Hades

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Faz quatro dias que meu irmão Poseidon veio ao submundo me procurando.

Achei muito estranho, já que não somos amigos então ele nunca me visitava ou eu fazia isso.

Mas ao saber que Atena aliou-se a Ares e Éris para lutar contra Poseidon e que Zeus não quis tomar nenhuma atitude para colocar juízo nas cabeças dos seus filhos, eu só podia tomar uma decisão, aliar-me a Poseidon, sinceramente não fiz isso porque quero salvar a terra de três deuses inconsequentes, aceitei entrar na guerra para enfim conseguir fazer algo que desejo há muito tempo que é matar Atena e ainda teria a chance de matar Ares também, eu não gosto mais dele.

Há muito tempo eu adorava meu sobrinho Ares, mas aí ele começo a andar com Éris, ela é uma deusa maluca que cismou comigo, ela é até desejável mas eu ainda amo a minha esposa e definitivamente não trocaria a minha linda ruiva para ficar com aquela maluca de cabelo verde.

Nenhuma mulher ou deusa vale mais que a minha esposa, ela é muito diferente de mim, possui um coração bom, odeia guerra, para ela toda vida é muito valiosa.

Lembro de quando nos separamos, eu resolvi colocar meu corpo original em descanso nos Elísios, tomar posse do corpo do humano de coração mais puro e enfrentar Atena, ela não aceitou minha atitude e foi morar no Olimpo, lugar que ela não gosta muito mas como os deuses não reencarnados não poderiam mais viverem na terra, ela não tinha opção para onde ir.

Mas isso é passado, faz dois anos que vivo muito bem com a minha adorada Perséfone.

Poseidon possui corpo humano, não está muito acostumado a enfrentar deuses e como sinto que essa guerra será muito difícil, resolvi o treinar nos Elísios (local onde só pode entrar com a minha autorização, então sei que aqui não viria nenhum deus inimigo para nos atrapalhar).

Dois dias depois que estamos treinando, descobrimos através de um espectro que mandei observar a terra, que Hefesto tinha se aliado a Atena, então resolvi mandar minha linda esposa proteger os humanos enquanto Poseidon, Thanatos, Hipnos e eu estamos em treinamento.

Sinto o cosmo da minha esposa no submundo e telepaticamente diz que precisa conversar comigo, deixo os outros três treinando e me teleporto até o meu palácio, não sei o que Perséfone quer falar comigo, mas acho que é algo importante, caso contrário, ela não deixaria a terra, conheço bem a minha esposa, sei como sente saudades do tempo que morava na terra, minha esposa gosta muito de flores, por isso consegui um lugar no submundo onde é possível nascer flores, mas não são iguais as flores que tem na terra.

Quero ser feliz ao lado da minha esposa, afinal como temos que viver no submundo seria besteira brigarmos quando podemos passar noites maravilhosas juntos, então já decidi, sempre que possível deixaria Perséfone visitar a terra, eu não acompanharia ela, eu não gosto da luz do sol, mas não vejo problema algum ela ir ao santuário sozinha, sei que todos lá iriam respeitá-la, pois do contrário, eu faria uma visita rápida no santuário só para trazer para o inferno quem respeitou a minha ruiva.

Teleporto para o meu quarto, vejo que Perséfone está nervosa, abraço ela por trás e lhe beijo o pescoço, normalmente consigo acalmá-la assim, mas agora não consegui.

O que te fizeram no santuário (mesmo sem saber o que aconteceu já estou com raiva, eu quero matar quem fez mal para a minha esposa, a viro de frente para mim e olho diretamente em seus olhos).

Éris me visitou no santuário, eu nunca senti ódio por alguém, mas agora sinto por ela, hoje ela confessou que me enfeitiçou para que não pudesse ter filhos.

Eu não acho ruim não termos filhos, mas não falaria isso para ela, sei como minha esposa é sensível com assuntos que dizem respeito a vida, apenas lhe abraço, ela sai dos meus braços e olha nos meus olhos.

O feitiço de Éris perdeu o efeito e estou grávida.

Sinceramente não gosto dessa notícia, mas como não queria brigar agora, então acalmei ela e falei que voltasse para a terra que eu daria um jeito na maluca da Éris.

Eu não quero ter filho, sei que convencer Perséfone a não ter essa criança seria impossível, então decido que depois que a guerra acabasse, a deixaria viver na terra, bem longe de mim, não seria fácil viver longe da minha doce ruiva, mas era o melhor para nós dois.

Estou com muita raiva de Éris, ela não tinha o direito de fazer minha esposa sofrer, quero matar aquela maluca, não adianta a prender no tártaro, porque ela é a única deusa além de mim que pode sair de lá.

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