"O que você tanto olha nesse seu celular, Liam?" lhe perguntou Louis, mais tarde na pizzaria.
"Nada" Liam desligou a tela e o guardou no bolso de trás da calça.
Havia um pouco mais de uma hora que Zayn havia lhe mandado uma mensagem, perguntando como ele estava, mas Liam não queria respondê-lo. Seu dilema, no entanto, era que Jade estava mandando mensagens que nem uma louca, e se ele ficasse online para respondê-la, ficaria claro para Zayn que ele estava o ignorando.
"Liam" Louis lhe chamou a atenção mais uma vez, estalando os dedos na frente do seu rosto. "É sério, cara, sai do mundo da lua. A senhora da mesa 3 está chamando já tem quase dois minutos.".
"Desculpe" Liam pegou um bloquinho e uma caneta e foi até ela.
Enquanto anotava o pedido, ele tentava não antecipar na própria cabeça como seria quando chegasse em casa e tivesse que ficar a sós com Zayn... se bem que Jade tinha feito com que ele prometesse que ficaria livre para encontrá-la. Bom, talvez Liam pudesse ter um pouco mais de tempo antes de decidir o que fazer.
"A moça da mesa 3 quer mais uma pizza pequena, essa para a viagem, portuguesa com bastante cebolas ao vinho" ele encaminhou o pedido para a cozinha, voltando a ficar perto de Louis logo depois.
"É impressão minha ou tem algo acontecendo aí dentro da sua cabeça, Liam?" Louis forçou uma tosse e começou a abanar o ar com um dos cardápios. "Tá saindo fumaça pelas suas orelhas. Bota isso para fora!".
Liam revirou os olhos.
"E quando é que não tem algo acontecendo, Louis?" o mau humor de Liam estava no auge.
"Ih, tem alguém puto por aqui" Louis passava um pano molhado sobre o balcão, onde um dos outros garçons tinha derramado sem querer um tubinho de molho picante. "Deixa eu adivinhar... você ainda está chateado que o Zayn sumiu?".
Liam se virou para ele, levemente confuso.
"Sumiu?" e só então se deu conta de que, até a noite anterior, tudo o que vinha se queixando para Louis era de que não via mais Zayn desde o fatídico dia da cachoeira. Zayn estava de volta não tinha nem um dia completo, mas a sensação para Liam era de que alguns dias tinham se passado, de tantas coisas novas que preenchiam sua cabeça. "Não... eu esqueci de contar, ele voltou ontem à noite.".
Louis arregalou os olhos.
"Então a porra do boy volta e você está aqui com essa cara de bunda? Porra, Liam!".
"Longa história" Liam avistou um rapaz estendendo a mão, chamando por um garçom. "Já volto.".
E assim eles passaram a noite, conversando de um jeito picotado, ora seguindo o assunto, ora o interrompendo sempre que um cliente fazia sinal de que precisava de alguma coisa. Liam contou grande parte do que havia acontecido a Louis, sem mencionar toda a história do pai de Zayn e as partes que diziam respeito à família dele num geral. Contou de como eles tinham conversado muito, e aparentemente entrado numa reconciliação – esta que durou da madrugada até o meio da manhã, somente, quando Liam o viu de novo com aquele garoto dos cabelos pintados.
Estava chegando perto das 23h quando os clientes foram diminuindo e o movimento ficou mais calmo. Havia somente uma mesa ocupada por uma família pequena, e eles já não estavam mais pedindo nada, pareciam satisfeitos e prestes a ir embora. Pietro saiu da sua sala e foi até o caixa.
"Podem ir, meninos, eu fecho tudo por aqui e atendo essa família, caso eles queiram mais alguma coisa.".
"Mesmo, chefe?" Louis já levava as mãos às costas, para desatar o nó do avental que usava.
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Schopenhauer
Подростковая литератураLiam Payne, estudante de Filosofia, com os seus quase 20 anos não esperava da faculdade nada mais do que qualquer pessoa na sua idade esperaria. Ele só queria se formar sem maiores problemas, talvez participar de algum projeto social e até curtir al...