As Mudanças Do Destino

Capítulo 62

Por Sofia

No sábado, depois que a Tata foi embora, fui fazer alguma coisa pra comer e adiantar uns trabalhos da faculdade.

Faço um macarrão com molho branco rapidão e levo as coisas pro quarto pra começar os trabalhos.

Ligo o radio do quarto e conecto no spotify. Coloco uma playlist qualquer so pra não ficar no silencio total.

Passo o resto da tarde fazendo os trabalhos e quando me dou conta, terminei todos os que tinha pra entregar ate o final da semana.

Guardo tudo , arrumo a escrivaninha do quarto e levo o prato do almoço na cozinha.

Volto pra pegar meu celular e vejo que tem umas mensagens não lidas.

Algumas são do patatiro, e tem umas 3 que me chamaram bastante atenção

notificação

Jorge: Oi Sofia
Jorge: precisava trocar uma ideia contigo
Jorge: tem como eu passar ai mais tarde?

Olho o horário da mensagem e vejo que faz uma hora que ele mandou. Abro a conversa e respondo

📲 Whatsapp 📲

Sofia: oi Jorge, pode sim, so e avisa a hora que estiver chegando. Se eu não responder, se sabe onde fica a chave reserva.
Jorge: pdp. Jaja eu apareço.

📲 Whatsapp 📲

Como eu já tinha arrumado a casa mais cedo, so dou aquela lavada na louça que tinha na pia e vou tomar um banho.

Jorge narra

Depois que a Sofia me respondeu, eu vou tomar banho pra sair mas rápido possível. A Tata tinha mesmo razão, eu to fazendo mo tempestade em copo d'agua.

Eu nem sei o que a paulistinha tem com aquele cara e já logo dei de louca e fiquei com um ciúmes desnecessário.

Tomo o banho bem rápido, me troco, pego a carteira e o celular e saio de casa.

- Ta indo fazer o que eu te falei? - cruzo com a loira e ela me pergunta
- to, tu tinha razão. Tudo desnecessário isso. To indo, se cuida
- certo você. Toma cuidado e vai com calma jaé?!- ela fala
- jaé

Vou pro pé do morro pegar o carro e sigo pra base da morena.

Chego la bem rápido, passo pelo porteiro e subo direto.

Bato na porta e espero um pouco. Ninguém abre então eu pego a chave reserva no vasinho de planta e destranco. Entro e escuto o barulho do chuveiro.

Por isso ninguém abriu. Sento no sofá e espero ela sair

Sofia narra

Termino o banho, coloco a lingerie, passo o hidratante de corpo, escovo os dentes e saio do baheiro.

Quando eu entro no corredor, vejo o Jorge na sala

- você não avisou que tava chegando, fui tomar banho, perdão - falo, segurando a toalha no corpo
- relaxa, não quis atrapalhar, cheguei agora pouco. - ele fala do sofá
- beleza, já volto, se quiser alguma coisa, so dar um grito- viro as costas e vou em direção ao meu quarto.

Coloco uma roupa simples, penteio o cabelo e passo o hidratante no rosto, nos lábios e um perfume fraquinho, so pra não ficar com cheiro de sabonete.

Volto pra sala e ele ta mexendo no celular. Abaixo a musica e sento no sofá, um pouco afastado dele.

- Então, o que você quer aqui? - pergunto, sem muita enrolação
- É..... queria falar contigo sobre o outro dia...... - ele fala hesitante
- Ok, pode falar- cruzo os braços e espero
- Na real, é mais pra pedir desculpa, fui ridículo e so percebi agora. Já tinha falado com você, e tinha dito que não seria babaca, mas a hora que eu vi aquele buque aqui na porta, e depois te vi com aquele cria la no lounge, meu sangue subiu e eu fique um pouco cego.
- Eu não entendi muito bem porque, mas beleza. Eu já tinha dito pra você que eu tava suave, e que eu não tinha mais ninguém, a gente já tinha conversado e ai, do nada você surta e me destrata daquele jeito que você fez la no lounge. Me machucou pra caralho
- Eu sei, não era pra ter feito aquilo, mas foi o que eu disse, eu fiquei cego e acabei fazedo varias merdas. Eu sei que não tem muita justificativa pra tudo isso, mas não queria ficar mal com você e nem te deixar mal por minha causa. Tudo bem se quiser um tempo pra ti e tal, vou entender, mas so queria esclarecer as coisas. - ele fala
- De verdade, eu queria que as coisas fossem mais fáceis, que isso que você me disse aqui pudesse apagar tudo o que aconteceu e eu ficar de boa com você, mas eu preciso desse tempo pra colocar as coisas no lugar. Desculpa, mas eu preciso pensar.
- Não, suave. Vou te dar esse tempo. Obrigada por me ouvir e entender. Quando estiver melhor, e quiser continuar, ce sabe onde me achar.
- Tudo bem.

Termino de falar e ele levanta pra ir embora. Levo ele ate a porta e ele sai meio cabisbaixo. Fecho a porta e sento no sofá pra digerir tudo o que ele me disse.

É tudo muito doido. Minha vida virou de cabeça pra baixo. Meu foco era vir pra ca estudar e cuidar da empresa do meu pai. Hoje, eu já conheci pessoas maravilhosas, que me acolheram como se fosse família, já me envolvi com um cara totalmente diferente de mim, e to aqui, colocando a cabeça no lugar pra não perder o foco.

Decido ir andar um pouco pela praia, pra espairecer.

Pego o celular e dinheiro, coloco no bolso do short. Tranco a casa e saio.

Ando pra caralho, mas ta uma noite muito bonita, então vale a pena. Paro em um quiosque que ainda estava aberto e compro um refri. Vou andando mais um pouco e sento na areia de frente pro mar. Fico ali olhando o mar e pensando em tudo.

Termino a latinha de refri, levanto, limpo a roupa e volto pra casa andando.

Entro em casa, troco de roupa e deito pra dormir. Noite longa.