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E M I L Y F I E L D S

Já era o dia seguinte quando acordei mais uma vez apertada. Eu não sentia ressaca, pois tivera saído da boate antes de amanhecer o dia, porém, quando finalmente acabei minha diversão com aquela mulher, o céu já estava começando a clarear. Por um momento, me senti um pouco arrependida de tê-la deixado ir sozinha para casa, mas eu tinha que respeitar sua decisão.

Após um bom banho, decidi ir caminhar até um restaurante e comer alguma coisa. Eu estava faminta. Coloquei uma roupa de malhar, fiz um rabo de cavalo em meu cabelo e levei comigo uma pochete que coubesse meu celular e meu cartão de crédito.

Em pouco tempo, cheguei ao meu restaurante favorito, pedi minha comida favorita e aguardei. Lembrei-me da noite anterior, da ousadia daquela mulher e do modo tão experiente que ela esbanjava enquanto dava para mim dentro do carro. Balancei a cabeça tentando afastar aqueles pensamentos, e por um instante agradeci por não saber seu nome, ou eu involuntariamente começaria a procura-la por aí.

Tomei meu café Light, caminhei devagar até meu prédio de novo e fui diretamente à academia. Fiz meu treino diário e depois de um bom banho de piscina, tomei uma ducha quente em minha banheira. Mais uma vez aquela mulher invadiu meus pensamentos, me vi tocando meu próprio membro lembrando dela sentando com força nele na noite anterior. Então, percebi que eu demoraria um pouco ali naquela banheira.

Perto de meia noite, querendo novamente encontrá-la, fui à balada. Porém, sem sucesso. Não tive ânimo para sair com ninguém, então fui à balada gay, queria apenas tomar um uísque e conversar com alguns conhecidos. Esse era o lado bom da balada gay, todos eram amistosos e raramente acontecia briga lá dentro.

Para não sair sem fechar a noite com chave de ouro, fiquei com uma garota cuja quase comecei a namorar. Todos achavam que tínhamos um relacionamento devido à nossa proximidade e as constantes vezes em que saíamos ou nos beijavamos na frente de qualquer um. Segundo a eles, eu e ela combinavamos como um casal, porém ambas gostávamos apenas da diversão.

Eu pretendia finalmente levá-la à meu apartamento naquela noite, lugar que mulher alguma nunca tivera conhecido. No entanto, paralisei ao ver a mulher da noite anterior entrando na boate. Engoli em seco, eu que queria tanto encontra-la, fiquei sem reação ao ve-la tão perto. Soltei a mão de minha amiga e a mesma entendeu o que se passava, então por minha sorte, ela se afastou.

Finalmente ela me viu. Caminhou até minha direção e sorriu. Tentei fazer o mesmo sem parecer surpresa e ela logo notou meu desconcerto.

- Finalmente eu te encontrei! -- disse ela, lutando contra o remix da música Adore You da Miley que tocava extremamente alto.

- Então esteve me procurando? -- eu arqueei uma sobrancelha e ela sorriu.

- Talvez...

- Você já conhecia esse lugar? -- segurei sua mão e a levei até o bar.

- Na verdade, não. -- disse ela.

- Posso garantir que é melhor que aquela balada hetero, cheia de gente hetero. Ou nem tanto. -- arqueei a sobrancelha pra ela e ri.

- O quê está insinuando, garota? -- ela disse.

- "Garota"? Aposto que sou mais velha que você. -- falei e sentei em um banco alto.

- Eu tenho dezoito. E você?

- Vinte e seis. -- disse eu, devagar, achando aquilo muito errado. Eu e ela.

- Oh... Uau. -- ela soltou o ar dos pulmões e sorriu. -- Eu deveria ter desconfiado.

- Por que?

- Mulheres mais velhas, experientes... Sabem fazer gostoso. -- disse me olhando nos olhos, pude ver novamente o semblante submisso da garota da noite anterior, implorando para que eu fosse com mais força.

- Ainda assim, é muito errado. -- disse eu, tomando praticamente todo o uísque do copo ao meu lado.

- Não é errado se as duas querem. -- Se aproximou e ficou de pé na minha frente, entre minhas pernas e com nossos olhos à mesma altura.

Encarei seus olhos azuis e sorri. Sorri porque ela era bonita, porque era ousada e porque ela queria de novo. Ela era perfeita.

- Não vai beber? -- eu disse, tentando disfarçar meu nervosismo.

- Quero sentir tudo melhor hoje. Para isso, preciso estar bem sóbria. -- passou sua mão sobre meu membro e deslizou por minha perna.

Paguei a conta e a levei para meu apartamento. Foda-se. Era o lugar mais perto e eu não ousaria perder a oportunidade de foder aquela mulher na minha cama, o lugar onde eu me sentia ainda mais dominante. Eu precisava aproveitar bem aquela oportunidade, poderia ser a última.

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⏰ Última atualização: Dec 15, 2019 ⏰

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