➵ 𝒄𝒉𝒂𝒑𝒕𝒆𝒓 𝒕𝒘𝒐

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Duas semanas depois

Jeon Jungkook estava se sentindo péssimo, ele se perguntava sempre o porque de nada dar certo para ele, e o porque de todo mundo que ele ama sempre acabam o abandonando no final, sendo proposital ou não , ele estava farto disso . Semana passada ele havia sido demitido, seu chefe disse que à ele que estava trabalhando com má vontade , e por mais que Jeon tentasse melhorar ele ficava cada vez mais doente, e a madrasta teve que tomar conta dele .

— Jungkook, eu fiz uma sopinha para você.— A madrasta se sentava junto a ele no sofá lhe entregando a sopa.

— Obrigado. — Jeon agradecia,com uma voz fanha pelo seu nariz congestionado se sentando no sofá para comer.

— Olha eu acho que esta na hora de você marcar um psicólogo para frequentar, você não esta bem e isso esta visível.— A Sra.Jeon dizia ao seu filho.

— Mãe eu não vou, psicologo é para gente fraca, que não aguenta a própria cruz.

— Jeon você sabe que você só não quer ir la, por causa do Tae...— Jeongguk interrompe sua madrasta antes que ela termine de falar esse nome.

— Eu não quero falar sobre isso,por favor.

— Filho isso foi uma experiência de anos atrás, hoje as coisas mudaram e te prometo que será melhor.— A Sra.Jeon segura a mão do seu filho e diz:  Você não pode viver do passado,se há um futuro brilhante te esperando.

— Jeon Sunghee eu não quero falar sobre isso,qual é o seu problema?— Jungkook solta a sua mão e coloca o prato na mesa.

— Jungkook,desde que o Taehyung morreu você mudou sua vida completamente!— Sunghee diz em alto e bom tom.— Você tem que parar de ser tonto,você vive um loop do passado,só porque você não quer esquecê-lo!

— Cala a sua boca você não sabe de nada!— Jeon dizia isso com seus olhos marejados,quase chorando por completo.— Ele não morreu, ele vai voltar! Se eu pudesse esquecê-lo do dia para a noite, porém não é assim que funciona Sunghee.— Jungkook estava de mal à pior, ele teria o esquecido se pudesse, claramente também esqueceria a sua irmã, pois seria melhor esquecê-los do que ficar com a consciência de culpa por não ter os ajudado. Mas uma coisa ele detestava, era que sua madrasta culpasse Taehyung, pelo simples fato dele ter amadurecido.

— Jeongguk é só você se esforçar para esquecê-lo, amigos vem e vão, e isso é normal. — Sra.Jeon se levanta do sofá e segura o braço de seu filho. — Você esta afastando todos de si, não se enturma mais e está sempre nessa fase difícil, você não pode dar uma chance pra que as outras pessoas possam te conhecer?— Sunghee diz com um tom de voz mais baixo, para aliviar a situação.

— Não.— Jeongguk solta seu braço a força e bate a porta com toda sua força. Jeon sabia que Sunghee tinha razão, mas tinha medo de se relacionar com alguém, e a pessoa o abandonar, igual sempre acontece, Jungkook não queria sair da sua zona de conforto.

Jeon saiu correndo de sua casa minúscula,e estava sem rumo. Jungkook corria para aliviar a dor profunda que estava carregando em seu peito, com lágrimas percorrendo seu rosto. Primeiro perdeu seu melhor amigo, e depois sua melhor amiga. O moreno não sabia se queria realmente continuar existindo.

Ao chegar na passarela, Jungkook refletiu muito sobre isso, ele passava a mão na sua nuca, debruçado na grade questionando, o sentido da vida e se viver daquele jeito valia a pena.

Jeon havia sentado na grade, certo do que iria fazer, todavia espera a melhor hora para fazer isso, de um jeito
que não aja dor, pois disso estava cansado.

— Jeon Jungkook não faça isso! — Jungkook virou seu rosto todo vermelho de tanto chorar para ver quem era e logo em seguida olhou para baixo,com aqueles carros vindo em alta velocidade. — Vamos conversar só um instante, você não precisa disso,isso não é a solução!— Jimin dizia com um tom desesperado, se aproximando aos poucos.

Jeongguk olhou para baixo novamente, e viu uma oportunidade. Ele não queria morrer, só queria desaparecer por uns instantes e voltar em um momento bom, mas isso provavelmente não iria acontecer. Jeon havia se esquecido dos momentos bons, ele sentia uma vontade imensurável de sorrir, e pensar nisso o deixava cada vez mais pra baixo.

— Jeongguk espera!— Jimin gritou se aproximando de mim o mais rápido que pode, porém ja era tarde.

Um flashback de sua vida inteira passou; Seu pai o ensinando a falar; sua madrasta trocando sua roupinha de bebê; sua irmã nascendo; seus melhores amigos de infância, seu primeiro beijo; a partida de Jimin; Taehyung desaparecido; e como tudo ficou escuro após isso; como aprendeu a guardar seus sentimentos; a desacreditar no amor e na felicidade; a morte de sua irmã e como de uma vida feliz tudo começou a se desfazer. Jeongguk estava se afogando em um mar de arrependimentos, e se pudesse refazer tudo de novo,ele faria. 

Jungkook não conseguiu carregar sua própria cruz, talvez se tivesse ido ao psicólogo seria diferente ao invés da tragédia. Ele se arrepende dos seus atos e volta a desejar a vida, como nunca desejara antes. Mas era tarde. Seria difícil seus pais lidarem com esse peso de perda, duas vezes seguidas.

                              
                                                                                                    。。。

— Kookie, você ta bem? — Alguém pergunta cutucando as costas do moreno

Jungkook levanta a cabeça da carteira, onde estava dormindo, olha ao seu redor e...

— Ai. — O garoto de cabelo negro, com mechas verdes que sentava atras do moreno dá um tapa na cara de Jeongguk,e ele paralisado apenas reage com uma onomatopeia.

—Desculpa, mas foi necessário.— O garoto sentado atrás de Jeon dizia.

— Eu morri? Quem é você? Onde eu estou?— Jungkook confuso questionava, se aquilo era o céu ou o inferno, e se realmente tinha morrido e que aquilo era um sonho, algo do tipo.

— Bem, pelo que parece, você não morreu; A gente se falou a meio que uns cinco minutos atras antes de você esquecer meu nome, eu sou Kim Taehyung prazer, e você ta na sala,duh.— o garoto revira os olhos.

—O-O quê?— Jeon começa a tocar no rosto de seu colega, se perguntando se aquilo é realmente verídico, com os olhos marejados.

— Kookie,você ta estranho hoje.— Taehyung arqueia a sobrancelha, estranhando seu amigo.

— De tarefa vocês vão fazer uma autobiografia,eu sei que vocês estão com apenas quinze anos e pouco,e que não viveram quase nada, mas tenho certeza que se sairão bem.— O professor da uma risada falsa e o sinal toca.— Podem sair da sala.

THE.PAST.IS.BACK||TPIBOnde histórias criam vida. Descubra agora