Ja tínhamos pousado. Tirei o fone do ouvido e me levantei, calçando o tênis que eu havia tirado.
Juliana estava cochilando então acordei ela.
ㅡacorda garota. ㅡbalancei ela.
ㅡme deixa Carol, a gente nem saiu de Doha. ㅡfalou se virando.
ㅡa gente ja ta no Brasil burra. ㅡfalei e ela abriu os olhos de uma vez.
ㅡSÉRIO?
ㅡsim, bora. Pega tuas coisa vou te esperar ali fora.
Falei saindo do avião.
Mandei uma mensagem para Matheus avisando que ja tinhamos chegado.
▪
Acordei com a ligação de Matheus.
"oii mozão"
Ele falou todo animado.
"oi bebê, chegou?"
"cheguei agora. Bora fazer alguma coisa"
"essas horas amor? quase meia noite"
"então me espera"
Não falei nada e ele também não apenas desligou.
Meu sono ja tinha ido embora. Liguei a TV e coloquei em algum filme aleatório de criança.
Minutos depois a campainha tocou, eu já tinha certeza de quem era.
ㅡoi xuxuzinho. ㅡabracei e beijei o rosto dele todo.
ㅡoi amor da minha vida. ㅡentrou.
Fomos até o sofá e fiquemos nos beijinhos.
ㅡeu to com fome. ㅡele falou.
ㅡacho que vou pedir uma comida, se tiver aberto algum lugar. ㅡpuxei o celular.
Pedi pizza pra gente.
ㅡala querendo mandar na minha TV. ㅡpuxei o controle da mão dele.
ㅡah não amor, tira não. ㅡfez bico.
ㅡvai assistir na sua casa então. ㅡcoloquei no meu filme de volta.
Ele cruzou os braços que nem uma criança mimada.
Ignorei ele, até a pizza chegar.
ㅡvem comer chorão. ㅡchamei ele e soltei uma risada.
Coloquei o pedaço de pizza e fui comer no sofá.
Ele continuou com aquela cara de cu.
ㅡazar o seu otário. ㅡbrinquei e mordi a pizza.
Me dei por convencida e joguei o controle pra ele e disse que ele podia mudar, e a criança ficou toda felizinha.
ㅡnão vai se acostumando hein. ㅡrevirei os olhos.
O filme que ele colocou não era taaaao ruim, mas o meu era melhor.
▪
Acordei com a luz forte batendo no meu rosto. Me espreguicei e não senti Matheus do meu lado, ele deveria ter ido embora.
Levantei e fui até a cozinha, onde eu encontrei o bonitinho sem camisa fazendo café da manhã.
ㅡuau, eu não conhecia esse lado cozinheiro do meu namolado. ㅡabracei as costas dele.
ㅡbom dia gata. ㅡse virou e beijou minha boca. ㅡsenta ai.
Sentamos e comemos.
ㅡonde vai passar o natal? ㅡMatheus me perguntou.
ㅡeu não sei, a Nina não falou nada, acho que ela vai passar na casa da família do Rodinei. ㅡsorri sem mostrar os dentes.
ㅡe sua família? nunca me falou de ninguém...
ㅡninguém que seja importante o suficiente pra mim sair falando pros outros sabe. A Nina é a unica pessoa da minha família que eu tenho uma consideração foda. ㅡbebi o suco.
ㅡe seus pais?
Respirei fundo.
Aquele era um assunto muito delicado para se tratar, mas ele como meu namorado precisava saber, eu sabia que uma hora ou outra ele ia me perguntar.
ㅡbom, meu pai foi um babaca, traiu minha mãe, isso deixou ela muito mal. Ela se matou, por causa do meu pai. ㅡfalei sem muitos detalhes.
ㅡporra... ㅡfoi a unica coisa que ele conseguiu dizer. ㅡnão sei nem oque dizer.
ㅡnão precisa falar nada relaxa. ㅡsorri e voltei a comer.
O café da manhã terminou naquele silêncio.
▪
A tarde fomos na casa de Vittinho, iria ter um churrasquinho por lá.
Encontrei as girls que eu não via a dias, principalmente Nina e Maria.
ㅡtava sumida. ㅡNina me falou.
ㅡclaro que não. ㅡpeguei a Maria no colo.
ㅡonde vai passar o natal? ㅡnovamente a pergunta.
ㅡnão sei, por que?
ㅡeu vou passar na casa dos irmãos do Rodi, desculp-
A interrompi.
ㅡfica tranquila tia, não tem problema nenhum.
Seria meio ruim passar o natal em casa assistindo as programações que passam na TV, que fase!
Fui pra área externa da casa onde encontrei Matheus jogando fut-mesa.
Era engraçado o jeito que o Reinier ficava puto quando perdia.
Eu até arrisquei jogar um pouquinho, até que eu fui melhor do que eu imaginava.
Passamos a tarde toda na casa do Vittinho. Matheus me deixou em casa e foi para a sua.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
