Enquanto inspecionava nuvens pela janela, vi uma mosca, bem na dela, em sua bravata contra o vidro. Divertido, pensei no quanto era boba aquela cena: a mosca que, de tão pequena — que pena —, não entendia aquela parede invisível. Como um ser pode ser tão ignorante e não perceber que, dois metros para o lado, tem uma abertura para fora de seu mundo desesperado?
Mas ela é tão pequena, como saberia?
E ali ignorava as nuvens quando me perguntei: e se conosco acontece o mesmo, como saberíamos?
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Sobre pessoas 2015
PoetryPostarei aqui textos selecionados do meu blog: http://www.sobrepessoas.com.br São poesias, histórias curtas, reflexões, todas passagens com, no máximo, 500 caracteres.