fim

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– O coelho está na toca, Noah.

– Numa caixa, você quis dizer.

– Não, ele ficou no meu quarto fechado. Tenho medo de perdê-lo no apartamento, mas também não gosto da ideia de prendê- lo numa caixa. É cruel.

– Cuidado. Não pise nele ou abra a porta quando ele estiver atrás. Isso seria cruel. Nunca te daria outro coelho.

– Não diga isso tão alto, ele pode te ouvir. O que está fazendo?

Tentando fazer o jantar.

– Faz um tempo que não cozinha, huh? Desde que terminou a faculdade?

– Quase, eu fiz o jantar quando fui para casa, no ano passado.

– Casa?

– Orange.

Aqui é minha casa.

– Aqui? Esse apartamento?

– É, com você.

– E o coelho?

– Claro, o nome dele é esse. Coelho.

– Eu fui um intermediário, a ponte que levou ele até você. Ele é seu. Vai levá-lo para Londres ou ele fica comigo?

– Ir sem você?

– Não é isso que vai fazer por meio mês? Não, não me olhe assim.

– Olhar como?

– Eu nem sei o que significa esse olhar, Sina. E agora o que está fazendo?

– Tocando o seu rosto.

– Por que?

– Isso, feche os olhos, boozie. Você quer que eu vá?

– Seria egoísta opinar sobre isso.

– Eu não vou.

– O que? Por que?

– Desfiz meus planos.

– Hum. Desfez, é?

– Isso, eu acabei de dizer.

– E Lamar sabe?

– Você pode sorrir, bobo, é como se fosse explodir a qualquer segundo. Suas bochechas ficaram tão vermelhas agora, sabia?

Lamar sabe?

– Sim, nós conversamos. Concordamos que eu não poderia dá-lo uma chance. Então não, você não precisa sentir tanto a minha falta.

– Eu não-

– Não precisa implorar para que eu fique.

– Idiota. Ainda- Sina, estamos conversando aqui. Nós podemos fazer as duas coisas?

– Sim. Quer passar o natal comigo, rabugento?

– Se eu tivesse outras opções... Sina, você mordeu! Por que me mordeu?! Estava dizendo que escolheria passar o natal com você, mesmo que essa não fosse a única opção.

– De verdade?

– De verdade.

– Bem, agora vai você vai aprender a falar um pouco mais rápido.

– Sem graça, doeu. Não adianta me beijar aí... Okay, talvez funcione se fizer novamente.

– Seus lábios? Gosta quando eu te beijo? Me deixe fazer outra vez, boozie. Tem vergonha?

– Você é terrível.

– Peguei a ofensa, mas tenho certeza que não é sobre os meus beijos... E você acabou de me dar um. Agora se prepare, vai ficar sem fôlego.

– De que jeito?

– Do melhor possível.

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christmas - noart adaptationOnde histórias criam vida. Descubra agora