Na semana do casamento, o anseio pela tão aguardada cerimônia foi o assunto mais falado em minha família, todos nós ansiosos com a cerimônia, a união de Ian e Alisson, a moça que já era muito querida e acolhida em nossa família, a partir dali carregaria nosso prezado nome consigo.
Na noite do casamento. Sempre fui um rapaz vaidoso, sempre bem arrumado e nesse dia, não consegui me arrumar como esperava mas como já estava atrasado, fui um pouco frustrado por não estar tão arrumado quanto queria.
La estava eu na cerimônia que já havia começado, todos nós celebrando a união de meu primo, era uma noite muito especial.
Após a entrada da noiva, todos nós nos assentamos e aguardamos as palavras do padre que conduzia a cerimônia mas algo me chamou atenção. Havia uma garota ali naquela cerimônia, sentada de junto de seus pais em alguns bancos um pouco distantes do que eu estava, ao meu lado direito. Olhei fixamente para aquela moça, ela olhou também e senti como se meu coração viesse na boca, nunca senti algo como aquilo na vida, aqueles olhos, aqueles traços, eu estava encantado com aqueles olhos direcionados para mim. Quando notei, a cerimônia já estava se encerrando, todos nós nos levantamos de nossos assentos e começamos a aplaudir os recém-casados mas para mim, não havia interesse algum mais na cerimônia, eu precisava encontrá-la, senti uma imensa sensação de ansiedade naquele momento, estava encantado e também curioso.
Após a cerimônia, houve uma festa para celebrar a união de Ian e Alisson, eu estava na mesa de minha família, porém ao mesmo tempo era como se não estivesse ali, estava muito pensativo, um aperto no estômago, sentia um nervosismo, preocupação, mas eu não tinha escolha, eu precisava conhecê-la!
Durante a festa, levantei de meu assento na mesa de minha família e comecei a andar pelo salão, haviam muitas pessoas no local, onde dançavam, conversavam, sorriam bastante, numa situação em que eu me sentia ansioso se tornou frustrante e diferente pra mim pois jamais senti aquilo, cansado de rodar o salão, vi uma mesa vazia e ali mesmo me sentei, sozinho e pensativo demais, fiquei ali de cabeça baixa por cerca de cinco minutos e foi quando levantei meu olhar ao meu lado direito, ali estava ela e seus familiares, na mesa ao lado, naquele momento a sensação do coração vir a minha boca veio à tona mas eu não conseguia desviar o olhar e eis que ela dá um sorriso, o sorriso que naquele momento tocou regiões do meu coração jamais tocadas antes, não tive coragem de ir até ela em momento algum da festa, ali fiquei, sozinho, durante mais ou menos uma hora, até ela e seus familiares se levantarem para irem embora, para mim foi uma decepção e tanta, eu não poderia deixar a situação daquele jeito, eu tão cedo não dormiria mais, enquanto não soubesse pelo menos o nome da dona daquele sorriso, em um breve momento ela ficou sozinha aguardando seu pai ir buscar o carro, foi quando sem perceber, eu já estava caminhando em direção a ela.-Boa noite - eu disse bem suave e tremendo por dentro e também por fora.
-Boa noite - respondeu ela com um sorriso estampado no rosto , exalando timidez.
-Antes de ir, posso saber o seu nome ? - perguntei ansioso e flutuante, era o momento mais feliz da minha vida.
- Me chamo Aurora. Aurora Devereaux. E você, como se chama ? - respondeu ela sem desmanchar o sorriso em momento algum.
-Me chamo Andreas de Martel, sou primo do Ian - respondi a ela.
-É um prazer em conhecê-lo Senhor de Martel - disse ela.
Seu pai já estava voltando com o carro para que então fossem embora. Não me segurei e tive que dizer.
-O prazer é todo meu Aurora. Espero ter a honra de ver esse sorriso novamente.
E ela respondeu.
-Igualmente! Até mais senhor de Martel.
E então partiu junto de sua mãe que estava um pouco distante conversando com alguns convidados e também com seu pai.
Fiquei ali, paralisado, com os olhos brilhando me perguntando, como existe alguém com tantos traços de perfeição assim. Aurora, ainda vou vê-la novamente.
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The Past Millenia (Os Milênios Passados)
VampireA imortalidade lhe fornece uma eternidade de angustia, onde deseja o fim todos os segundos de sua vida. O ponto de partida para eu começar a viver foi minha morte, a imortalidade me proporcionou amar, odiar, matar para viver, matar para me alimentar...