Capítulo 16

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{Ian}

Os próximos dias passaram normalmente e na quinta-feira eu acabei por ir até à discoteca e acabei por sair de lá acompanhado por um tipo qualquer.

Enquanto o tipo me fodia a imagem do Ramon veio há minha mente.

Nunca me tinha acontecido dormir com um tipo qualquer e pensar noutro tipo.

Realmente o Ramon está a mexer comigo e não sei se isso é bom.

Os dias seguintes passaram normalmente e o Alec acabou por ir-se embora no domingo à tarde como ele tinha dito.

A semana seguinte também passou normalmente.

Durante esta semana eu falei poucas vezes com o Ramon.

Eu sei que sou confuso e às vezes nem eu próprio me percebo, mas eu não sei se quero que o Ramon se aproxime de mais de mim.

No sábado eu tenho uma seção de fotos numa cidade aqui perto por isso na sexta quando as aulas acabaram eu passei na minha casa a buscar as mailas (que já estavam prontas) e não demorou muito até eu ouvir o carro da Alice estacionar na frente da minha casa.

Então eu peguei nas minhas duas maúlas e sai de dentro de casa.

Eu nunca gostei de viagem com pouca coisa, por isso normalmente eu viajo sempre com coisas que eu nem vou precisar.

Desta vez a Milu não quis ir comigo, por isso eu acabei por a deixar com a Sónia.

Ao fim de algumas horas a Alice parou o carro na frente do hotel onde nós íamos ficar hóspedes.

Como a Alice já tinha feito a reversa quando eu disse o meu nome à rapariga que estava atrás do balcão ela deu-me logo a chave do meu quarto.

Quando eu entrei no meu quarto eu tomei um banho vesti-me e depois eu fui jantar no restaurante do hotel.

{Ramon}

A semana seguinte passou normalmente sem que acontecesse alguma coisa de interessante.

Neste momento eu estou na sala da minha casa a falar com a minha irmã enquanto o Martim e o Simon estão a ver televisão.

- Afinal porque queres que eu vaia contigo? – perguntei à Carlota.

- Porque tu tem carro, para além ele estuda na mesma escola que tu. Talvez nos deixa entrar se souberem que tu és amigo dele. – respondeu-me a Carlota.

Vocês não devem estar a perceber nada da minha conversa com a Carlota, mas eu vou explicar.

Ao que parece este fim-de-semana o Ian vai fazer uma secção de fotos numa cidade aqui perto e a Carlota quer ir a todo o custo e ela quer que eu a leve.

- Se eles fossem só amigos. – ouvi o Simon comentar o que me fez despertar dos meus pensamentos.

- Cala a boca. – disse-lhe.

- O que queres dizer? – perguntou a Carlota ao Simon confusa olhando para ele.

- Eles já curtiram. – respondeu-lhe o Simon.

- E o Ramon também ganhou um boquete do Ian. – completou o Marim.

Eu vou matar estes dois ou antes eu é que vou ser morto.

Segundo sei a Carlota tem uma paixoneta pelo Ian e ela sempre me disse que eles iam se casar e ter imensos filhos.

- Isso é sério? Porque ninguém me contou? – perguntou a Carlota.

Eu fiquei calado à espera que a Carlota começasse a gritar.

- Finalmente o meu irmão descobriu que é gay e está a ter um caso com um modelo famoso e super gostoso. – disse a Carlota ou antes quase gritou.

Ainda bem que a minha mãe não está em casa.

Eu realmente não estava à espera desta reação.

- Não estás chateada? – perguntei-lhe com um pouco de receio.

- Claro que não! Porque estaria? O Ian é bonito e não nego que eu tinha um fraquinho por ele, mas nada além disso. Agora o que importa é que descobri que tu és gay. – disse-me a Carlota.

- Eu não sou gay. – disse-lhe.

- Gay, bissexual é a mesma coisa. O que importa é que tu gostas de rola. Agora nós temos mesmo que ir a essa secção de fotos. Eu quero conhecer o meu cunhado pessoalmente. – disse-me a Carlota.

- Leva lá, não te custa nada. – disse-me o Martim.

- Nós também vamos. – disse-me o Simon referindo-se a ele e ao Martim.

Eu acabei por ceder e então no dia seguinte de manhã nós fomos para o meu carro e eu comecei a conduzir na direção à cidade onde o Ian estava a fazer a secção de fotos.

Nós chegamos à cidade pouco depois da hora de almoço e por isso nós comemos qualquer coisa num café local e depois nós deixamos o meu carro estacionado ao pé do café e depois fomos andando na direção dos estúdios que não ficava muito longe do café.

Quando chegamos ao pé dos estúdios a minha irmã levou-nos para as traseiras do prédio e bateu na porta.

Não demorou muito até um homem musculado e com cara de poucos amigos (que eu supus ser o segurança) abrir a porta.

- Nós virmos assistir a secção de fotos do Ian. – disse a Carlota ao homem.

- Lamento, mas eu não posso deixar ninguém entrar. – respondeu-lhe o homem.

- O meu irmão é amigo do Ian e tenho a certeza que ele não gostará de saber que não nos deixou entrar. – disse-lhe a Carlota.

Pelo menos ela só disse que eu sou só amigo do Ian.

- Lamento, mas as ordens que eu tenho é para não deixar ninguém entrar. Para a próxima vez que quiserem assistir à secção de fotos avisem o Ian para ele avisar que vocês vem e assim vocês poderão entrar. – disse-nos o homem.

- Carlota, vamos embora. – disse-lhe e depois comecei a puxa-la pelo braço.

- O que é que se passa aqui e quem são esses? – perguntou um rapaz andando até ao lado do segurança antes que nós pudesses ir embora.

O rapaz parecia ter a minha idade.

- Nada senhor. Eles dizem que são amigos do Ian e queriam assistir à secção de fotos, mas como é óbvio eu não deixei. – explicou-lhe o segurança.

- Deixa-os entrar. – disse-lhe o rapaz autoritariamente.

- Mas senhor... – tentou argumentar o segurança.

- Se eles são amigos do Ian eu não vejo problema nenhum é que eles entrem desde que não atrapalhem, para além disso tenho a certeza que irás para o olha da rua se o Ian souber que não deixas-te os seus amigos entrar, por isso vê se os deixas entrar de uma vez. – disse-lhe o rapaz.

- Sim senhor. – respondeu-lhe o segurança e depois ele deu-nos passagem para nós entrarmos.

Depois de nós entrarmos o segurança fechou a porta.

- Sigam-me. – ordenou o rapaz e nós o obedecemos.

Nós seguimos o rapaz até um corredor e depois ele disse-nos que a sala onde estava a acontecer a seção de fotos era na da frente.

Depois ele disse-nos que tinha umas coisas para tratar e foi-se embora e eu e os outros seguimos até à porta que ele nos tinha indicado.

O Modelo e o EstudanteOnde histórias criam vida. Descubra agora