Narração
Os ali presentes pararam, enquanto o garoto gritava pela mãe caída no chão. Mesmo assim, os tiros continuavam.
-Mãe! Mãe, fala comigo! -Kyle sacudia a mãe, já desfalecida. -Mãe? -A voz dele saiu fraca.
O céu escuro, os gritos, os tiros, tudo pareceu parar. Para Kyle, aquilo não podia estar acontecendo.
Minha mãe não esta morta.
Isso é só um pesadelo ruim.
Acorda, Kyle.
Mas infelizmente, era real. Aquelas viaturas, os policiais, tudo era real. Mas aconteceu muito rápido. Começou a chover fraco, e os policiais pediam incansavelmente por reforços. As lágrimas de Kyle se misturavam com os pingos de chuva, uma cena digna de filme. O garoto se levantou lentamente, e suas roupas estavam molhadas e sujas do sangue da mãe. As mãos frias, ele já não ligava mais. Deixou que o resto de controle fosse embora.
Mate-os.
Um dos ladrões não esperava que um espinho de gelo gigante surgir do chão e o perfurasse até tirar o último rastro de vida que havia nele.
As balas agora se dirigiam a Kyle. Uma grande barreira de gelo foi o suficiente para que segurassem elas. A fúria, o ódio, tudo podia ser visto através dos olhos vermelhos do garoto, enquanto todo aquele azul em sua pele denunciava a verdadeira natureza dele. Um jottun descontrolado.
Mais dois ladrões procuravam deixar o local pela porta da frente, mas foram barrados quando ambos os pés ficaram presos no chão com gelo. A temperatura ambiente tinha caído abruptamente, e uma grande massa de ar frio envolvia o local.
A visão que os reféns tinham do tulmulto fora do restaurante foi bloqueada quando os ladrões localizados na porta gritaram de dor e foram congelados.
Kyle não via quem atacava. Era como se todo aquele sangue que saiu do peito da mãe obstruisse a visão dele.
E então algo fino perfurou o pescoço do garoto.
O conteúdo do pequeno dardo demorou um pouco para fazer efeito. Kyle o tirou com brutalidade e se virou para a direção de onde ele tinha vindo. Mais carros se posicionavam junto as viaturas, a única diferença era a cor preta que cada um tinha. Agentes armados saíram de cada um deles.
-Atirem outro, agora! -Um homem negro de meia idade gritou em meio aos vários agentes da S.H.I.E.L.D, e outro dardo foi lançado ao garoto, acertando seu braço direto. Kyle o ergueu com rapidez, e uma grande barreira gélida de quase 9 metros se ergueu, imobilizando metade dos soldados de Nick Fury.
Infelizmente, a segunda dose de tranquilizante vinha com o dobro de força, e Kyle já se sentia sonolento. Seus sentidos iam abandonando ele aos poucos, e em menos de segundos, ele se encontrava encarando o asfalto frio. Os agentes se aproximavam com cautela, e a última coisa que Kyle viu antes de apagar foi Felícia caída ao lado dele, com os olhos que antes eram cheios de vida completamente apagados.
[...]
Asgard - Sala do Trono
-Então eles precisam punir seu irmão da maneira deles? -Odin indagou com desdém. Thor estava a frente do pai, e carregava um pequeno aparelho midgardiano. -E eles realmente acham que conseguirão segurar Loki?
-Pai, é algo urgente. -Thor não era tão bom em mentiras igual ao irmão, mas naquele momento, a pequena atuação dele parecia enganar o pai de todos. -O povo de Midgard está realmente irritado com Loki, e a única maneira que eles encontraram era a servidão dele no planeta.
-E como acham que vão impedi-lo de fugir?
-A tecnologia terráquea teve um avanço incrível, meu pai. -Thor ergueu o pequeno bracelete que carregava e o entregou a Odin. -Esse pequeno objeto pode neutralizar poderes, e como eu mesmo comprovei, magia asgardiana também!
-Se você diz. -Odin pareceu um pouco hesitante, mas como a palavra vinha de seu filho favorito, aceitou. -Tem minha permissão de levar seu irmão daqui para Midgard.
-Obrigado, pai.
-Mas um deslize sequer, eu cogito a antiga punição dele. -O pai bateu a Gunir no chão, e alguns guardas se dirigiram a ele. -Liberem Loki da prisão!
-Eu mesmo me encarrego de levar ele para Midgard, pai. -Thor fez uma última reverência a Odin, saindo da sala do trono.
Frigga, sua amada mãe, estava do lado de fora, esperando ansiosamente pela resposta do marido. Ver Thor saindo da sala do trono e vindo em direção a ela com um meio sorriso deu esperanças que Loki poderia ter jeito.
-E então filho? -Ela não hesitou em perguntar.
-Consegui, minha mãe. -Frigga suspirou de alívio, esperando que a história que Thor a havia contado fosse verdade.
-Aqui. -A deusa entregou a Thor um pequeno pingente em forma de cristal. -Creio que se a tecnologia midgardiana não for suficiente, use isso. Loki sabe o quê é, e ele não vai disfarçar. Diga que eu sei do pequeno segredo dele.
-Espero que isso seja verdade, mãe. -Thor pegou o pequeno pingente azul, notando o toque frio que aquele pequeno cristal tinha em sua mão.
-Eu também, e se for, me contate o mais rápido possível. Eu quero vê-lo.
Thor acenou em concordância e se dirigou rapidamente as celas de Asgard.
O lugar estava estranhamente silencioso. A porta, Thor ordenou para que os guardas ficassem ali. Era o momento de dizer a verdade a Loki.
-Veio me fazer uma visita? -E lá estava ele, não mudara nada desde a última visita de Thor a ele. -A que devo a honra?
-Sem zombações, irmão. -Thor já prontificou e foi direto. Quanto mais rápido ele explicasse toda aquela situação, mas cedo tiraria Loki dali e voltaria a Terra. -Estou aqui para algo realmente sério, e quero que você seja sincero.
-A coisa realmente deve estar feia. -Thor ignorou o comentário e tirou um pequeno aparelho holográfico do bracelete. Colocou o pequeno objeto no chão, e rapidamente uma gravação recente começou. -O que isso significa?
-Veja. -O vídeo tinha sido gravado de um helicóptero, e um provável jornalista gritava freneticamente os acontecimentos. Mas o que realmente chamava a atenção era um garoto que acabara de correm para a linha de fogo, e logo após, a mulher ao lado dele levava um tiro. O câmera deu zoom, e o menino tentava acordar a mulher. Ele se levantou, e uma rajada de gelo saiu do chão e perfurou um dos armados. A câmera se aproximou mais, e o rosto do garoto ficou nítido. O tom de pele azul, os olhos escarlates, e toda aquela fúria parecia muito familiar para Loki.
-É um gigante de gelo. -Loki disse mais para si mesmo do que para o irmão, que mesmo assim ouviu. -O quê ele faria em Midgard?
-Sim, Loki. Um gigante de gelo, de apenas 16 anos.
-E o quê isso me envolveria? -Loki perguntou, temendo secretamente a resposta.
-Esse garoto, afirma abertamente ser seu filho, Loki.
~•~
Yay, Loki sabe sobre Kyle! A coisa agora vai realmente ficar feia.
Se você gostou, não esquece da estrelinha!
~byebye
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·Lokison·
AventuraKyle Lews era um jovem que queria ser normal. Com 16 anos, morava junto com sua mãe em um apartamento pequeno na movimentada New York. Só um "pequeno" fato o diferencia da maioria dos outros jovens, o mesmo é filho do Deus da Mentira, Loki. Kyle nu...