Introdução

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Não escrevo para pessoas ou objetos. Na verdade escrevo para sentimentos, meus sentimentos.

Gosto de confeccionar coisas e guardá-las, geralmente são coisas que muitos jogariam fora, como por exemplo borboletas de papel, caixinhas de madeira ou até mesmo cadernos como o que uso as folhas para minhas cartas.

Dou meu máximo nelas, tento não esconder nada. Tudo o que sinto vai parar sempre nos belos papéis coloridos e granulados. São sentimentos que não posso reprimir e se for para extravasar tem que ser em um todo. Não deixo resquícios para depois.

Posso dizer que são como um refúgio, afinal, é nelas que depósito tudo. Cada carta que escrevo - apesar de serem para o que estou sentindo - possuí um destinatário. Sempre há uma pessoa para quem dedico e é como se cada emoção minha fosse causada por alguém específico.

Quando ponho tudo o que sinto no papel é como se eu estivesse dando adeus a algo ruim que me machuca ou apenas saudando o que vem de bom grado, escrevo para sentimentos sejam eles quais forem. No entanto, nunca são coisas bobas e eu apenas escrevo quando sinto algo muito forte e estou prestes a me sufocar e preciso extravasar de alguma forma e essas cartas são meu refúgio.

Cartas para EmmaOnde histórias criam vida. Descubra agora