Atos ruins geram consequências ruins

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Cecília jurava por Deus e tudo o que era mais sagrado que sua não intenção não era atirar em Rachel! Ela só levou a arma para disponibilizá-la um susto. Só isto.
A adrenalina do momento e a raiva a fizeram atirar. Porque Rachel tinha que provocá-la logo quando ela estava com uma arma na mão? Agora Eric a perseguia. Bem como estas perseguições em filmes policiais. Ela nunca imaginou que, um dia seria a fugitiva.

PUTA MERDA, SAI DA FRENTE, Ô CARALHO! - Cecília grita para uma idosa que estava atravessando o sinal.

Ela jurava que conseguia sentir sua vida pós-morte no céu sendo despedaçada. Só que ela não podia parar, porque se ela parasse, a polícia a raptaria e ela seria presa. Quem acreditaria numa mulher aleatória que diz que estava conversando com a antiga babá e, de repente, atirou sem querer nela? Ninguém!
Cecília direciona seu olhar para a parte traseira do carro, onde ela podia ver se o carro de Eric estava muito perto de seu carro. E, para a sua surpresa, estavam quase colados.

Não acredito! - Revirou os olhos.

Quando a loira se vira novamente para frente, a única coisa que ela enxerga é um caminhão perto para caramba. Se continuasse assim, ela ia bater! Cecília tenta quase inutilmente desviar do caminhão, e até consegue, mas em troca, o carro bate com quase toda sua força no poste. Com o impulso, ela bate sua cabeça no volante. A última coisa que a mesma se lembra de ver, é o sangue percorrendo de sua cabeça e cobrindo seus olhos.

[...]

Depois de toda a adrenalina pela qual Eric passara devido perseguir Cecília, ele toma forças para ir ao hospital finalmente visitar sua amada que, estava a beira da morte. Tomar a decisão de ir até lá fora muito complicada. Pois, vê-la naquele estado, o faria ter vontade de morrer. O faria talvez, tentar suicídio. Assim como em Romeu e Julieta.
Eric e Rachel.
Se encorajando bastante, ele compra um buquê de rosas azuis, as preferidas de sua amada devido toda aquela história com sua mãe. Quando chega, a enfermeira o encaminha até a CTI, onde na porta, se encontrava James, que cuidava da melhor amiga.

Ela... E... El... Ela está bem? - Eric temia com a resposta que poderia ouvir.

Muito mal... - James responde tristemente. - O médico disse que o estado dela é bem grave já que ela levou seis tiros na testa. E que, muito provavelmente, ela não sobreviva. E como foi com Cecília?

— A alcancei. Mas ela não foi presa.

— Como?

— Na fuga, ela sofreu um acidente de carro. Está no hospital e depois será encaminhada para o presídio. Agora me dê licença, preciso ver Rachel. - Eric "empurra" James de leve e abre a porta do quarto em que estava sua amada.

Quando ele entra e a vê ali desmaiada, com vários tubos em seu corpo que a ajudavam a sobreviver e totalmente fragilizada, sua reação foi a que já esperava: queria morrer.
Queria morrer ali mesmo. Ao lado de quem amava e idolatrava. Porque Cecília atirou nela e não nele? Porque a vida era tão cruel ao ponto de levá-la em seu lugar?

Meu amor, minha vida... - Ele se senta na poltrona que se situava ao lado da cama em que ela estava dormindo. - Eu trouxe as suas flores preferidas. As flores da sua mamãe. - Uma lágrima escorreu dos olhos do rapaz e ele colocou o buquê ao lado do travesseiro que Rachel usava. - Você se lembra? A sua mãe que te amava tanto. Assim como eu. Acho que eu nunca te valorizei o quanto devia... Sempre fui idiota ao ponto de cair nas armações de Cecília e Paloma. Você sofreu MUITO durante seis meses achando que o seu noivo te traiu, e não a julgo. A culpa foi minha que aceitei comemorar naquela noite.

A Babá   { Em Revisão }Onde histórias criam vida. Descubra agora