu era amiga de todos os que não lembrava e os que lembrava, não sabia que tinha conhecido amigos tão maravilhosos, mas o Noah ainda me incomodava, eu não conseguia tirar da minha cabeça que no hospital ele tinha me chamado de princesa e que éramos só amigos, eu me conheço bem e ele faz muito o meu tipo.
Já se passara uma semana e resolvi que havia ter um emprego e parar de viver com o dinheiro guardado e do dinheiro de Hannah e vou a uma empresa de moda que sempre foi minha paixão, não é atoa que me formei nisso.
Chegando lá encontro um cara extremamente gato, olhos esverdeados, cabelos claros bagunçados com uma camisa que realçava seu abdômen sarado, percebi que ele me olhou e virei o olhar para a balconista
- Tenho uma entrevista com Andrew
- Espere só um momento - diz a recepcionista
- Você deve ser a garota que tem uma entrevista, prazer, Andrew
Ai meu Deus, o homem extremamente gostoso era Andrew? O dono da empresa?
- Oi, prazer
- Venha por aqui senhorita - ele dizia enquanto colocava sua mão forte perto da minha cintura, mas não me agarrando firmemente, mas sim com uma intenção de me levar a algum lugar