Aluado e Almofadinhas

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P.O.V Remus:

Esperando o Sirius ser liberado pela clínica eu reflito sobre os acontecimentos dos últimos dias, ou melhor anos.

Eu não achei que os Potter pudessem morrer pelas mãos de Voldemort, eu não achei que Peter podia ser um traidor, eu não achei que Sirius pudesse ter sido injustiçado, eu não achei que Dumbledore pudesse errar... Eu não achei muitas coisas e esse foi o meu erro, Harry estava pagando por eles, nós éramos os marotos, amigos inseparáveis e prometemos cuidar uns dos outros, me lembro de quando o Harry chegiu do hospital ao nascer, Lily não exitou ao colocar ele nos meus braços, nem sequer nos olhou com cuidado, só carinho... Eu tinha uma família e os perdi, mas então Hermione Rosier-Black apareceu, ela achou o rato e o levou a justiça, eu me lembro de ver o julgamento onde ele foi culpado, Sirius saiu de Azkaban em seguida e eu só consegui me desculpar e falar que ia ajudar ele antes de alguém levá-lo até uma clínica isolada na Itália para tratamento, menos de um dia depois eu recebi uma carta de um duende de Gringotts.

Senhor Lupin

Eu Reidk, dos duendes de Gringotts venho em nome da senhorita Hermione Rosier-Black para chamá-lo para um café em Hogsmead, onde ambos tem negócios a tratar.

Amanhã ás 14:00

Atenciosamente Reidk

Ps: Eu aconselho o senhor a ir, ficaria surpreso com a mente da senhorita Rosier-Black

Os duendes não eram conhecidos por serem amigáveis com os bruxos, havia muito desprezo entre eles, mas ela aparentemente não estava inclusa nesse grupo. Eu fui até Hogsmead e conversei com ela, o que me foi revelado... Eu fiquei bravo e meus instintos diziam que eu deveria ir tirar satisfação com Dumbledore, mas minha cabeça me lembrava que ele era poderoso assim como os seguidores de Voldemort, então ela me fez a proposta, e eu lembrei de uma coisa importante, os Rosier e os Black eram famílias puro sangue antigas, tão antigas quanto os fundadores de Hogwarts e igualmente poderosas a eles, ela queria ajudar, o duende iria administrar as contas de Gringotts e eu a agenda política e o contato com o público.

Negar o pedido não passou pela minha cabeça, eu sabia que ia conseguir reparar meus erros e mais importante, minha família de volta, eu aceitei...

- Aluado? - Sou tirado dos meus pensamentos por uma voz conhecida, eu levanto a cabeça e o vejo, Sírius, me lembro dele no dia em que foi tirado de Azkaban e vejo nitidamente a diferença, a magreza doentia sumiu, as olheiras, a sujeira, agora ele tem os cabelos cortados e roupas novas, sou tomado por nostalgia e sinto um sorriso no meu rosto

- Almofadinhas - Eu ando até ele e o abraço, ele retribui e eu depois que nós separamos eu o vejo sorrindo e derramando algumas lágrimas, espanto e alegria preenchem a face dele - Vamos, vou te levar para o nosso QG, uma das mansões Black foi restaurada e completamente limpa - Ele me olha confuso, mas concorda com a cabeça então eu chamo o elfo que aparece em um "pop" - Zakif, pode nos levar para o QG por favor? - O elfo abana as orelhas de alegria e sem pestanejar segura a mim e o Sirius e nós aparatamos.

Quando meus pés tocam o chão eu olho para o Sirius e o vejo encarando a mansão, o rosto tenso, como se lembranças não muito agradáveis cruzassem sua memória, eu decido interromper o que quer que passa e pela cabeça dele e digo

- Vamos entrar, temos muito o que conversar, e planos para por em prática - Nós seguimos até o meu escritório e eu me sento em um dos sofás nele, Sirius senta de frente para mim quando ele abre a boca eu falo - Desculpe, eu duvidei de você, achei que tinha mesmo traído o James e a Lilian, desculpe não pensei no que fazer e tudo o que eu usar para justificar não vai passar disso, justificativas vazias, por que você é um dos meus melhores amigos e eu te deixei e não cumpri a promessa de cuidar do Harry - Eu parei de falar, minha voz começou a falhar e eu abaixei a cabeça

- Não foi sua culpa, ninguém sabia que eu não era o fiel segredo, eu também errei, deveria ter ido até Dumbledore e falado o que houve, deveria ter ido até você ou ficado com o Harry, não ir atrás do Rato - Desprezo, sua última palavra estava repleta de frieza e desprezo, como se fosse a coisa mais repugnante do mundo - Você é tão culpado quanto eu, havia uma bolha do tempo na clínica, nós já estamos em maio, mas para mim não foram só as duas últimas semanas, foram meses Aluado, eu pensei e refleti sobre tudo, sou tão culpado quanto você que perdeu todos da noite para o dia, bem nós não somos realmente os culpados disso tudo, apenas...

- Voldemort é, e ele nos manipulou junto ao rato - Ele concorda e seus olhos se arregalam quando ele pergunta

- Harry? - Eu fecho as mãos sobre o meu colo e me inclino para frente e começo a falar

- Antes disso, eu sei que o Harry é importante, mas é essencial começar pelo início de tudo... - Ele concorda com a cabeça e eu continuo - Voldemort fez algo para não morrer, para permanecer vivo, Horcruxs, pedaços de alma que permitem que ele volte a vida com um corpo e o mesmo poder de sempre, Pettigrew confirmou essa informação sobre uma poção da verdade... Ouça nós temos mais informações que o Ministério e vamos buscar uma aliança política forte para impedir que Voldemort consiga seus seguidores de volta, também queremos apoio para melhorar as coisas, mas isso vem em segundo plano já que temos prioridades e Harry é uma delas - Ele ficou pálido quando as Horcruxs foram mencionadas, mas aparentou se acalmar ao ver que Harry era prioridade - Hermione Rosier-Black achou o rato em Hogwarts, ele fingia ser um bichinho de estimação dos Weasleys, os pobres garotos ainda não sabem, mas vamos falar com eles e com os pais nas férias letivas, Hermione ajudou a te libertar e me contratou, eu estou cuidando da política e das alianças para ela, Almofadinhas ela tem onze anos e fez mais do que Dumbledore - Ele me olhava pasmo e ia abrir a boca, mas eu ergui o braço e o impedi de falar e continuei - Dumbledore deixou o Harry com os Dusleys, a irmã de Lilian e o Marido dela - Ele ficou pálido de novo, em choque e eu esperei até que os olhos dele se encontrassem com os meus antes de continuar - Sirius, ele sofreu muito, Hermione o conheceu esse ano e pelo que ela me falou ele não tem amor, atenção, carinho, nada! NADA! Merlin, eu ainda quero ir até Dumbledore e dar na cara dele por isso, mas não posso por que ele tem poder, poder o suficiente para ajudar você a sair de Azkaban, para tirar o Harry dos Dusleys, para esconder os Potter e mesmo assim ele não o fez... - Eu fiz uma pausa para recuperar o fôlego e dar a Sirius a chance de processar tudo então eu disse - Mas como eu disse, nós sabemos mais que o Ministério e temos um plano! Um plano digno de um Maroto.

O Renascimento: Hermione GrangerOnde histórias criam vida. Descubra agora