Seja bem-vindo à Riverdale
A grande placa anuncia que eu havia acabado de chegar na minha cidade natal, Riverdale. A placa era a mesma desde da época em que eu ainda morava na cidade e, por isso as letras estavam um pouco apagadas. Mesmo assim dava para ler perfeitamente.
Minha tia Hermione já estava me esperando na rodoviária e felizmente, meu tio babaca não estava junto com ela.
Eu não suportava ele.
— Querida! Que bom que chegou bem. — diz Hermione assim que me aproximo dela.
A mais velha me puxa para um abraço exagerado. Não posso negar que tudo que eu mais precisava naquele momento era um abraço exagerado. Não estava sendo fácil para mim estar voltando para minha cidade natal para o enterro da minha mãe.
— Bem mais ou menos, né titia? Minha mãe foi assasinada. — falei cabisbaixa.
Silêncio.
— Vamos para casa, querida. Assim você pode descansar um pouco antes do velório.
Caminhamos até o carro preto e de luxo, onde tinha um motorista a nossa espera. O mesmo abriu a porta para que nós entrássemos no automóvel e colocou minhas duas malas no porta-malas. O caminho foi silencioso.
Eu fiquei observando cada pedaço da cidade. Parecia que o tempo não tinha passado. As coisas pareciam ser iguaizinhas, como eram da última vez que estive na cidade.Lembro como se fosse ontem o meu último dia aqui. Sai cheias de sonhos. Sonhando com a faculdade dos sonhos...
com a vida dos sonhos. E agora parece que mais nada faz sentido.Quando chegamos na residência dos Lodges, titia me mostrou o quarto de hóspedes — o quarto que seria o meu durante alguns dias — e me apresentou aos funcionários que trabalhavam na casa e, posso dizer que não eram poucos.
Hiram Lodge não estava lá. Provavelmente estava trabalhando ou chifrando minha tia.
— Tem toalhas e lençóis no armário. Descanse querida. Você precisa. — diz Hermione antes de sair do cômodo.
Enfim sozinha.
Coloco minhas malas no canto do quarto e me jogo na enorme e confortável cama de casal.
Fechei meus olhos e respirei fundo. A risada graciosa da minha mãe invade meus pensamentos, junto com tudo que passamos juntas.
Ela era uma pessoa tão boa e forte. Me criou sozinha, foi minha mãe e o meu pai ao mesmo tempo — já que meu pai a abandonou quando ela ainda estava grávida.Ela não tinha nenhum inimigo. Era uma mulher que transmitia mais apesar de ser uma mãe super-protetora. Consigo me recordar de quando ela encontrou anticoncepcional no meu quarto e quase surtou quando eu falei que não era mais virgem.
Lembro-me também do dia que em que eu falei que iria sair de casa para estudar em New York. Ficamos sem se falar até o meu último dia em Riverdale. Se eu soubesse que alguém iria tirar a vida dela, eu nunca sairia dessa cidade. Teria ficado com ela. Teria protegido minha mãe.
Acordo de meus pensamentos com o barulho de alguém batendo na porta.
— Pode entrar! — digo alto para pessoa que estava do outro lado da porta ouvir.
A porta se abre revelando a figura de minha prima, Veronica Lodge. Fazia muito tempo que eu não via ela. Ela foi estudar artes cênicas na Universidade da Flórida e assim que terminou os estudos voltou para Riverdale para tomar conta do mais novo negócio dos Lodges: Inferninho. Um bar sofisticado.
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The Sweet Revenge • Bughead
FanfictionApós sua mãe ser assassinada em sua cidade natal, Riverdale, Betty retorna a cidade afim de vingar a morte de Alice. Após investigar mais sobre o passado e os possíveis inimigos de sua falecida mãe, ela descobre que Alice tinha um caso com um serpen...