Largo Grimmauld n°12

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De manhã Harry saiu sorrateiramente do país junto ao Sirius, o tempo na clínica seria bom para eles fortalecerem os laços. Enquanto isso Remus e eu, ou melhor Aluado e eu teríamos aulas sobre política, exploração e planejamento sobre os aliados, Madame Bones e o Ministro Cornelius seriam essenciais dadas as posições de influência e poder que possuíam, mas tê-los ao nosso lado implicaria em revelar sobre as Horcruxs...

Um passo de cada vez eu, penso e me olho no espelho vendo que as roupas de "treino" são bem úteis afinal de contas... Calças e casaco de couro mergulhados e encantados com todo o tipo de proteção, seriam ótimos uniformes para combate...

Deveria falar com Aluado sobre isso

- Mione? - A voz dele me tira dos meus pensamentos

- Pode abrir, estou pronta para irmos - Ele abre a porta e coloca a cabeça para dentro

- Vamos e apropósito tem certeza que todas essas roupas e a coisa de varinhas a postos é necessária? - Ele me pergunta sério, mas eu vejo um brilho divertido em seus olhos e sorrio cinicamente

- Bem, considerando que vamos visitar uma casa Black desabitada a algum tempo... Eu acho que estamos sendo imprudentes em não levar um esquadrão de aurores conosco - Aumento meu sorriso mais um pouco e vejo ele fazer uma cara de desespero

- Merda! Vamos invadir uma mansão Black - Ele arregala os olhos e me diz mais baixo - Não diga ao Sirius que eu xinguei na sua frente

- Vocês apostaram sobre isso? - Eu pergunto erguendo uma sobrancelha e quando ele não me responde eu o olho incrédula - Vocês apostaram sobre isso! - Meu tom sai indignado e eu me sinto tentada a deixá-lo mais amedrontado com a nossa aventura, mas decido que ele é melhor calmo, não quero nada explodido - Não se preocupe as proteções da casa vão me reconhecer e não vamos virar picadinho ao pisar no chão.

Ele me avalia e acente concordando com as minhas palavras, então entramos na lareira, eu faço a viagem primeiro e tropeço dando de cara no chão... Aparentemente a graça e a leveza com a qual os puro sangue se movimentam não é genética, Remus sai da lareira me assustando com o barulho de sua chegada o suficiente para eu me levantar e apontar minha varinha para o rosto dele em segundos

- Achei que não fossemos virar picadinho por causa das proteções - Ele diz divertido e eu o olho feio me movendo para andar rumo ao corredor

- Eu ia fazer picadinho, não as proteções - Apesar da tentativa da ameaça eu reconheço que soou mais como uma desculpa para meu medo

Nós andamos sem rumo e chegamos até a sala, decido observar ela e encaro os objetos nela sentindo um arrepio passar pelo meu corpo, há pó para todo o lado e sabe-se lá o que mais... Derepente eu me lembro de uma menção a Senhora Weasley tentando lidar com um bicho papão, me aproximo inconscientemente do Remus

- O que foi? - Ele pergunta baixo me olhando rapidamente

- Bicho papão - Eu respondo no mesmo tom, ele me olha arregalando um pouco os olhos e se aproxima mais de mim de forma protetora

Derepente um "Pop" é ouvido e eu estremeço levemente enquanto observo o elfo que surge diante de nós

- Quem são vocês? Saiam da casa de Monstro! Monstro deve proteger a casa dos Black - Ele fala e levanta a mão para nós e eu decido agir

- Sua senhora ordena que pare - E pronto, ele não consegue se mexer - Sou Hermione Rosier-Black, me chame pelo nome, esse comigo é Remus Lupin.

E pronto o elfo começou a falar sobre como estava feliz que tinha a quem servir, como a família era especial e boa e blá, blá, blá... Enquanto eu pensava em como abordar o elfo sobre as Horcruxs me perdi olhando a fisionomia dele... Orelhas grandes e caídas, trapos velhos que não cobriam seu corpo magro e ossudo, feições pontudas e enrugadas. Ele merecia um tratamento melhor, decidi dar isso a criatura, afinal eu as achava muito injustiçadas.

- Regulus fez o que? - Aluado me tira dos meus pensamentos quando pronuncia o nome do irmão de Sirius, já o elfo contorce suas feições em horror e começa a se bater murmurando sobre punições

- O que você fez? - Eu pergunto em um tom acusatório e recebo uma feição fechada em troca

- Ele falou sobre Regulus ter honrado a família e depois da missão dele, sobre como derrotou o Lorde das Trevas e que sem seu nobre elfo não seria possível... Ele sabe de alguma coisa? - Ops, acho que minha face entregou alguma coisa porque ele soltou um suspiro pesado e me olhou em espectativa e eu como uma boa menina o ignorei

- Monstro? - O elfo parou suas lamúrias e se voltou para mim esperando com olhos brilhantes - Nós sabemos da missão de seu... Mestre Regulus, queremos terminar ela... O medalhão, você sabe onde está? - O elfo ficou espantado e boquiaberto, mas acentiu com a cabeça e falou baixinho

- Aquilo é maligno, pode machucar minha Senhora, minha Mestra não deve ser exposta a isso... - Então ele olhou para o Remus medindo ele de cima a baixo - Monstro implora que minha Senhora Hermione deixe seu Remus levar o medalhão.

Eu concordei com a cabeça e o elfo saiu correndo para dentro da casa nos deixando sozinhos na sala, eu olhei para Remus que me olhava de forma séria... Bufei alto e em bom som e disse

- Tudo bem. O medalhão foi recuperado por Regulus e substituído por um falso - Ele arqueia uma sombrancelha para mim e eu revirou os olhos continuando - É uma das Horcruxs, Regulus tentou combater Voldemort e no fim teve a morte como consequência - Minha voz não era mais alta que um sussurro no fim da frase

- Sirius vai ficar... Eu não sei como ele vai ficar, mas não vai ser bem - Eu suspiro e concordo, então antes que eu possa falar algo Monstro volta com uma caixa em mãos e diz

- Aqui minha Senhora - E a entrega para Aluado que a pega com cuidado e medo, depois disso eu murmurando para o elfo se afastar enquanto Remus a coloca numa mesa e lança feitiços a procura de maldições na caixa e quando não acha nada ele a abre revelando uma carta e o medalhão....

Eu engasgo com o ar, mas me recomponho rapidamente e me aproximo parando ao lado de Remus que lançava mais feitiços de detecção

- Tão limpo quanto poderia estar - Ele diz com amargura - O que será que tem na carta? - Eu não sabia, na história original não havia caixa nem carta, Mundungo havia encontrado o medalhão primeiro... E provavelmente se livrado da carta sem le-lá já que não poderia vender a mesma.

Pego a carta da caixa e abro lentamente e começo a le-lá com atenção e cuidado, ficando mais e mais trêmula a cada parágrafo...

- Remus... Você vai querer ler isso, mas acho melhor irmos para o QG e sentarmos com chá e biscoitos. - Em outro momento qualquer um poderia ter rido do meu comentário, mas ele me olhou atento e viu as mudanças em mim enquanto eu lia a carta e seja lá o que percebeu concordou com a cabeça e falou

- Vamos para casa.

O Renascimento: Hermione GrangerOnde histórias criam vida. Descubra agora