Perdição em Roma

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Prólogo
Maio de 2013
Florença, Itália
Ela estava passando. O Príncipe ouviu seu coração tartamudear e lento e sua
respiração cresceu ainda mais superficialmente. O jovem Mulher com a alma corajosa
e os grandes olhos verdes estava morrendo.
Os humanos haviam esmagado o crânio na parede. Sem dúvida, seu cérebro estava
ferido. A pele em seus braços estava pálido, quase translúcido. Seu rosto estava
machucado e manchado de sangue.
O Príncipe viu morrer a bondade, não uma vez, mas duas vezes. Ele tinha segurado em
suas mãos e viu o refluxo da vida fora dela, como areia escorrendo pelos dedos. Ele
não deixaria aquela beleza morrer.
Sem a visão dos outros vampiros, ele recuperou as ilustrações que ele deixara no
telhado. Ele a embalou, junto com a mulher enquanto voava pela Ponte Vecchio para o
outro lado do rio Arno. A cada passo, ele concentrou sua antiga audição no som de
seus batimentos cardíacos, preocupado que ficaria em silêncio antes de chegar ao
porto seguro de sua casa.
Ele teria que lhe dar uma grande quantidade de sangue de vampiros para curá-la. Era
possível que estivesse além da sua ajuda. E não seria o sangue dele que ele daria a ela.
Nem mesmo para salvar sua vida.
O Príncipe acelerou o ritmo, sua figura movendo-se como um lampejo de relâmpagos
na colina. Quando ele alcançou os pesados portões de ferro que cercavam sua casa,
ele fez uma pausa, segurando a mulher com mais força. Com um choro, ele saltou
sobre a barreira, aterrando como um gato do outro lado. A mulher gemeu no
movimento, e seus olhos se abriram.
"Cassita", ele sussurrou, seus olhos cinzentos se encontrarem com os dela. "Fique
acordada." Os olhos dele voltaram para sua cabeça. "Sard", ele amaldiçoou, correndo
para a porta da frente da Vila e entrando.
Ele não se incomodou em pedir seus servos; ele tinha apenas alguns minutos, talvez
até alguns segundos antes do coração dela parar de bater para sempre. Ele voou em
sua enorme biblioteca, pressionando um dos volumes na prateleira. Um painel de
madeira em uma parede próxima se moveu, revelando uma porta escondida.
Sem hesitação, o Príncipe entrou na escuridão absoluta que envolveu a entrada e
desceu uma escada, pisando agilmente até chegar ao nível mais baixo. Ele correu pelo
corredor até chegar a uma pesada porta de ferro. Ele pressionou um código secreto
em um bloco numérico e esperou com impaciência como a porta se abrir. O coração
da mulher ficou ainda mais fraco.
Ele a segurou, pressionando seu rosto em seu pescoço, como se sua força pudesse
passar para ela. Como se, por seu toque, ele pudesse mantê-la longe da morte.

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