17: Querido Diário

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Querido diário: mas um dia enfrentando esse peso que carrego

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Querido diário: mas um dia enfrentando esse peso que carrego. Para alguns é apenas falta de atenção, para outros é apenas mimimi, mas para mim é como o fim dos tempos. Eu vivo sendo atormentada desde pequena por pesadelos, pesadelos sem nenhum sentido. Eles tomam contam das minhas noites, dominam os meus sonhos. Com dez anos eu comecei a ter consultas em psiquiatras e psicólogos, frequentei alguns grupos de apoio e passei bom tempo a base de remédios para controlar a ansiedade que me dominava do nada e para me fazer ter uma boa noite de sono. A depressão também era um peso que eu carregava, isso tudo resultou em eu, Zara Whitmore amanhecer em uma cama hospitalar por tentativa de suicídio. Com quinze anos eu quis acabar com tudo, meio clichê, pois é, mas eu não aguentava mais.

Edgar Whitmore, meu amado e falecido avô me ajudou a superar após ele tomar conta de mim já que meus pais não faziam tal papel, no começo confesso que foi complicado. Ambos ficavam acordados até tarde da noite fazendo companhia um para o outro. Na verdade, ele me fazendo companhia.

Mas não foi pelos pesadelos ou por ser uma desequilibrada que não consegue agir como um ser humano normal que eu acabei tomando dez cartelas de remédios para acabar com a minha própria vida. Também foi, mas depois de ser rejeitada pelos meus próprios pais por não conseguir fazer nada direito e após ter um surto no meio do colégio no qual eu estudava fazendo eu ser humilhada das piores formas possíveis, depois disso eu me senti como uma intrusano mundo, uma louca em um mundo completamente normal.

Um pouco antes de decidir vir para Forks eu parei com os remédios, decidi fazer isso apenas para provar para mim que eu consigo superar meus traumas. Os pesadelos haviam parados, tinha uma leve sensação de que algo anormal acontecia ao meu redor, mas era apenas sensação.

Apenas...

Os pesadelos voltaram e a cada noite piora. Eu consigo enxergar mais claro os rostos ao redor de mim no salão na qual estou.

Além dos Cullen, três homens em frente a três tronos. Um com longos cabelos castanhos está mais atrás com um loiro com os cabelos na altura dos ombros. A expressão do loiro é diabolica, como se todo o mal lhe agradace. O outro já tem uma expresso de tédio estampada em seu rosto. Mas na frente deles, como se fosse o líder, um homem com longos cabelos negros e o nariz fino, possuía um sorriso traiçoeiro nos lábios. Era perverso.

Eu podia ver várias expressões naquele salão.

Diversão, medo, angústia, alegria, desejo. Cada rosto possuía uma emoção diferente.

Eu passei a acordar todas as noites em algum momento da madrugada suada e tremendo. Eu sentia medo desses sonhos. Eu sentia medo de ficar louca por conta deles.

Eu tinha a companhia de Alice e de Emmett, conversávamos um pouco e logo eu pegava no sono novamente, tendo dessa vez um sonho bom. Aonde eu mandava na minha própria cabeça.

Eu agradecia as conversar e risos que Alice me arrancava para tirar a expressão assustada de mim. Agradecia o cuidado e a proteção que Emmett me oferecia.

Esme era outra que não ficava longe, ela era uma mãe para mim, ela mesmo falou que não se importava em ter mais uma filha.

Por sorte, durante as aulas nada de incomum acontecia, eu não reagia como no meu antigo colégio, eu estava agindo como uma pessoa normal. Uma simples adolescente de dezoito anos normal.

Mas eu tinha uma agonia me rondando, como se algo muito ruim fosse acontecer, não sei ao certo o que, ou como, ou quando, mas também não sabia se era apenas coisa da minha cabeça. Eu sentia meu nervosismo a cada sensação ruim que se aproximava de mim, como se algo grande estivesse perto.

E não era o vampiro grandalhão.

Eu temia em ficar sozinha, sempre querendo ficar na companhia de algum Cullen, sabendo que eles sim, poderiam me proteger. Seja lá do que.

Eu nunca fui uma pessoa medrosa, não em certos termos. Mas com o passar dos dias e semanas tudo estava diferente. Já iria fazer quase três meses que eu estava em Forks, eu não me sentia mais uma estranha na casa dos vampiros, não estranhas mais a conexão com Emmett e já estava acostumada com a aparição do nada dos vampiros me dando leves sustos.

Mas ficar sozinha, sem ninguém por perto fazia eu me sentir como uma ovelha sendo abatida, literalmente.
Era como se algo viesse me pegar a qualquer momento. No fundo, acho que os meus sonhos influenciam nisso. Mas nada foi tão assustador quanto o livro que Jasper me emprestou aparecer misteriosamente em um lugar diferente na qual eu o deixei.

Ele estava dentro da minha mochila após eu ler mais algumas páginas, mas foi o tempo de eu ter entrado no banheiro para trocar de roupa e voltar ao quarto para eu ver o livro aberto na página que eu estava lendo em cima da cama.

O mais bizarro? Todos estavam ocupados em quanto isso, ou seja, ninguém entrou ali a não ser eu. Eu pensei que estava louca e que eu havia posto ali, até ele cair da cama sozinho quando eu o fechei e me virei para sair do quarto.

Ms parou várias vezes em perguntar o meu futuro para a Alice, eu queria ver o que aconteceria comigo com o passar dos tempos, queria saber se algo ruim poderia acontecer.

Jasper via o meu estado, ele sempre tratava de me acalmar, mesmo sem saber o que me causava isso. Aprendi a manter Edward longe da minha cabeça, técnica da Alice. Cantar o hino do nosso país de trás para frente.

E aqui estou eu, sentada na grama ao redor de uma casa cheia de vampiros em quanto escrevo em você querido diário que estava abandonado a meses. Eu não sei o que, nem como e muito menos quanto. Mas sei que algo está por vir, algo grande e muito ruim.

Eu só espero que tudo fique bem.

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Emmett CullenOnde histórias criam vida. Descubra agora