Prólogo

1.8K 223 49
                                    

Marry Cristina pra ocês!!!

Se não leu o aviso, então corre lá ler, antes de começar aqui, ok??

-----------------------------

— Em nome do pai, do filho e do espírito santo. Amém.

— O senhor esteja com teu coração, para que, arrependido, confesse teus pecados. — Repeti as palavras que a mulher do outro lado da látice, deveria ouvir. Já tinha dito aquilo tantas vezes, que todo meu papel como sacerdote, se tornou natural pra mim.

Era como respirar.

— Senhor, tu sabes de tudo: tu sabes que eu te amo. — Assenti, esperando que ela continuasse. — Padre, eu pequei, continuo pecando... a cada segundo e não me arrependo disso.

Filha, uma confissão sem arrependimento não chegará aos ouvidos celestiais.

— Eu sei, padre. — A voz dela era como música... suave, delicada. — Mas como posso me arrepender, se o pecado é tão bom?

Levantei a cabeça, e tentei ver através da látice, mas do outro lado estava tão escuro, quanto o próprio confessionário onde eu estava sentado.

— O pecado é a transgressão das leis do senhor. Sem o arrependimento, não herdará o reino celestial.

Ela riu baixinho, fazendo um arrepio passar pela minha pele. A sensação era tão familiar, que por vários segundos fiquei sem saber o que fazer, enquanto um par de olhos violeta brilhava na escuridão, me encarando.

Senti o suor escorrer pelo meu rosto e fechei as mãos geladas em punhos.

Oh glorioso São Bento...modelo sublime de todas as virtudes, depósito puro da graça de Deus. Eis-me aqui, humildemente prostrado diante de ti. Imploro ao teu coração cheio de amor, para que intercedas por mim diante do trono de Deus.

— Encontrei um homem há alguns dias e não tenho parado de pensar nele. — Ela sussurrou e eu assisti, enquanto os olhos sumiram por um segundo, só pra aparecerem de novo quando ela abriu a porta do confessionário. A escuridão também sumiu. A luz amarelada das velas iluminou o rosto da mulher e mais uma vez, não tive reação.

A ti recorro em todos os perigos que me rodeiam. Protege-me dos meus inimigos, do mal inimigo em todas as suas formas, e inspira-me a imitar-te em todas as coisas.

— O cheiro dele fez a minha pele ficar toda arrepiada... — Continuei a rezar, para afastar todo o mal, enquanto ela sorria como um gato e vinha na minha direção, completamente nua. — Senti meus peitos pesados — Mesmo sem querer, olhei na direção dos seios grandes e empinados e desviei os olhos, quando comecei a imaginar o gosto que eles teriam. Eu não podia estar ali, ela não deveria estar ali... —, e a calcinha ficou molhada, enquanto ele passava bem na minha frente.

Que tua bênção esteja comigo sempre, de modo que eu possa fugir de tudo que não for agradável a Deus e evitar, assim, as oportunidades do pecado.

— O cheiro dele era tão puro... forte. — As mãos dela pegaram as minhas, antes de subir no meu colo. — Como eu poderia me arrepender?

Engoli em seco, com o corpo tenso.

Docemente eu te peço que consigas de Deus os favores e graças de que eu... tanto necessito nas provas, misérias e aflições da vida.

— Só de pensar nele... — Tentei afastar minhas mãos, mas ela não soltou, fez meus dedos deslizarem pela barriga lisa, até chegar no sexo dela. A pele parecia seda, em meus dedos...

Meu coração estava acelerado, a boca seca, mas as forças que precisava pra me afastar, abandonaram meu corpo.

— Sente como estou molhada? — Seus dedos guiaram os meus por alguns segundos, pra cima, pra baixo, deslizando... circulando. Os olhos violetas pareciam me queimar por dentro, e quando ela sorriu perdi completamente o controle das minhas ações.

[Disponível na Amazon] SuccubusOnde histórias criam vida. Descubra agora