Novos Poemas - A Embriaguez das Horas
//
A Vale não vale o barro que ela própria vale amassou
No vale, não do silício, mas sim o das serras de Minas
Onde Mariana se acabou (...)
O rio tão doce amargo para muitos virou túmulo
Não bastasse o tempo para que mariana o esquecimento
Que ficou impregnado no vale
Novamente o previsto se confirmou
Agora mais sedento
Nem mesmo os trabalhadores da vale escapou
A mina feijão virou caos
Tornou ferruginoso
cancerígeno
mortal
200 quilômetros
Sabe o que é isso
o inimaginável
neste percurso (.
sem chance de salvação
A esperança enterrada na lama
A devastação ganância que não se explica
Apenas pede-se cadeia punição justiça
Aos que já se foram agora
os que foram há três anos atrás
E aos que ainda irão
Neste país em que o choque é passageiro duram alguns dias
Logo esquecerão até que uma nova tragédia
Venha nos apunhalar o coração (.
Pág. 84
VOCÊ ESTÁ LENDO
Novos Poemas A Embriaguez das Horas ( VENCEDOR do #Wattys2018 )
PoesíaSinopse Em algumas palavras (Novos Poemas - A Embriaguez das Horas) são poemas lacônicos para serem lidos numa sequência ou aleatoriamente, levando o leitor sempre, a um diálogo com a palavra. São marcas a emoção a sutileza e a precisão desta Po...