Já era tarde e eu estava atrasada. Eu realmente deveria ter obedecido minha mãe e usado à estrada, mas eu queria tanto ir visitar o lago que acabei entrando na floresta, uma linda floresta! Não era como aquela que havia perto da casa da minha avó, aquela era assustadora, mas essa não.
Enquanto voltava para casa ouvi sons de estalos, mas os ignorei e apressei o passo para chegar logo. Vi um vulto ao meu lado e quando olhei tive a impressão de ter visto um sátiro, só que isso era impossível, pois eles não viviam aqui, e a lenda de que Pã morava aqui era somente isso, uma lenda! Mas mesmo assim corri um pouco mais porque já estava perto da saída da floresta, e não fazia mal um pouco de precaução.
Ao sair fiquei na borda e novamente vi o vulto, assustada corri para casa. Chegando lá esqueci completamente do que havia acontecido.
Naquela semana haveria uma festa e minha mãe queria que eu colocasse meu nome no jarro para comemorar o festival de lupercalia, mas eu não queria participar. Não queria usar meu corpo para honrar um deus que não era homem nem animal. Faça-me o favor! Eu não iria participar nem mesmo se o próprio Pã me desejasse. Eu não me entregaria, então por que deixar um homem qualquer me tocar para honrá-lo.
Com esse pensamento em mente sai de casa e fui para o campo de flores treinar meu canto. O campo ficava próximo à floresta, e enquanto eu cantava uma de minhas canções favorita vi aquele vulto novamente. Dessa vez resolvi investigar. Quando cheguei à borda me amaldiçoei pela minha curiosidade, pois lá na beira da floresta estava o próprio Pã.
Ele disse ter me visto antes. Disse que desejava meu corpo e que me queria, e que eu seria muito bem recompensada se passasse a noite com ele. Recusei na hora, falei que não poderia ficar com um ser que não era nem homem nem animal. A ideia me repugnava. Rapidamente dei as costas para ele e corri.
Voltei para casa, nesse momento percebi feliz que ele não havia me seguido.
A lenda de que Zeus o havia castigado impedindo-o de sair da floresta era real. Pensei que estaria segura em meu campo de flores, então todas as tarde ia lá para treinar meu canto e sempre sentia a presença de Pã lá, mas acreditei que não era perigoso, pois ele não podia sair da floresta.
Certo dia minha mãe amanheceu muito doente, precisava de uma erva que se encontrava somente na floresta. Como minha mãe não conseguia sair da cama por causa de sua enfermidade, tive que ir buscar a planta. Apesar de estar com medo de Pã, entrei na floresta correndo para não ser pega. Depois de um tempo na floresta senti que Pã estava por perto, resolvi mudar de direção correndo direto ao rio Landon. Percebi que Pã me perseguia, e antes de ser encurralada comecei a rezar e pedir para que as ninfas e dríades do rio que me ajudassem pois igual a mim elas ja haviam sido perseguidas por Pã. Elas ouvindo minhas preces atenderam meu pedido e me transformaram em bambu.
Quando Pã me alcançou não havia nada além do bambu e do som que ele fazia quando o ar o atravessava. Só que Pã estava tão obcecado por mim que não lhe importava que me houvesse transformado em bambu.
De fato, ficou tão maravilhado pelo som que o bambu fazia ao soprá-lo que juntou vários galhos de diversos tamanhos e os uniu com seus pêlos formando um instrumento ao qual batizou de Syrinx.-----------------------------------------------------
E ai pessoas do planeta terra se voçês ainda estão aqui significa que gostarão do conto.
Aliás esse conto em particular foi baseado em um que encontrei por ai na net e infelizmente não tinha o Autor.
Então senhor Anônimo se estiver por ai espero que goste do trabalho que fiz me baseando no seu. 😁
Então até o próximo conto...
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Contos e Lendas
Historia CortaBom estou postando lendas sobre mitologia por ser um assunto que amo, e como todo bom escritor estou criando novos contos e modificando minhas lendas favoritas só por que eu posso. Então pelas barbas de Merlin deem uma chance. Para os amantes de Mit...