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"Eu não acredito que ele fez isso", "Eu vou matar o Yato" e "Não faz nem uma semana que nós moramos juntos e ele já está causando problemas, aff" eram alguns dos meus pensamentos enquanto escutava o que o policial do outro lado da linha falar.

– Ok, eu vou buscar ele – falei tentando pensar em um jeito de ir até a delegacia, já que eu não tinha carro e nem uma carteira de motorista.

Depois de desligar a ligação eu mandei mensagem pra Hiyori pedindo ajuda pra ir até a delegacia e ela disse que ia tentar me ajudar.

Alguns minutos depois eu escutei o barulho de uma buzina vindo da portaria, olhei pela janela da sala de estar eu vi um Sedan preto e uma garota de cabelos curtos cor de rosa colocou a cabeça pra fora do carro e começou a acenar animadamente pra mim.

Nesse mesmo minuto eu escutei meu celular vibrar e quando eu olhei pro écran eu vi uma mensagem da Hiyori dizendo "Se você vir uma garota de cabelos curtos cor de rosa em um Sedan preto é a sua carona".

Li a mensagem e logo em seguida desci até a entrada do apartamento.

Fui até o carro e quando eu abri a porta do mesmo eu vi Kazuma no banco do motorista e a Bishamon sentada no banco do passageiro.

Ficamos conversando durante todo o caminho, descobri que a garota dos cabelos cor de rosa se chama Kofuku, ela é do terceiro ano do ensino médio e é bastante divertida.

– Então Yuki, o que foi que o Yatinho aprontou dessa vez? – perguntou com a curiosidade transbordando pela sua voz.

– Eu não sei direito, só sei que ele fez algo ruim suficiente pra ir parar na cadeia – falo pensando nas possibilidades.

– Chegamos – Kazuma falou depois de algum tempo.

– Não precisão vir comigo se não quiserem – falo já abrindo a porta do carro.

– Que isso eu insisto em ir – Bishamon falou também saindo do carro – eu quero eu mesma dar um esporro nele.

– Somos dois – falei entrando na delegacia.

– Com licença – um policial disse se aproximando de nós.

– Sim?

– Você se chama Yukine?

– Sim, por quê? – perguntei curioso.

– É um cara que tá na cela dos bêbados não para de chamar o seu nome – falou coçando a nuca.

– Por acaso é um garoto de 17 anos, de cabelo preto e olhos azuis? – perguntei só pra confirmar as minhas suspeitas.

– Sim.

"Eu não acredito que aquele pinguço, asno, jumento, filha da mãe, aproveitou que eu sai pra beber" pensei muito revoltado.

– Me leva até lá por favor.

– Claro – falou se virando – vem, me segue – falou novamente e eu comecei a segui-lo.

Quando chegamos lá eu vi várias pessoas com expressões tristes e acabadas entre elas Yato estava sorrindo igual um idiota, mas quando me viu seu sorriso aumentou.

– YUKINE! – ele grita todo animado fazendo um monte de policiais olhar pra nós.

– Oi Yato – digo um pouco envergonhado.

Depois do pequeno vexame que eu passei por causa do Yato eu conversei com o policial que prendeu o Yato.

Aparentemente ele estava em uma balada e acabou arranjando uma briga depois de beber uma garrafa inteira de vodka.

Eu fiquei conversando mais um pouco com o policial e ele disse que eu não precisaria pagar uma fiança pra liberarem o Yato.

Depois de tudo eu e o Yato fomos até o carro.

Quando entramos no carro Kofuku sorriu e começou a conversar com o Yato, que não falava coisa com coisa graças a quantidade de álcool que ele ingeriu na tal festa que ele foi.

– Então... – ela disse fazendo uma cara estranha – você e o Yato moram juntos? – perguntou olhando pra mim.

– Sim – respondi achando aquela pergunta estranha.

– E onde foi que vocês se conheceram? – perguntou, dessa vez fazendo uma cara maliciosa.

Antes que eu pudesse falar que nós não éramos um casal e que só éramos colegas de quarto o bêbado imbecil do Yato falou antes de mim.

– Foi amor à primeira vista – disse com a voz embargada – né não Yukizinho – falou me abraçando de lado e eu corei na hora com a sua fala.

– Q-q-que? – Gaguejei, mas logo respirei fundo e recomecei a falar – Kofuku eu e o Yato somos só colegas de quarto, somos conhecidos no máximo – digo ainda envergonhado pela pergunta da garota e pela resposta do moreno.

– Aaaah que pena – fala decepcionada com a minha resposta.

Ficamos mais alguns minutos no carro tendo que aguentar um Yato totalmente bêbado contando histórias totalmente absurdas.

– Uma vez eu escalei uma montanha até o pico – disse sorrindo igual um idiota.

– Claro – digo e logo me inclino pra frente – por favor me fala que já estamos chegando – sussurro pra que só Kazuma escute.

– Não se preocupe falta só mais um minuto – ele fala sem desviar os olhos da estrada.

– Eu não aguento mais nem três segundos – falo suplicando.

– Não esquece que você mora com ele – Bishamon fala entrando na conversa.

– Aí, nem me fale – digo me lamentando.

– Chegamos – Kazuma fala e eu me apreço pra sair do carro.

Ajudei o Yato sair do carro, me despedi dos outros no carro e ajudei ele a subir as escadas.

Destranquei a porta e o deixei andar cambaleando pelo apartamento enquanto eu trancava a porta novamente.

– Yato vai tomar banho – falo tentando o empurrar pro banheiro.

– Mas eu não quero – fala manhoso.

– Vai – digo finalmente consigo fazê-lo entrar no banheiro.

Depois disso eu fui até a cozinha, fiz uma salada de frutas pra mim e um café pro Yato.

Quando o Yato saiu do banho eu entreguei para ele o café que eu havia feito para o mesmo.

O guiei até o sofá, nos sentamos e eu comecei a comer enquanto ele tomava o café.

Depois disso eu coloquei a vasilha e o copo do Yato na pia e o levei para o quarto dele.

– Hora de dormir – falo o puxando para a cama.

Faço ele deitar na cama e quando eu ia sair de lá ele me puxou de volta.

– Yukine.

– Fala – digo cansado.

– Fica aqui comigo – fala me olhando

– O que? – falo surpreso.

– Pelo menos até eu pegar no sono – diz manhoso – por favor.

– Tá bom – falo enquanto me deito em sua cama.

Ficamos assim durante muito tempo até que por volta das 3:00 horas da manhã ele pegou no sono, mas eu tava tão cansado que acabei dormindo lá mesmo.

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Espero que tenham gostado do capítulo e desculpa pela demora.Bjs❤️❤️❤️

Meu colega de quartoOnde histórias criam vida. Descubra agora