OLHANDO PARA O BANCO DO CARRO Hazel observou Lilian, sentada em sua cadeirinha de bebê, um sono profundo, chupeta na boca, enquanto segurava fortemente seu coelho de pelúcia, como se sua vida dependesse disso. Aquele coelho foi sua primeira pelúcia, um presente especial de sua madrinha, Anastacia.
Voltando sua atenção para a estrada, Hazel suspirou levemente aliviada, estava chegando em Nova Orleans, depois de séculos longe da cidade que ela praticamente fundou. Ela foi retirada de seus pensamentos quando ouviu o celular tocar, e ao ver quem estava ligando, a mulher sorriu.
— Oi Elijah.- Hazel falou, sempre contente em falar com uma de suas pessoas favoritas.
— Oi Hazel, querida, como está tudo? Você e Lilian estão bem? Precisam de alguma coisa? - Elijah perguntou, Hazel podia sentir a leve preocupação em sua voz.
Elijah era um tio ótimo, nunca havia visto a sobrinha, mas ele tinha uma enorme preocupação com ela, Hazel e Elijah sempre foram melhores amigos, ainda quando eram apenas crianças correndo pela floresta, ignorando as responsabilidades na vila.
Como Elijah era dois anos mais velho que Hazel, a loira sempre sentiu que o maior a tratava como se fosse sua responsabilidade cuidar dela e protegê-la.
Elijah era com toda certeza uma das pessoas que Hazel mais confiava, ela sabia que podia confiar nele de olhos fechados.
Mas mesmo amando Elijah, Hazel privou toda a família de ver ou saber onde ela e Lilian estavam, porque ela sabia que no final Klaus descobriria e por mais egoísta que fosse, ela não queria que ele encontrasse elas ou visse Lilian.
E as vezes ela sentia que havia sido uma péssima escolha, que talvez ela tenha sido egoísta demais, porém já estava feito.
Pelo menos agora ela está aqui, a caminho de Nova Orleans e a família finalmente conhecerá Lilian.
— Estamos ótimas Eli, peça desculpas a Rebekah por mim, ontem não liguei pra ela.- Hazel falou para o homem, assim como Elijah, Rebekah também ligava, não com tanta frequência como Elijah.- Eu tive apenas um pequeno problema, mas já estou resolvendo.- Hazel contou e então pode escutar sua respiração, que parecia soar preocupada.
— Problemas? - Perguntou preocupado, Elijah sempre ligava perguntando sobre o bem-estar e saúde de Lilian, assim como ligava para saber como Hazel estava.
— Não se preocupe, logo irei te explicar, tenho que ir, Eli.- Hazel falou, não querendo explicar toda a situação por celular.
— Até mais, Hazel.- Ele falou, e se Hazel pudesse ver ele, veria que Elijah tinha um sorriso nos lábios.
Hazel desligou o celular, colocando-o no bolso da jaqueta, conversar com Elijah sempre trazia certa nostalgia, mas também paz, Elijah foi um grande apoio nos últimos anos, mesmo que ele não esteve presente fisicamente.
Hazel sorriu quando viu a enorme placa.
"Bem vindo a New Orleans."
Nova Orleans era uma cidade muito importante para Hazel, carregada de memórias felizes e também tristes, mas foi nesta cidade em que Hazel adotou seu amado primeiro filho, Marcel, a qual ela nomeou.
Marcel com certeza a melhor coisa que lhe aconteceu nesta cidade, a 300 anos atrás, quando viu aquele adorável menino de dez anos, sem um nome, com um pai violento, e Hazel o trouxe para debaixo de suas asas, seu amado filho.
E não importava o que a biologia falasse, Marcel era seu primogênito.
Estacionando o carro, Hazel desceu, abrindo a porta de trás pegando um sonolenta Lilian em seus braços. Antes de vir para Nova Orleans Hazel alugou um apartamento no quartel francês, com 3 quartos, teria espaço suficiente para ficar com Lilian tranquilamente, e com Anastacia, que estava a caminho da cidade.
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𝐓𝐡𝐞 𝐖𝐢𝐟𝐞, The Originals
Vampire❝Não a nada mais triste do que tentar lutar por algo que já acabou.❞ Hazel Hall e Klaus Mikaelson se conheciam desde sempre, não havia um momento na vida de ambos em que o outro não tivesse estado. Eles sempre estiveram grudados, assim como Hazel se...