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-Diana, sua paciente já chegou.

-Bom diaaaaaa Carolzinha!-falei animada e Carol como sempre estava emburrada.

-Bom dia.

-Eu não acredito que você não vai colocar um sorriso nesse rosto, eu odeio os dias que você está emburrada.

-Não tô muito bem hoje-comecei a empurrar a cadeira dela para a nossa sala de fisioterapia.

-Quer falar sobre?

-É o mesmo de sempre, meu pai.

-O que houve dessa vez?

O pai de Carol era o centro de todos os seus problemas, os três dias por semana que tínhamos de fisioterapia há um mês e meio já foi o suficiente para que eu pegasse raiva dele.

-O mesmo de sempre, ele nunca tá em casa e quando está ainda fica se lamentando pela minha mãe, como se eu não sentisse falta dela também.

-A prioridade dele tinha que ser você nesse momento-coloquei Carol em uma das macas e começamos o tratamento devagar.

-Parece mais difícil pra ele. Daqui a uma semana eu vou passar na psicóloga, ele que marcou.

-Você pediu?-perguntei concentrada no meu trabalho.

-Não, foi ideia dele. Acho que ele deveria passar também.

-Eu tenho certeza.

...

-Marcos? Cheguei-entrei e ele estava sentado na sala.

-O que você pensa que está fazendo?-perguntei sem conseguir me segurar.

-Como assim amor?

-Olha essa casa Marcos! Eu fico o dia todo trabalhando e você não tem coragem nem de jogar um papel no lixo!! Porra.

-Você sabe eu tô bem mexido com a minha demissão...

-Para Marcos! Para! Já tem mais de uma semana que você não faz nada, nem de casa sai. Eu não tenho que sustentar você.

-Amor não faz isso.

-Sai!-gritei-Me deixa sozinha.

Já tem mais de uma semana e desde que namoramos ele sempre fez chantagem emocional, eu não aguento mais.

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