Capítulo 2 - Perseguição

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- Carol, espera! - Samuel diz interrompendo a minha fala.

- O que você quer? - Carol diz curta e grossa.

- Você esqueceu sua caneta. Vim te devolver. - ele diz abrindo mochila e entregando a caneta pra Carol.

- Obrigada, mas da próxima vez deixa no achados e perdidos, tá? E meu é nome é Carolina, Carol é só pra quem não é babaca. - ela diz e me puxa pra fora da escola. A cara do Samuel foi impagável, ele teve o que mereceu.

- Uau, amiga! Olha ela, né? - digo animada cutucando a Carol com o cotovelo.

- Ele mereceu! Ele e aquele grupinho dele. Australianos ridículos! - Carol diz e eu dou risada.

Eles são chamados de Australianos, não por que são da Austrália, mas sim porque frequentam a Austrália. Austrália é uma night club, que todo final de semana tem festa e o grupo dos babaca sempre vão, por isso foram apelidados desse jeito. Pra mim, é um insulto aos australianos de verdade, mas tudo bem.

- Deveríamos sair pra tomar sorvete hoje, né? - Carol diz quebrando o silêncio.

- Você leu minha mente. Tá muito calor mesmo.

- Eu passo aqui 14:00 em ponto, senhora Bárbara, não se atrasa. - Carol diz me encarando com cara de deboche.

- Que audácia é essa, Carolina Voltan?
Eu nunca me atraso! Fiquei magoada agora. - digo claramente fazendo um draminha. Não iria admitir que me atraso.

- Deixa de ser fingida, Bárbara. Sua cara não nega. - ela diz sorrindo e eu começo a rir.

- Tá bom, tá bom, não vou me atrasar. - digo pegando a chave de casa, pois já havíamos chegado. - Tchau feia. - ela me mostra a língua e mostro de volta.

Carol morava no mesmo condôminio que eu, mas na rua de trás da minha.
Cheguei em casa e não havia ninguém, como era de se esperar, meus pais trabalham fora, então, no período da manhã e da tarde, eles não estão em casa. Mas, meus irmãos sempre estão, por isso estranhei o fato deles não estarem aqui agora.

- Babi? Foi você que chegou? - Maria diz  saindo da cozinha com um pano de prato no ombro. - Oi, minha linda! Como foi a aula hoje?

Maria é a nossa empregada, um amor de pessoa e consideramos ela como uma segunda mãe. Havia me esquecido que hoje ela estaria aqui.

- Oi! Foi tudo tranquilo, mas já deve imaginar quem me irritou. - digo sentando na cadeira do balcão.

- Victor?

- Obviamente, né? - digo e ela ri.

- O que ele fez?

- Me provocou e mexeu com a Carol, você sabe que eu não gosto quando envolvem ela, então bati de frente com ele.

- Ele mudou muito, né? Era um garoto tão maravilhoso quando pequeno, mas cresceu e ficou arrogante. Mas, mudando de assunto, você quer almoçar, flor? - ela diz abrindo geladeira.

- Não, Maria. Vou sair com a Carol mais tarde, vamos tomar sorvete.

- Que legal, Babi. Cuidado, por favor. - ela diz e eu concordo com a cabeça. - Esqueceram de te avisar, mas seus irmãos foram jogar bola com os meninos da rua de trás, eles só chegam de noite.

- Ridículos, nem me chamaram. - digo rindo e Maria ri junto comigo. - Beijo! Vou subir pra tomar banho.

Subo correndo pois já era 13:00 e como eu me atraso muito, já entrei direto no banheiro, foi um banho tão rápido, que nem tive minha hora meditativa no banho. Sai do banho e meu celular apitou, era uma mensagem do GS, meu melhor amigo:

Babictor • Odeio Amar Você  Onde histórias criam vida. Descubra agora