3 - Eu, o sofá-cama e Min Yoongi

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Realmente, eu tinha que fazer um exame nas minhas pernas após sair daquele filme, porque era praticamente impossível que, em menos de um dia, elas ficassem bambas três vezes diferentes, sendo que uma foi dupla. Jeon JungKook, Min Yoongi e Kim Namjoon, mas por último e não menos importante, Park Jimin iam me fazer parar no hospital.

— Qual o seu problema em me avisar com antecedência? — questionou, passando a mão pelos seus cabelos castanhos. — Ela pode ficar aqui, mas... O que aconteceu?

E, então, o Jeon explicou tudo por mim, o que pode ser resumido em "Perdida na praia, trabalhou para o seu tio, faz bebidas muito bem e Yoongi e Namjoon estão procurando a suposta casa dela", mas isso levou um pouco mais de cinco minutos de um monólogo longo e cansativo quando ele começou a explicar os detalhes relacionados à garota que ele tinha ficado.

— Fica à vontade. — Deu um espaço para mim e eu o cumprimentei, entrando na casa logo em seguida, mas parando a poucos passos do dono, pelo simples fato de que eu não iria sair andando por aí como se fosse minha. — Ok, eu a levo amanhã para a padaria para fazer uma ligação qualquer coisa. Aí vemos se conseguimos falar com a família.

— Muito obrigada, Jimin. — Foi a primeira coisa que eu falei para o moreno na minha vida e ele me encarou, um pouco surpreso pelo agradecimento, no entanto, não tardou para que fizesse um breve cumprimento para mim e desse um singelo sorriso (é possível que exista amor à primeira vista por quatro pessoas ao mesmo tempo na mesma noite?). — É muito gentil da sua parte.

— Ei, e os meus créditos? — Rapidamente, o Jeon quis que a atenção voltasse para si, exatamente pelo motivo dele tê-la perdido. — Eu que te trouxe aqui, coloquei dois Cheetahs para te ajudar...

— Ah, sim. — Voltei-me para o mesmo. — Obrigada por também me ajudar, JungKook.

— Hum... Ok. — Ele fechou a expressão. Por mais que eu tenha agradecido, tenho certeza que qualquer garota daquele filme teria se jogado em seus braços e, no mínimo, tirado uma casquinha. Porém, já deu para perceber que a minha real intenção do filme, além de não atrapalhá-lo, era testar Jeon JungKook.

— Boa noite, Jeon. — Jimin acenou e eu também, enquanto ele caminhava revoltado, sem conseguir controlar a sua falta de atenção para a sua moto, colocando o capacete. — Pode deixar que eu cuido bem dela.

Ah, por favor. Cuida de mim.

— Nos vemos amanhã no festival. — Assim dito, o líder dos Black Cheetahs roncou sua moto e saiu por aí.

Admito que fiquei um pouco receosa nesse momento, mas o Park somente fechou a porta e sorriu para mim, bagunçando meus cabelos como se tivéssemos a maior intimidade do mundo — e eu não nego que gostaria de ter — e seguindo para a sala, comigo em seu encalço.

— Quer dizer que trabalhou com o meu tio hoje? — Sentou-se no sofá da sala, enquanto eu, um tanto quanto desconfortável, sentei-me em uma cadeira que tinha por ali.

Park Jimin, além de ser o sobrinho do senhor Park, dono do quiosque, era um dos motoqueiros mais gente boa na minha opinião. Simplesmente, não tinha como não amar esse homem. Você poderia odiar JungKook por seu egocentrismo, poderia odiar Namjoon por ser vira-casaca, mas Jimin... Era simplesmente incrível. Ele era fiel aos Cheetahs como todos os outros, tanto que, sempre que via os praianos, fazia questão de revirar os olhos, principalmente quando eles fechavam a rua que ficava na beira da praia para seus eventos — os quais considerava inúteis.

O moreno não era sinônimo de altura. Não que ele fosse baixo, apenas parecia menor perto dos outros, todavia, é sempre bom lembrar que os melhores venenos estão dentro dos menores frascos. Contudo, o Park era perfeito: lindo, simpático, motoqueiro, estiloso e rico — talvez o mais rico de todos. Ele vestia uma calça de moletom preta e uma blusa relativamente justa no mesmo tom, o que me fez ver alguns detalhes que não nego ter gostado.

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