Capítulo 3

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O nó que se formou em sua garganta, latejou em um aperto, sentiu um vento frio e arrepiante soprar contra si, para notar que havia sido um calafrio.

Ela estava imóvel, o imbecil a segurando, estancou, percebeu que ele franziu as sobrancelhas grossas e cheias, criando uma expressão de reconhecimento ao tom da voz ameaçadora, Toryn podia jurar como o sentiu estremecer, vendo ele mover sua direção para trás, fitando o homem a alguns metros de distância, e ela acompanhou seu olhar, sem ao menos piscar, captou com seu olhar o interceptor.

Jesus. O cara era gigante. Se ela achava o desgraçado a sua frente grande, o outro era o dobro. Ele parecia perigoso, fora a primeira impressão que acolheu quando supervisionou o homem com o olhar, os braços musculosos expostos pela jaqueta preta sem mangas, cada veia rígida era contraída por sua extensão larga, o peito estufado sobre a camiseta preta por baixo da jaqueta, os ombros eram uma obra prima de escultura, eram vastos, todo aquele porte físico só o tornava ainda mais ameaçador mesclado com seu tamanho. As pernas longas e torneadas estavam apertadas em uma calça jeans escura. Levou seu olhar para o rosto masculino e grosseiro que mostrava grandes maçãs do rosto.

Os cabelos negros, eram curtos, quase em um corte militar nas laterais, os lábios cheios estavam curvados em uma carranca, mas foram os olhos azuis escuro que puxaram seu foco.

O homem não era dono de uma beleza comum, era duro e masculino, com visíveis feições dominantes, com uma barba por fazer na mandíbula, que ardonava seu queixo e o contorno dos lábios.

Era óbvio que ele também a estudava pela forma cautelosa e quieta que seus olhos escuros deslizavam por ela.

Se perguntou o porque se sentia tão diferente com seu olhar, nunca havia sido tão afetada assim. A mera presença dominante do homem causava uma sensação de poder sobre os outros. Talvez por isso, o idiota que a segurava estava atônito, parecendo em alerta quando identificou o outro cara.

Toryn notou com clareza quando o aperto em seu braço diminuiu,  todavia, ele não a soltou.

Ela se deu conta que o recinto se acalentou em um silêncio, o clima pesou sobre eles, todos naquele lugar estavam quietos, observando a cena, com nenhum pingo de interesse em entrar naquela bolha tensa que havia se formado, na qual Toryn estava metida.

Claro que estava. Ela quase grunhiu.

Maldito universo.

— Eu não vou avisar outra vez, Trax. — O grandalhão chiou uma espécie de grunhido, como se ecoasse do fundo de sua garganta, seu olhar escuro e feroz, se deslocou para o idiota, que deveria se chamar Trax.

— Quero ela. — Ela engoliu o caroço que se formara na garganta. Aquele desgraçado tornou a apertar seu braço.

O que havia de errado com ele? Toryn pensou na possibilidade do álcool tomando posse de seu controle, mas o filho da mãe não parecia alguém embriagado. Ele só estava sendo um pé na bunda de merda.

Solte-a. Agora. — Rugiu a palavra, a voz áspera.

Ele parecia animalesco, como uma fera tranquila, esperando para atacar. O tremor que sentiu em sua base com aquele som vindo dele não a surpreendeu, foi algo realmente assustador.

— Não meta seu nariz aqui, cara.

— Eu estou tentando manter a calma com você Trax. Você está ferrando com a mulher. O que diabos há com você? Ela não é uma das nossas. Se quer um coito, a várias das nossas que gostariam de acasalar com você. Então, mais uma vez, liberte essa mulher.

Trax inalou o ar, guinchando um resmungo, ele expôs as presas para o homem a frente, como se o confrontase de uma forma.

Toryn assistiu atônita quando o outro fez o mesmo, visualizando com clareza as presas do homem, não pareciam como as suas, ou de qualquer outra pessoa que já tenha visto, embora, se assemelhe as de Trax.

Uma companheira para StormOnde histórias criam vida. Descubra agora