capítulo dezoito.

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Quando chegou de volta ao quarto, sentiu o peito apertar ao deparar - se com a porta destrancada e no perigo que sua garota correra. Sentiu - se ainda mais entristecido ao vê - la encolhida na cama, com o rosto marcado por grossas lágrimas. Se bem a conhecia, pegou no sono o esperando voltar. Seu sono era agitado, se mexia levemente ao passo que pequenos barulhos saiam de sua boca. Ela estava em um sono perturbado e sabia que era sua culpa.

Sentindo as lágrimas voltarem para seus olhos, Noah se abaixa ao lado da morena, passando os dedos levemente pela extensão de seu rosto. Ela era a figura mais angelical que já havia visto.

A viu suspirar pesado, se mexendo na cama, indicando que estava despertando. Os olhos castanhos quase preto pareciam chocalate derretido e demonstraram leve surpresa ao vê-lo ali, logo sendo tomado por um alívio imediato.

Ela não disse nada antes de enrolar os braços no pescoço do garoto, de um modo desajeitado pela posição na qual estavam. Ele enlaça a cintura da morena do jeito que consegue, tomando cuidado para não acabar puxando - a para o chão. Logo se escuta os altos soluços da menina ecoarem pelo quarto. Noah sente o peito apertar - se ainda mais.

- Não chore, Any. Me perdoa, por favor. - Ele pede, alisando as costas dela num consolo mudo.

- Me perdoa, me perdoa, me perdoa. Eu não queria que isso acontecesse, eu te juro. - Ela diz, a voz num tom claramente culpado e desesperado.

- Isso é nossa responsabilidade, meu amor. Não toma a culpa que não é só sua. Ok? - Ela assente, o choro ainda intenso. - Eu amo você. Nós iremos passar por isso juntos. Me perdoa. - Beija seus cabelos algumas vezes.

Ele se afasta levemente. Any senta - se na cama, só assim vendo as três rosas que ele carregava na mão. Não era uma, não era um buquê. Eram três. Vendo os olhos curiosos de sua garota, ele sorri levemente, sentando - se ao lado dela.

- Eu fui um babaca idiota por ter saído aquela hora. Eu estava perdido, não sabia o que fazer, não sei ainda na verdade, não sei se vou ser capaz de ser um bom pai e isso tudo ainda me perturba muito, não vou fingir que não. Mas nesse tempo que estive fora pude ter a certeza que não importa qual seja a dificuldade, se estivermos juntos, é o que importa. - Ele se aproxima, beijando as grossas lágrimas que escorriam pelo rosto bonito. Ele levanta as rosas. - Essa aqui é você, este sou eu. - Quando ele puxa a terceira rosa, Any já carrega um grande e bonito sorriso no rosto. - E esse outra aqui, é esse bebê que está aí dentro. Não importa o que aconteça, Any, seremos nós três daqui pra frente. Ok? Eu amo você. Você é minha vida inteira e eu nunca mais vou lhe deixar sozinha.

Any se joga nos braços do garoto, beijando - o por inteiro, com carinho, amor.

- Eu amo você, Noah. - Sua mão vai até sua barriga e Noah, tímido e temeroso, coloca sua mão por cima da dela. - E nós estaremos juntos. Vai dar certo.

Eu Me ProíboOnde histórias criam vida. Descubra agora