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Isso não vai ficar assim! Ah, mas não vai mesmo. Você já deve ter visto que sou uma pessoa bem boazinha, que aparento ser idiota de tão ingênua. Continue acreditando nisso, bobinha... As aparências enganam e, quando me irrito, sai de baixo porque fico possuída. Possuída não porque o capiroto ruim nem chega perto do meu corpinho.

Esse pinto de borracha só pode ser algum tipo de brincadeira do vizinho gostosão. Abusado! Como que você simplesmente faz isso com alguém que nem conhece? É um ultraje!

Pego a caixa rapidamente e volto a sair de casa, fechando o portão com toda a força que tenho e andando até o local que o folgado entrou. Bato forte no portão e ele demora a aparecer. Assim que me vê, seus olhos se arregalam de surpresa e curiosidade. Ah, infeliz dos olhos bonitos!

— Escuta aqui, seu... palhaço! Só porque sou uma moça de interior não significa que sou boba, OK? Você não vai brincar comigo assim! — falo, encostando dedo no seu peitoral. — Nossa, é durinho...

Ele solta uma risada, apesar de ainda me olhar com a testa franzida, sem entender o motivo da ofensa.

— Eu malho, obrigado.

— Não muda de assunto! Toma, isso aqui é seu — falo, sentindo a raiva tomando conta de mim. Tenho um metro e meio, então ela se espalha rapidamente. — Se você queria brincar comigo com suas perversões, corte logo suas asinhas! Não permito isso!

— Do que você está falando? — ele pergunta quando empurro a caixa em direção ao seu peito.

Quando o vizinho fanfarrão abre a embalagem, seus olhos se arregalam e ele morde o lábio, prendendo o riso. Meu rosto fica rubro quando ele tira o pênis maior que meu braço dali. Desvio o olhar do dele, muito constrangida por ter vindo aqui confrontá-lo. Eu deveria ter jogado pelo portão com um bilhete desaforado.

— Uau, hein. É grande. Homem nenhum consegue competir com isso. — Ele sacode o objeto roxo, que se mexe em ondulações, e vejo alguns vizinhos rindo ao ver a cena.

— Esconde isso! — brigo, tentando ocultar a imitação do pau do Thanos das vistas curiosas.

— Ah, por quê? Você veio aqui me mostrar seu brinquedo e agora está com vergonha?

— Isso não é meu! — exclamo, acenando freneticamente em negativa. — Isso foi algum tipo de brincadeira sua, não foi? Vamos trolar a vizinha virjona e trouxa!

Seus olhos azul-piscina — oh, Deus, que vontade de me afogar — se arregalam ainda mais com a minha fala e ele abaixa o pênis de brinquedo, passando a língua para lá de saliente pelo lábio inferior.

— Virgem, hein? É uma boa informação, vizinha. — Fico de costas para ele por um instante, passando a mão pelos cabelos, xingando minha língua solta. — Não acha que isso aqui é grande demais para uma virgem?

— Não é meu!

— Meu que não é — fala, abrindo um sorriso zombeteiro. Esse homem não vale nada! — Juro. Eu jamais daria um pau que não fosse o meu de presente para alguém que conheci hoje. Agora, se você quiser brincar com o meu, fique completamente à vontade. Quanto a isso, não me oponho.

Abro e fecho a boca, sem saber o que responder, enquanto o safado me olha de um jeito divertido, esperando pela minha resposta.

Solto um barulho irritado e tento pegar o objeto de sua mão para poder me esconder para sempre na minha casa. Como fui pensar que foi ele? É muita vergonha para uma pobre só.

— Me devolve! — exclamo quando ele esconde o objeto atrás das costas para impedir que eu o pegue.

— Achei que não fosse seu...

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⏰ Última atualização: Jan 04, 2020 ⏰

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