ni-juu shi

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<Sete anos depois>

- Bom dia - a voz de Yato soa meio grossa e sonolenta através do meu ouvido enquanto sinto os seus braços ao redor de minha cintura.

Eu estava em pé de frente para a pia enquanto eu era abraçado por trás pelo moreno de olhos azuis enquanto a cabeça do mesmo repousava sobre a curva do meu pescoço.

- Bom dia - digo me virando para ficar de frente para o maior - dormiu bem? - perguntei enquanto colocava ambos os meus braços ao redor de seu pescoço.

- Uhum - ele responde simplesmente e o mais velho colou os nossos lábios em um beijo carinhoso logo em seguida.

- Eu ainda não como vocês não estão casados - uma voz infantil falou se fazendo presente, fazendo com que Yato e eu nos separássemos pelo susto - é sério não tem explicação.

Direcionamos nosso olhar para a figura do garoto loiro com olhos azuis de treze anos.

- Tinha que estragar o momento né pirralho? - o moreno de olhos azuis resmunga para o garoto que lhe mostra a língua como forma de resposta para a pergunta do mais velho.

- Não sei se você se lembra, mas vocês estão na cozinha deus fajuto - o garoto fala com um tom de deboche em sua voz enquanto um sorriso irônico surgia em seus lábios.

- Eu ainda vou te deixar para um orfanato - Yato falou apontando o dedo para o menor.

- Você não teria coragem, eu sei que você me ama - o garoto falou ainda com um tom debochado em sua voz.

- As duas crianças já acabaram de brigar? - perguntei arqueando uma de minhas sobrancelhas e recebi apenas um aceno de cabeça de ambos - Yuuto vai arrumar as suas coisas e Yato vai colocar uma roupa, porque depois de tomarmos café da manhã nós três vamos até a casa da Kofuko - digo e observo cada um ir para seu quarto fazer o que mandei logo em seguida.

Depois que o barulho de ambas as portas dos dois únicos quartos ressoar por todo o apartamento, eu comecei a caminhar até o sofá, me sentei no meso e comecei a pensar sobre todas as coisas que haviam acontecido no decorrer desses sete anos.

Depois que nós nos formamos Yato resolveu fazer faculdade de artes, eu de jornalismo, Hiyori de designe, Kofuko e Daikoku abriram uma loja, o vagabundo do Suzuha resolveu me abandonar para fazer intercâmbio na Inglaterra por uns quatro anos, Bishamon conseguiu um trabalho modelo depois de uns dois meses procurando e Kazuma foi para o ramo de fianças.

Mesmo com o Suzuha lá na puta que pariu, há 9412 quilômetros de distância, nós continuamos a nos falar até que ele voltasse para o Japão. Todos os dias, ou pelos todos os que davam, Hiyori e eu fazíamos uma reunião como todo mundo para quando o Suzuha ligasse ele poderia conversar como todos ao mesmo tempo ao invés de ter que fazer várias ligações para cada um.

Há dois anos atrás o moreno de olhos azuis e eu estávamos passeando pela rua quando encontramos o Yuuto abandonado em uma rua que fica há dois quarteirões de distância do apartamento. Ficamos com dó e acabamos adotando o de cabelos loiros e olhos azuis.

Durante todos esses dois anos foram muito felizes com a chegada do loiro menor, Hiyori e Kofuko haviam se apegado muito há ele e se antes elas já eram fujoshis viciadas que shippam todos os garotos que elas veem pela frente um com o outro imagina quando o Yuuto começou a estudar na mesma escola que nós estudávamos quando eu conheci o Yato, o Suzuha, a Hiyori, enfim... todos os meus amigos e meu namorado que eu tenho atualmente. Foi de mal a pior porque essas criaturas começaram a shippar o meu bebê com o amigo dele, tudo bem que eles formal um belo casa, mas puta que pariu eu não aguento aquelas duas fanficando vinte e quatro horas por dia, sete dias por semana, trinta dias por mês e 365 dias por ano na minha orelha.

Meu colega de quartoOnde histórias criam vida. Descubra agora