Capítulo 1

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{Ian}


- Aquele não é o Ian? - ouvi uma rapariga perguntar às amigas.

- Aquele modelo gostoso? - ouvi outra rapariga perguntar.

Eu sorri e continuei a andar enquanto a Milu a minha cadela me seguia.


- Ai meu deus! Tu és aquele modelo? - perguntou-me uma rapariga andando até à minha frente.


- Sou sim. - respondi-lhe.

- Eu sou uma grande fã. Dás-me o teu autógrafo? - perguntou-me a rapariga entregando-me um caderno.

- Claro. - respondi-lhe pegando o caderno da sua mão.

Eu perguntei o nome à rapariga e depois de ela me o dizer eu escrevi o autografo e depois eu entreguei o caderno de volta à rapariga.

- Obrigada. - agradeceu-me a rapariga e depois ela foi-se embora e eu continuei o meu caminho mais a Milu.

O meu nome é Ian, tenho 16 anos e eu sou um modelo mundialmente famoso.

Onde quer que vai é raro eu não ser reconhecido.

Eu comecei a minha carreira de modelo quando tinha 10 anos.

Um dia por acaso o garoto que era suposto participar num anúncio adoeceu e eu acabei por fazer o anúncio no lugar dele.

Uma coisa que só os meus amigos mais próximos sabem é que eu sou gay.

A minha mãe sempre me apoiou e não foi diferente quando lhe contei da minha sexualidade.

Apesar de eu ser um modelo eu não sou do tipo que se importa com o que os outros dizem ou pensão sobre mim.

O meu agente também sabe sobre a minha sexualidade e ele disse-me para eu não contar a ninguém, porque se as minhas fãs souberem vou perde-las, mas sinceramente eu não me importo com isso, quer dizer eu adoro as minhas fãs, mas se elas forem mesmo minhas fãs vão continuar a gostar de mim independentemente da minha sexualidade.

Eu não o tipo de cara que fica com uma rapariga só para esconder a minha sexualidade.

A última rapariga com quem eu fiquei foi quando eu tinha 11 anos e eu andava na escola.

Ela me beijou, mas eu não senti nada por ela.

Umas semanas depois eu estava a jogar à verdade e consequência e tive de beijar um rapaz, mas ao contrário da rapariga eu senti algo pelo rapaz.

Aos 12 anos eu me assumi para os meus amigos.

Eu pensei que eles me abandonassem, mas eles ficaram do meu lado.

Um tempo depois eu me assumi para os meus pais.

Eu estava com medo da reação da minha mãe quando lhe contei, mas ela me apoiou e continuou a tratar-me como sempre me tratou.

Já o meu pai, bem eu não quero falar sobre ele agora.

Outra coisa que só os meus amigos sabem sobre mim é que eu sou uma puta.

Eu passo as noites em discotecas e saio quase sempre acompanhado por um tipo diferente.

Eu tinha um namorado chamado Renato.

Ele também é modelo e eu o conheci numa seção de fotos.

Nós já namorávamos à quase um ano, mas claro em segredo, porque ele não queria que ninguém soubesse do nosso namoro.

Eu acabei com que ele à mais ou menos uma semana quando descobri que ele me andava a trair e antes que perguntem ninguém me contou, eu vi.

Eu tinha ido até a secção de fotos do Renato fazer-lhe uma surpresa, mas quem teve uma surpresa fui eu.

Eu encontrei o Renato enrolado com uma rapariga qualquer numa sala.

Quando ele me viu ele ainda disse que a culpa era minha porque eu não o satisfazia o suficiente e ele também me disse um monte de coisas horríveis.

Eu não consegui ouvir mais nada, por isso eu dei-lhe um estalo e depois eu fui-me embora.

Já há algum tempo que eu não namorava com ninguém e quando estava prestes a me abrir e amar outra vez acontece isto.

Eu não fui feito para o amor.

Eu acho que só fui feito para sofrer.

Hoje é o meu último dia nesta cidade eu resolvi ir estudar para a escola onde estudam dois dos meus melhores amigo, por isso eu decidi aproveitar o dia pela cidade, mas não me apeteceu usar disfarce, por isso já umas poucas de pessoas me abordaram na rua.

Eu adoro os meus fãs, mas às vezes é irritante ser abordado de 5 em 5 segundos.

Na escola onde eu estudava basicamente as pessoas me olhavam como se eu fosse de outro planeta e por isso eu resolvi ir estudar para a mesma escola onde estudam dois dos melhores amigos.

Uma coisa que eu ainda não disse é que eu sou um feiticeiro e que a minha cadela não é uma cadela comum.

A Milu consegue falar e ela também consegue fazer magia.

Apesar de eu conhecer muita gente a Milu é a minha melhor amiga e ela sempre está ao meu lado para me apoiar.

Quando eu cheguei ao hotel eu tomei um banho demorado.

Depois eu vesti umas calcinhas, uma saia e uma camisola a condizer e depois eu fui para a sala.

Eu sentei-me no sofá da sala e liguei a televisão.

Eu gosto de vestir roupas femininas, mas eu só as uso por casa.

Espero que tenham gostado do primeiro capítulo de O Modelo e o Estudante.

Este é o primeiro livro de uma série de quatro livros.

Feliz natal para todos. ❤

O Modelo e o EstudanteOnde histórias criam vida. Descubra agora