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Despertei após ouvir o meu próprio grito de horror, expelindo a água presa em meus pulmões

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Despertei após ouvir o meu próprio grito de horror, expelindo a água presa em meus pulmões. O meu coração batia aceleradamente e a minha respiração oscilou, como se estivesse um bom tempo sem ar. Não compreendi o que acontecia no momento, mas sabia que algo havia acontecido. Desviei o meu olhar para o ambiente em que me encontrava e tudo estava do jeito que havia deixado. Respirei mais algumas vezes, procurando controlar a minha respiração.

Lentamente, sentei-me na cama e inspirei novamente. As batidas do meu coração procuravam acalmar o resto do meu corpo, e sabia da importância da sua mensagem. Todo o meu corpo estava dolorido e a minha cabeça doía em várias áreas diferentes. Por um momento, ponderei se não ficava louca. Precisava organizar os meus pensamentos e compreender o sonho que ainda habitava os meus sentidos.

Todos os momentos em minha memória, me lembravam de desejos desesperados. Algo que precisava viver ao máximo para compreender o sentido da minha vida. Cuidadosamente, me levantei da cama e fui em direção ao banheiro, necessitava conferir o meu semblante no espelho. Não encontrei nada de novo, apenas alguém que morreu, por dentro há um tempo. Porém, não conseguiu morrer por fora como em seu sonho.

Os meus olhos demonstravam toda a minha infelicidade, desejei que o meu sonho fosse real. Ele pareceu tão real e, ao mesmo tempo, tão distante de toda a realidade que possuía em mim. Passei os meus dedos por meus lábios vermelhos, algo que não aconteceria sem um bom protetor labial. Senti os arrepios que presenciei em meu sonho, um sentimento bom percorreu a minha espinha.

Voltei para o quarto e avistei o copo com água, que provavelmente me fez sufocar. Respirei fundo e voltei para a cama, precisava continuar escondendo os meus sentimentos do mundo. Agora, estar debaixo dos meus cobertores era a minha definição de segurança. Passaria o dia ali, procurando decifrar o meu sonho e todos os sentimentos que ainda percorriam o meu corpo. Inspirei novamente e olhei para a janela, avistando algo preso no vidro.

Franzi o meu sobrolho e rapidamente ergui o meu corpo, indo em direção à janela. Do lado de dentro havia um pedacinho de papel colado no vidro. O arranquei e o li com calma, procurando compreender todas as palavras escritas ali.

"Aproveite a sua segunda chance. Viva e se liberte, minha Camila."

Dante.

Antes de conseguir processar as palavras em minha mente, os meus olhos já demonstravam os seus sentimentos. As lágrimas desciam por meu rosto e as minhas pernas tremiam com a possibilidade de estar ficando louca. Um vento forte invadiu o meu quarto e fez com que perdesse o equilíbrio do meu corpo, caindo no chão. Não era possível, não podia ser real. Quer dizer que o meu sonho aconteceu? Não ficava louca como gostaria de acreditar?

A minha cabeça doía mais e todos os meus sentidos estavam confusos. Voltei a minha concentração para o pequeno pedaço de papel molhado por minhas lágrimas, visando letras na parte detrás. Virei o pedaço de papel esperando descobrir mais sobre a pessoa que dominava os meus sentidos.

"Não se esqueça de mim, você precisa me encontrar."

Dante era real e o meu sonho, também. Todos os sentimentos em mim, foram deixados por ele e os meus lábios rosados ainda possuía sinais do seu beijo quente. O seu amor era real e a sua punição por me amar também. No entanto, ele precisava de mim e eu necessitava encontrá-lo. Será que ele era o amor que tanto pedia aos céus que jurava não existir? Essa história não teria um fim trágico, não merecíamos isso.

— Prometo te encontrar. – gritei com a esperança de o ouvir. — Prometo viver para te encontrar. 


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Sina | Lee Dong-wook ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora