1 dia antes
18:45
event
Todoroki estava a andar pela cidade olhando lojas, crianças gritando com as mães querendo um brinquedo ou algum tipo de doce. Que irônico aquilo? Hoje era o dias das mães, os filhos deveriam estar dando coisas paras as mães não o contrário, mesmo sendo calado e "frio", ele levava a sério e sempre deixava tudo de acordo com a data.
As lojas estavam enfeitadas com flores e com fotos exageradas de mães com seus "supostos filhos".
Com certeza atores...
Ele pensou, seu jeito de ser assim tinha uma explicação. Sua infância pode ser considerada "totalmente traumatizante e horrível". Seu pai estava tentando melhorar cada dia, mas Natsuo e Shoto estavam receosos sobre isso, já Fuyumi decidiu acolher o pai de braços abertos. "Nada mais Fuyumi". Seus olhares se fixaram em uma loja simples de várias coisas, decidiu entrar. Ele andava pelos corredores recebendo olhares por pessoas pelo fato de sua cicatriz ou por meninas querendo o paquerar. Sua vida de relacionamentos não estava no melhor momento. Ele não conseguia esquecê-la...
19:30
Depois de passar um bom tempo na loja, Shoto decidiu comprar um embrulhe havia flores no enfeito e dentro havia chocolates, sua mãe adorava chocolates.
Andou pela cidade a caminho da clínica médica, sentiu o vento em seus cabelos. Parou no meio da calçada enquanto a multidão das pessoas passavam e ele levantou sua cabeça com seus olhos e sentiu a brisa.
Chegando na clínica ignorou totalmente a recepcionista que já o reconhecia pelo fato dos eventos anuais. Ele foi até o quarto 783 e lá estava.
Sua mãe, sua amada e protetora mãe. Ele realmente a amava, quando a perdeu só...aquela pessoa o consolou, mas depois do ocorrido...só aconteceu. Sua mãe o viu, ela estava sorrindo para ele, como de costume.
--- Olá filho. --- Ela disse com seus olhos fechados e sorrindo.
--- Oi mãe --- Ele diz dando um sorriso, estilo "Todoroki". Ele sentou na poltrona do lado da maca, na frente de onde Rei estava sentada.
--- Como vai a escola? --- Ela fez uma pergunta repentina. Normalmente ela perguntava: "como você está?", "como vai seus irmãos?" e "seu pai...te machucou?".
--- V-vai bem. --- Ele diz surpreso coçando a nuca, ela sempre fazia as mesmas perguntas.
--- Tem amigos? --- Ela olha para janela.
--- Sim.
--- Me conte sobre eles. --- Ele disse o olhando nos olhos. --- Quero saber como você está filho. --- Ela sorri docemente.
--- Quais os nomes? --- Ela completa.
--- Tem o Midorya --- Ele diz olhando para baixo. --- Ele me ajudou muito a conseguir conversar, sou muito grato a ele. --- Ele diz dando um sorriso de lado. --- Tem o Iida, ele bem rígido e inteligente, mas ele sempre se preocupa com os amigos.
--- Parecem ser legais filho.
--- Também tem o Bakugou...ele é extremamente irritante e instável, mas as pessoas "gostam" dele. --- Ele diz lembrando do jeito do colega, ou "amigo" --- Tenho amigas também como a Tsui, que tem o seu jeito de ser, tem a Uraraka que é uma das pessoas mais gentis que eu conheci. E tem a Yaoyorozu.
--- Como ela é? Você descreveu todos menos ela.
--- Não conversamos muito, ela tem um problema de baixa autoestima. Mas ela é muito inteligente e gentil. Ele diz analisando o quantidade que ele conhecia da morena.
--- Fico feliz que você fez amigos desde...
--- E como vai você? --- Ele diz querendo mudar de assunto e conseguindo.
--- Vivendo o possível aqui dentro. --- O seu tom era de cansaço e tristeza, ele sabia que sua mãe odiava estar ali, mas era preciso, por mais que ele odiasse concordar com seu pai. Ele amava sua mãe.
Depois de ter suas conversas com sua mãe, que foram mais profundas e mais curiosas em relação a vida de Shoto, o horário de visitas passou e com ele Shoto teve de ir embora e assim o fez. Deu um beijo na testa de sua mãe que estava se preparando para deitar e foi até a porta e olhando sua mãe pela última vez.
Espero te tirar daqui em breve, mãe...
Saiu sem dando tchau ou boa noite para ninguém.
22:57
Lá estava o bicolor, dormindo com seu calção. Ele estava tendo um sonho...ou pesadelo em que ele sabia muito bem com quem estava sonhando. Era um sonho horrível, de quando sua mãe surtou. Se lembrou de quando ela começou a bater no seu pai, e se lembra que Fuyumi o abraçou para o fazer parar de chorar. O seu pai a imobilizou a fazendo desmaiar, aquela foi a última vez que ele viu sua mãe em casa, como uma "família normal". Depois disso, parecia que seu pai evitava ficar em casa, mas ele tinha um bom motivo. Natsuo o olhava com desprezo e escárnio, Fuyumi que antes o olhava com carinho o olha agora com tristeza e ressentimento e o bicolor? Raiva e ódio. Ele acordou suado, não havia ninguém em casa. Endeavor até agora não tinha chegado e Fuyumi estava na casa do namorado desconhecido que seu pai se irritava ao não conseguir descobrir. Foi até a cozinha e pegou um copo de água gelada que descia sobre o sua garganta internamente. Inspirou e respirou fundo, olhou em volta e viu só a solidão.
Eu vou esquecer isso, eu preciso. A culpa é dele. Me tornou assim, essa vida e ele me tornaram assim.
--- Mas que pesadelo infernal! --- Gritou jogando o copo na parede assim o partindo em vários cacos. --- Tsc! --- Pegou a vassoura e a pá e começou a juntar o cacos miúdos e pegando os grandes e jogando na lixeira. Depois, extremamente cansado e perturbado, volto ao seu quarto e a dormir.
