Capítulo Dois

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O burburinho das conversas alheias podia ser ouvido por todo o trajeto até a entrada da escola

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O burburinho das conversas alheias podia ser ouvido por todo o trajeto até a entrada da escola. Ainda faltava alguns minutos para o horário das aulas e, como de hábito, os estudantes se aglomeravam no jardim da frente do colégio em pequenos grupos espalhados por toda a vasta extensão do terreno. Geralmente eu não ficava por ali, mas hoje o dia estava especialmente agradável. As nuvens quase não podiam ser vistas e o céu estava numa coloração só um pouquinho desbotada. O sol fraco aquecia minha pele e decidi me sentar perto de algumas árvores ali fora.

— Ei, Aly! — alguém me chamou no meio do caminhou e me virei buscando por Samantha, que era a única pessoa a me chamar por este apelido.

A encontrei em pé num canto com alguns amigos e acenei.

— Venha aqui para conhecer o Dylan. Temos algumas aulas com ele hoje — pediu e caminhei timidamente até o grupo de quatro pessoas.

Encarei o novato e seus cabelos rebeldes que batiam abaixo da orelha me pareceram muito familiares.

— Dylan Woods, prazer — falou, estendendo a mão para me cumprimentar.

Estreitei os olhos olhando no fundo de seu globo verde e um estalo veio em minha mente ao lembrar dos garotos no carro que haviam me importunado no caminho até MHS na manhã anterior. Era ele quem dirigia o veículo. O fitei com uma das sobrancelhas arqueadas e lentamente apertei sua mão que já estava estendida há alguns instantes.

— Bem, eu sinto muito isso mas preciso ir agora — disse me virando a todos e afastando-me sorrateiramente — Com licença.

Cheguei até a sala de aula e respirei fundo ao me sentar no meu lugar habitual ao lado da parede. Aquilo era uma enorme e infeliz coincidência.

Se Samantha decidir que serão amigos, viverei vagando solitária pela escola, trocada por um menino com uma linda aparência e uma personalidade nojenta que provavelmente só eu vi até agora. Pelo amor, ele estava com os meninos que me assediaram em seu carro. Não poderia esperar nada bom vindo dali.

A menos se eu o tiver confundindo e tratado com desdém sem motivo. Mas seus traços eram tão específicos e sua aparência tão única. Não, eu não estou enganada. 

O toque do sinal se fez ouvir e tentei preparar meu cérebro para as aulas que estavam por vir. Coisa que seria bem mais fácil se Dylan não estivesse na mesma sala que eu.


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Correndo Contra o TempoOnde histórias criam vida. Descubra agora