Batalha Final

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Abri os olhos devagar. A primeira coisa que notei foi que eu estava na enfermaria. A segunda, foi a mão segurando a minha.

Olhei para o lado e vi Obito sentado em uma cadeira e debruçado sobre a cama, dormindo. Não pude deixar de sorrir. E pensar que levamos quase cinco séculos para nos reencontrarmos.

Apertei de leve sua mão e ele acabou acordando. Ele me olhou por alguns segundos, tentando definir se eu estava mesmo acordado ou se era coisa da sua cabeça. Quando ele viu que esse não era o caso, suspirou aliviado.

-Finalmente. - Ele se levantou e veio se deitar o meu lado, puxando meu corpo contra o dele.

-Quanto tempo eu fiquei fora? - Perguntei, enterrando o rosto em seu peito e sentindo seu perfume.

-Uma semana. - Ele me abraçou mais forte, e começou a sussurrar com a voz quebrada, como se estivesse tentando segurar as lágrimas. - Nunca mais faça algo desse tipo... Eu achei que fosse te perder.

-Sinto muito. Mas se serve de alguma coisa, você não vai se livrar de mim tão cedo, senhor. - Brinquei, tentando melhorar o clima, e deu certo, ele acabou rindo um pouco. Ele se afastou para olhar meu rosto.

-Até parece que eu quero isso... Você está preso a mim agora, sem chances de escapatória. - Ele enrolou uma mecha do meu cabelo no dedo e colocou atrás da minha orelha. Ele se aproximou para me beijar e eu tapei a boca com a mão. Seu olhar me dizia que ele não entendeu meu gesto.

-Não escovo os dentes a uma semana... quer mesmo me beijar? - Ele deu uma risada e afastou minha mão antes de me beijar da forma mais carinhosa possível. Quando nos separamos, não pude deixar de brincar. - Uau!! Você realmente me ama.

-Mais do que você imagina. - Encarei-o com um sorriso, mas não consegui resistir ao desejo de perguntar.

-O quanto tempo você sabe?

-Sei o que?

-Que você é minha alma gêmea. - Ele me olhou surpreso.

-Como sabe disso?

-Longa história.

Então contei tudo a ele... Tudo mesmo. Cada lembrança, cada visão, cada traço do meu passado, que era extremamente diferente do que eu já havia dito a ele. Sobre Itachi e sua poção da memória, Sai - Ackles - e sua verdadeira missão aqui. Contei qual era a minha ligação com o Oráculo... e sobre o Kakashi.

E ele me falou o que aconteceu enquanto estávamos no templo dos fenghuangs, e sobre a ultima semana. A morte do Iruka e a revelação do aengel de cabelos brancos.

Quando o sol começou a nascer, já sabiamos absolutamente tudo que tinhamos que saber sobre essa história toda... e sobre nós mesmos.

Tudo menos o por que de Kakashi estar fazendo isso. Quebrar o cristal, matar o oráculo... o que ele ganha com isso? Bom... vamos descobrir mais cedo ou mais tarde.

Mas ainda havia algo me incomodando nesse momento... e não tinha nada a ver com o fato de estarmos, possivelmente, as portas de uma guerra. E Obito percebeu isso.

-O que está te incomodando? - Perguntou.

-Obi... eu não sou a pessoa por quem você se apaixonou. - Ele me olhou confuso.

-Do que é que você está falando?

-O Naruto que chegou aqui a oito meses, o Naruto que você ama... Ele era ingenuo, inocente apesar das coisas que viu aqui, abnegado, e nunca machucaria uma mosca. Eu não sou assim, nunca fui, eu... - Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa a mais, ele me beijou, me pegando de surpresa. Quando ele se afastou, sorriu carinhoso.

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