Querido Budapeste, querido Olhos Gravitacionais, querida Utopia,
Já faz um certo tempo que venho tentando lhe escrever uma carta, no entanto, em minha tradição particular, cartas são sinônimos de adeus. Apenas... Obrigada por aguardar o fim dos meus delírios utópicos, obrigada por toda nossa história, mesmo que sejamos autores com perspectivas diferentes contando a mesma história.
É chegado o momento em que eu devo partir.
Com todo o coração,
A garota de boné vermelho, encharcada pela chuva, sentada em cima da mesa, que te ofereceu biscoito integral há 3 anos atrás.
P.S: Um brinde à menor carta que escrevi em toda a minha vida, nomeemos de carta-momentos, pois você mesmo me disse que não devemos tentar torná-los perpétuos.
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Laranjas Luzes Urbanas
PoetryUrgências reflexivas e sentimentais demais para serem ignoradas inconscientemente.