Capítulo Quinze.

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OIE, SUMIDA. Desculpe a demora gente, eu andava com um bloqueio que acabou comigo, mas agora voltei e espero que gostem desse. Boa leitura e um bom ano novo pra todos vocês, mesmo que atrasado. ♥️

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5° mês.

Primeiro dia de aula, hoje eu começaria uma nova etapa na minha vida e sem dúvidas, a melhor. Eu não via a hora de ver Regina todos os dias, de ver aquele sorriso tímido ao me ver, eu literalmente estava fodidamente apaixonada e nada no mundo seria capaz de mudar tal sentimento.

Teríamos uma festa de boas vindas na escola essa noite, todos estavam convidados, alunos e professores, ou seja, Regina estaria lá e meu coração já estava acelerado apenas de imaginar ver ela. Eu estava a um mês sem vê-la, apenas por vídeo chamada, o que deixava a saudade ainda maior.

Chovia muito naquele dia, isso quer dizer que, eu teria que ir de ônibus, o que era um porre. Meus pais estavam no trabalho e não teriam como me levar. Killian e Ruby não iriam, e Neal e eu estávamos meio afastados, então, nada de carona para mim hoje. A primeira coisa a se fazer após abrir os olhos é responder as mensagens de bom dia que Regina me dava todos os dias, era quase automático. Me arrumei e desci tomar meu café da manhã, apenas uma torrada e uma caneca enorme de café para me manter acordada pelo resto da manhã. Saí as 07:30 e meu ônibus não atrasou, então, as 08:00 eu cheguei na escola. A aula começava as 08:10, tinha tempo suficiente para me encontrar naquele lugar. Belo dia para aqueles dois idiotas faltarem.

Palestra de boas vindas encerrada, hora de ir para minha sala. Lista de alunos conferida, eu e meus amigos estávamos juntos, menos mal. Grade de aulas, tudo errado. Hoje não teria aulas com a Regina e provavelmente ela não estaria na escola, já que só haviam dois terceiros anos e nenhum deles teria história hoje. Agora sim meu dia seria um completo fracasso.

14:00 em ponto e eu já me encontrava correndo para fora da sala de aula. Nenhuma notícia da Regina, nenhuma notícia dos meus amigos, eu estava me sentindo abandonada e esquecida, com raiva e ainda para ajudar perdi meu ônibus, pelo menos não chovia mais. Coloquei meus fones de ouvido e caminhei em direção a minha casa. Caminhei lentamente, sem pressa alguma, estava cansada e triste, por razões idiotas, mas estava. Pelo menos estaria sozinha pelo resto do dia, já que meus pais chegariam apenas de noite. Meia hora de caminhada e eu já havia chegado em meu doce lar, tomei um banho quente para me esquentar e preparei um queijo quente para comer, rápido e delicioso, liguei um filme que assisti apenas metade e dormi o resto. Acordei às 17:00 com alguém me ligando. Meu coração acelerou e um sorriso brotou nos meus lábios, tão óbvio quando se trata dela. Retornei e uma voz calma e serena soou do outro lado da linha, ela estava sorrindo, eu sabia que sim.

— Está sorrindo? — Falei assim que ela atendeu. — Estou certa?

— Estou começando a ficar com medo de você.

— Não tenha, apenas sei. — Dou de ombros.

— Soube que terá uma festa para ir hoje a noite, espero não morrer de ciúmes.

— Você também tem uma festa hoje a noite, da qual eu gostaria muito que comparecesse para que veja que não tem motivos para morrer de ciúmes.

— Não poderei comparecer, tive que voltar para Nova York e não conseguirei voltar a tempo, mas temos todo o tempo do mundo para nos vermos.

— Eu sei, mas eu sinto sua falta. E Regina, ano que vem eu vou pra faculdade e...

— Não temos que pensar nisso agora, certo? Vamos apenas viver o presente. A gente se vê semana que vem, eu preciso desligar agora. Eu amo você, Emma.

— Tudo bem, Regina. Até mais.

Certo, eu estava muito chateada, mas o que eu poderia fazer? Essa foi a vida que eu escolhi e teria que conviver com isso. Com a saudade e todo o resto. Minha ida para a faculdade era algo que eu não gostava de pensar muito, imaginar ter que deixar Regina e ir para longe não entrava na minha cabeça, mesmo que ainda tenha um ano para minha ida, não tinha um dia que eu não pensasse nela.

Despertei dos meus devaneios com meus pais chegando, olhei no relógio e eram exatas 18:00, fui para o banho e me permiti demorar embaixo do chuveiro. Como ainda não era inverno, o clima era bem indeciso e naquela noite estava consideravelmente quente perto das horas anteriores. Coloquei um vestido até o joelho, um all star branco, deixei meus cabos soltos e mal passei maquiagem no rosto, Regina não estaria lá para me ver mesmo. Quando o relógio pontuou às 22:00 o pessoal chegou e eu saí rapidamente antes que meus pais fizessem eu voltar.

— Pronta para ver sua dama? — Ruby falou.

— Ela não vem, não conseguiu voltar de Nova York.

— Eu sinto muito, eu sei o quanto você queria vê-la. Mas não vamos estragar essa noite por isso. Logo vocês irão se ver. — Ruby me abraça e eu fico com o coração mais conformado.

— Você está certa. Vamos aproveitar a noite.

Chegamos na escola às 22:30. O salão já estava cheio, pessoas conhecidas e pessoas novas, novatos que estavam num canto sem interagir com ninguém, já estive em seus lugares, é um saco, mas logo alguém vai inturma-los. Ruby, Killian e eu fomos procurar algo para beber, o som alto tocando End Of The Earth da Marina, fazia todos dançarem, esperei um pouco até ir dançar também. Ficamos um tempo conversando sobre como alguns colegas estavam mudados, a falta de alguns professores. Minha cabeça ainda estava em Regina, o quanto eu queria que ela estivesse ali, mas não peguei meu telefone, era a noite de se divertir, não podia ficar me remoendo com aquilo. Teríamos todo o tempo do mundo.

Logo Ruby e Killian me deixaram alegando que iriam procurar por uma pessoa que eu não sei quem era. Fiquei ali sozinha, como os alunos novos que não interagiam com ninguém, me senti perdida no meio de tanta gente conhecida. Logo outra música começou a tocar. Fechei os olhos e fiquei no embalo da música quando senti uma mão tocando a minha, abri os olhos num pulo e era Regina, bem ali do meu lado, me surpreendendo como sempre fazia.

— Você precisa parar de fazer isso.

— Isso o que?

— Mentir pra mim e aparecer do nada.

— Você adora isso. — Sorrimos. Minha vontade era agarrar ela ali mesmo. — Vem comigo.

— Para onde vamos? — Indaguei curiosa.

— Um lugar reservado para nós.

Fomos para a biblioteca, no segundo andar. Não havia mais ninguém além de nós naquele andar, o que me deixou mais aliviada, me intrigou o fato de Regina ter a chave, mas não quis falar sobre aquilo  no momento. As luzes se acendem e entramos, eu me encostei na mesa enquanto ela trancava a porta.

— Eu amo você. — Ela se vira para mim.

— E eu amo você também, Regina. Mais do que a mim mesma.

— Quero que dance comigo.

— Aqui não tem música. — Ela me mostra o telefone e eu sorrio. Tinha como me surpreender ainda mais? Ela coloca It Must Have Been Love, Minha música preferida no mundo todo. Nos abraçamos e dançamos lentamente conforme a música. Eu sentindo aquele perfume que me embriagava e me apaixonando cada vez mais por Regina Mills.

Eternamente EmmaOnde histórias criam vida. Descubra agora