One and Only

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NOTAS INICIAIS: Olá pessoal, como disse no capítulo anterior de esclarecimento, desculpem pela demora, mas aqui tá mais um capitulo pra vocês. Espero de coração que gostem e aguardo o feedback de vocês. Boa leitura amores!  

P.S.: Leiam com carinho, intensidade... ouçam a música :)


         POV Kat

          Eu sempre me perguntei qual seria a vida perfeita pra mim. Talvez uma linda casa com um marido perfeito, um cachorro adorável e quem sabe filhos? Por muito tempo quando me fazia esta pergunta, realmente acreditava que essa era a única resposta. A mais sensata, correta, a opção mais feliz que poderia imaginar. Infelizmente, ou não, comecei a perceber mesmo sem querer, que esta era a resposta de uma jovem garota, criada em um ótimo ambiente, que sempre quis ser perfeita aos olhos de todos, principalmente de seus pais. Acreditava que a vida seria perfeita, se fosse realizada profissionalmente e se conseguisse seguir o exemplo da vida que seus pais lhe mostravam dia-a-dia. Afinal, eles eram seus maiores exemplos e qual melhor maneira de orgulhá-los do que seguir seus passos e ter sucesso ao viver o mesmo padrão de vida que eles, não é ? Na verdade não, na verdade essa garota não existe mais, parte dela pelo menos não. A ingenuidade de acreditar que o que funciona pra um funciona para o outro, a inocência de acreditar que tudo estava já definido naquele momento, que sabia tudo sobre a vida e sobre si e que nada iria mudar e até a religiosidade que a fazia acreditar que qualquer coisa além do convencional seria errado, afirmando o pensamento de que qualquer outra ideia ou opção deveria ser anulada. Tudo havia mudado, nada estava mais no lugar. É como se tudo isso fosse enxergado agora através de um vidro sujo, que por mais que tente limpar e queira observar com a mesma clareza o que ficou do outro lado, não é possível, o vidro está sujo pelo lado de dentro. Nada mais parece claro, definido.

         Dominique chegou e fez um furacão aqui dentro, me fez ver que nada do que achava que realmente sabia, era real. A vida nunca foi definida, eu nunca fui definida, revelou uma complexidade em mim, ainda desconhecida. Sensações, sentimentos, dúvidas, certezas... coisas que antes, não havia sequer imaginado. E agora estamos aqui, neste momento decisivo onde não há mais meio de fugir, só encarar. O beijo (e que beijo!) já havia complicado o suficiente e estar aqui agora, nesta cabana, com a chuva caindo lá fora e sem contato com o mundo exterior era realmente o nosso momento de redenção, como se o universo conspirasse a favor e quisesse dizer "vamos, já que vocês não se resolvem por bem, então pera aí um pouquinho...Pronto, agora se virem!" . Era nosso momento, e eu estava sem saber o que fazer, por onde começar. Tanto pra se dizer mas poucas palavras pra explicar. 

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          "Você é a minha maior interrogação Dominique"

....

          Vejo um leve sorriso no canto direito de seus lábios. 

          Meu primeiro impulso é beijá-la novamente, sem pudor, sem medo, sem qualquer empecilho, cordialidade ou regra técnica como nas gravações. Da mesma maneira como acontecera à poucos momentos. Eu precisava de mais, muito mais. Mas havia algo que ainda me impedia de fazer isso conscientemente, o Ray. Que diabos eu estava fazendo? Não podia fazer isso, não agora.

          Me contive em somente roçar seu rosto com o a ponta de meu nariz. Depositei um beijo em sua bochecha, juntei novamente nossas testas e abri os olhos cheios de lágrimas.

          "Temos muito o que conversar, tem muita coisa que quero te contar." - Digo a encarando.

          "Eu sei Baby, eu sei. Acredito que tenhamos bastante tempo pra isso aqui." - Ela responde fazendo carinho em minha nuca, mexendo nas pontas de meus cabelos. 

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⏰ Última atualização: May 28, 2020 ⏰

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