2.2| Pesadelo

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POV Adrien:

Olá! Vocês devem odiar me não é? Agora que sabem a minha origem. Mas calma, eu irei explicar-vos o que aconteceu.

Que tal recuarmos uns anos no tempo? Que tal, 4 anos? Acho que nessa altura eu tinha 17 anos.

Então, vocês devem lembrar-se quando eu e Mari discutimos pela primeira vez, certo? Acho melhor relembrar-vos

Quatro anos atras..

-Fodasse Adrien.. –fala a azulada já enraivecida- desde que perdes-te o teu pai tu tens agido como se estivesses sozinho no mundo!! Tu não percebes-te que eu estou aqui.. não percebes que a Alya e o Nino estão aqui?

- Não é assim tão simples Marinette! – nesse momento a encaro com pesar em meu olhar, se ela ao menos soubesse

- Não é assim tão simples dizes tu.. é claro que é simples Adrien!

Cruzo os braços a frente do meu corpo a olhando- Tu não tens nada a ver com isto Marinette..

-É claro que eu tenho.. –Marinette olha para mim, noto o olhar triste nos olhos dela mas permaneço quieto e sem exibir reações - Porque eu te quero ajudar e tu so pioras as coisas.. Sabes quantas vezes so esta semana te encontrei bebado e a lutar com pessoas maiores que tu??

- Marin...

-Certo.. –ouço ela a gaguejar isso faz com que eu pare de fale,– Eu pensei que pudesse mudar a tua mente, pensei que pudesse fazer com que te divertisses e fazer com que te lembrasses de mim, de nos – vejo que ela não quer olhar para mim e mordo o lábio discretamente para que ela não veja o meu nervosismo, para que ela não perceba que tenho algo a esconder – Eu amo-te Adrien – ouço ela e fico imóvel, aperto a minha mao em um punho e viro o rosto para evitar ve-la chorar

Após conversar com ela e a mandar embora, engulo em seco não aguentando por muito mais e deixava as lagrimas cair

-Estas satisfeito?

-Estou sim caro Adrien – o homem com quem eu estava a falar antes de Marinette chegar aproximasse de mim e toca-me no ombro – O teu trabalho foi cumprido, agora vamos para a próxima fase

-O que? – nesse momento sinto uma picada em meu pescoço e luto para me manter acordado, mas infelizmente acabo por adormecer por causa do liquido que me corria pelas veias.

Acordo lentamente, não sei se se passaram minutos, ou ate mesmo horas. Abro os olhos com calma e gemo de dor ao sentir a luz branca bater contra eles fazendo com que lacrimejasse, tento mexer-me e nesse momento percebo que estava com as mãos e os pés amarrados. Aos poucos começo a habituar-me a clareza da luz, reparo que estava num pequeno comodo, eu era o único presente naquela pequena sala.

A porta abre-se, e revela um homem com o corpo um tanto definido, junto com ele, vinha seu chefe que logo se aproximava de mim, os dedos do mesmo rodeavam meu queixo e o seguravam firmemente mantendo meu rosto preso na mão dele

-Espero que os meus ajudantes te tenham tratado bem pelo caminho

-Oh claro, é que eu adoro ser adormecido e levado para sei la onde – revirava os olhos falado num tom irónico e sinto a mão do homem soltar meu queixo enquanto se afastava lentamente

-Gorila? Certifique-se que ele aprende a não responder me dessa maneira de novo – então o tal homem tem apelido como Gorila, que coincidência – Daqui a 1 hora eu venho vê-lo, diverte-te Adrien

O homem, do qual a voz era-me familiar sai da sala deixando eu e Gorila sozinhos, com isso, o homem musculado se aproxima de mim com um sorriso sapeca no rosto e a ultima coisa que eu me lembro antes de apagar, era de uma dor insuportável em meu queixo.

Acordo pela segunda vez, e então começo a sentir o meu corpo bastante dolorido, abro os olhos e percebo que não estou na mesma sala que antes, desta vez estava numa bastante branca com maquinas a rodear o espaço onde eu estava, enquanto eu estava preso em uma cama com fios ligados ao meu braço.

-Finalmente acordas-te – o homem de momentos anteriores aproxima-se de mim com um produto roxo e coloca sobre o suporte de soro – Não te preocupes, não vai doer. Apenas queimar – terminando de falar uma risada arrepiante sai da boca daquele homem a quem antes eu chamava de pai.

Assim que ele liga a máquina, o líquido começa a escorrer pelo fio transparente entrando assim na minha corrente sanguínea.

-Eu... eu vou matar-te.. nem que seja a ultima coisa que eu faça!

-Boa sorte para isso meu querido Adrien, se os meus cálculos estiverem errados, infelizmente vais ficar tao fraco e envenenado que não iras aguentar este liquido e acabaras por morrer – o meu pai faz uma pausa enquanto cruza os braços a frente de seu corpo, nesse momento ele começa a analisar as minhas reações que expressavam o quanto eu estava a sofrer e a aguentar enquanto sentia aquele liquido percorrer meu corpo – No entanto, se os meus cálculos estiverem certos, tu vais conseguir fundir o teu sangue com o veneno. E te tornaras na melhor arma que alguma vez eu criei

-Vai.. vai sonhando – cuspo para o chão e gemo de dor me contorcendo naquela cama que me prendia

-Pelo que parece preciso de aumentar a dose – ele carrega em alguns botões da máquina e em breves segundos o dobro do líquido descia pelo fio transparente, sem aguentar por muito tempo os meus gritos invadiam a sala onde eu permanecia, as lagrimas escorriam pelo meu rosto enquanto tentava aguentar a forte ardência que passava pelas minhas veias, mas sem sucesso.

O homem, sem piedade apenas me deixava naquele comodo sozinho e a gritar de dor, ao vê-lo sair apenas apertava fortemente os cobertores e jurava minha vingança mentalmente.

*duas semanas depois

E aqui estou eu, na mesma sala de tortura onde ou eu era espancado ate apagar ou colocavam mais doses de veneno dentro de meu corpo. O meu pai tinha razão, e com isso acabei por conseguir sobreviver ao produto, com isso a cada dose que me injetavam mais eu ficava fraco, mais eu tolerava a dor e mais o meu corpo aceitava o veneno.

O veneno pouco a pouco se fundia com o meu sangue, assim como o meu pai mencionou, e com isso eu acabei por ganhar autorregeneração, mas não deixava de estar fraco.

O tempo para se fundir era enorme, e quanto mais doses colocavam mais demorava, sim, o meu pai realmente queria algo comigo, se não era a minha morte apenas o meu sofrimento. Mas uma coisa era certa, eu não iria sair daqui tao cedo, ou acabar com o meu sofrimento até ser a arma perfeita para o meu pai.

E acreditem, isto só foi o inicio do meu pesadelo.

Continua... 

Pronto meus amores, mais um capitulo emocionante para vocês, este é um extra e "parte 2" do anterior.

Espero que tenham gostado, mais uma vez obg pelos 2K e preparem-se para o proximo capitulo que vai aquecer hihi

Beijos e até a proxima ♡

Partners Of Crime [Concluído]Onde histórias criam vida. Descubra agora