Olá ...
Então ... Mais um pouquinho antes do Natal?
Que tal?
Mas é só um pouquinho mesmo!Seis anos atrás
Nanda
Escoltadas para dentro daquele ambiente até meio intimidador, apesar do local parecer ser uma unidade modelo, o que tinha soado engraçado durante a brincadeira na boate, agora parecia ir além de um sacrifício. Jamais tinha entrado em uma delegacia. Olhos curiosos nos acompanhavam enquanto Hermes tomava a frente, nos mostrando o caminho, ao mesmo tempo que cumprimentava alguns dos que estavam no plantão, ele parecia navegar muito bem por aquele ambiente.
— Você aqui – apontou uma cadeira para Vanessa — você aqui – apontou para Carina — e você, nesta aqui – eu fui a última a receber uma instrução.
Sem olhar para as minhas amigas, fiquei ali sentada aguardando, sozinha, ouvindo o meu próprio coração bater, até um pouco constrangida por ainda estar ligeiramente alcoolizada em uma delegacia. O investigador voltou somente minutos depois, com outros dois companheiros e cada um deles se encarregaria dos depoimentos das minhas amigas, enquanto sentou-se frente a frente comigo, separados somente pela mesa estreita.
— É você que vai cuidar de mim, investigador? – Lembrei-me do "pelo menos aqui fora" mas não resisti e discretamente estiquei o braço e toquei um dos dedos em sua mão.
Tentei decifrar sua reação com aquele rápido toque, mas agora Hermes tinha a feição firme e trancada, suas pupilas não mais o denunciavam.
— Não, vou levá-la até um escrivão, fique tranquila e diga apenas o que você presenciou – e com a fisionomia ainda bastante séria, ficamos aguardando mais alguns minutos, até que escoltou-me pelos corredores.
Gentilmente me convidou a sentar defronte a uma mesa, onde outro policial aguardava na expectativa. Um delegado, pelo distintivo que usava, pendurado no peito, entrou e cumprimentou Hermes, que relatou brevemente a prisão dos marginais.
Fiquei surpresa com o breve relato do que havia acontecido antes deles chegarem ao bar, que me pareceu ter havido uma perseguição armada e para o desespero da minha curiosidade, o delegado o chamou para ir a outra sala, para prestar depoimento.
— Agora, senhorita, você será ouvida, eu vou prestar meu depoimento e volto antes de você terminar – disse e saiu me deixando carente de sua presença.
Durante quase uma hora, o escrivão me conduziu na narrativa do assalto e me fez reconhecer minha carteira e celular. Avisei que minha correntinha de ouro, com um pingente de coração, não estava entre os objetos que haviam me mostrado para reconhecer. Quando terminei e assinei o depoimento, ao me levantar, encontrei Hermes em pé, me aguardando.
— Venha, vou levá-la para fazer o reconhecimento dos malas* – disse e gentilmente me guiou até uma sala onde havia um espelho. — Não se preocupe, eles não te enxergam – explicou.
Após identificar dois dos indivíduos, ele me levou até o escrivão e ao declarar quais eu tinha reconhecido, fez-me assinar outro documento.
Horas depois de chegarmos à delegacia, fomos liberadas, mas Hermes permaneceu ao meu lado quase durante toda essa longa madrugada, só se afastando quando um policial, o mesmo que o mandara nos trazer, o chamou para partirem.
— Foi um prazer conhecê-la, senhorita! – despediu-se de mim.
O motorista da família da Vanessa já estava lá para nos buscar e eu ia embora com uma sensação estranha dentro de mim, de excitação e perigo. Investigador Hermes mexeu comigo e não tinha mais certeza se podia culpar o álcool.
No dia seguinte, eu ainda não conseguia parar de pensar sobre o flerte, as trocas de olhares pelo espelho retrovisor, o jogo misterioso e excitante, mas que acabou dando em nada.
Sentia a sensação de inquietude desde então, por causa de toda aquela brincadeira das meninas, que culminou em nossa ida à delegacia, com o investigador Hermes.
Olhei a cópia do boletim de ocorrência e estava assinada por Hermes Paranhos. Ainda sentindo-me inconsequente, arrisquei discar o número da 15ª que estava timbrado no formulário, mas, após minutos tentando completar a ligação, a única coisa que consegui foi: "Investigador Paranhos não faz parte da equipe desta delegacia, sinto muito."
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Malas – gíria policial para se referir a criminosos
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Esse Hermes realmente deixou a Nanda caidinha... 🔥
Feliz Natal, com sinceros desejos de momentos lindos entre familiares.
Bjks Gê&AG
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Delegado Hermes - Degustação
RomanceDISPONÍVEL SOMENTE ATÉ 01/MAIO Uma história de "Geane Diniz" & "A.G. Clark" Fernanda hoje é a esposa de um poderoso do ramo de imóveis, mas que no passado foi o grande amor da vida de Hermes. Eles formavam um casal quente e apaixonado, que por moti...