Capítulo Três

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Sempre estranhei a premissa de que os opostos se atraem

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Sempre estranhei a premissa de que os opostos se atraem. Por que duas pessoas com personalidades parecidas e gostos em comum não poderiam viver em harmonia mas um casal que odeia tudo o que o outro gosta sim? 

Ironicamente, todas as relações que tive enquanto crescia era com pessoas absolutamente diferentes mas que de certa forma me levavam pra frente. Este era o exemplo de Samantha, talvez a única pessoa que realmente conseguisse me aguentar por mais de dez minutos sem me xingar ou atingir algo em meu rosto. Porém, não tinha certeza sobre os benefícios dessa amizade quando havia sido obrigada a acompanhá-la numa festa porque segundo ela, "eu fico tempo demais em casa e não aproveito minha juventude". 

Claro que isso não seria suficiente pra me fazer sair do conforto da minha cama para um lugar que eu me sentia completamente deslocada, mas acontece que mamãe estava trabalhando cada vez mais e eu estou começando a me sentir solitária, então talvez este seja o momento da minha vida que eu precise parar de viver como se ao invés de um ser humano chato eu fosse um unicórnio ou alguma outra criatura superior, e talvez tentar agir como a maioria.

No entanto, eu me arrependi de tentar no momento em que pisei meus pés na casa abarrotada de pessoas com iluminação neon e mesmo com o som alto eu podia ouvir minha mente gritando para mim mesma o "eu te avisei!". Sim, eu não deveria ter vindo! 

Não é como se a Sam tivesse me largado para ficar com os amigos dela, mas no momento que ela viu a LUNNA com o resto do grupinho elas se juntaram e ficaram juntas pelo resto da noite. E tudo bem, eu não estava realmente tentando me enturmar e talvez minha expressão fosse o menos acolhedora possível enquanto bebericava um copo de refrigerante sentada no sofá ao lado delas. 

Foi com a chegada de Dylan com um dos garotos que estava no carro com ele aquele dia, que eu decidi me levantar e procurar algo legal para fazer. Talvez rir de alguém bêbado ou só andar em círculos até poder sair e encher Samantha sobre como eu dei uma chance para a festa e mesmo assim ela foi horrível.

Andei pelo local, avaliando bem as pessoas ali. A casa tinha uma quantidade considerável de pessoas, a iluminação meio escassa, umas pessoas se beijando aqui e ali, mas nada de muito absurdo... Parei na cozinha e fiquei lá por um tempo, aproveitando para comer o máximo das pizzas e salgados que tinha ali, até Samantha me encontrar com uma expressão meio preocupada e brava no rosto.

- O que você está fazendo? Do nada desapareceu - cruzou os braços em frente ao balcão da cozinha que eu estava sentada em cima. Terminei de mastigar minha pizza e encarei com um sorriso de desculpas.

- Eu estava me sentindo um pouco sufocada e não queria atrapalhar o assunto.

Sam revirou os olhos, não caindo na minha desculpa esfarrapada, mas não insistiu.

- Olha, vai lá pra cima que eu vou chamar o resto das meninas para a gente brincar de verdade ou desafio.

Fiz uma careta. - Não sei não...

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⏰ Última atualização: Jun 24, 2021 ⏰

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