Única [2Yeon] ~> Hiatus

1. My Boss

Há certas horas, em que não precisamos de um Amor
Não precisamos da paixão desmedida...
Não queremos beijo na boca...
E nem corpos a se encontrar na maciez de uma cama...
Há certas horas, que só queremos a mão no ombro, o abraço apertado ou mesmo o estar ali, quietinho, ao lado... Sem nada dizer.."

-William Shakespeare

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-Nicotina-

Pov Jeongyeon

Domingo.

Acordo como se a noite passada algo tivesse se apoderado do meu corpo violentamente como uma maquina em mau funcionamento prestes a explodir, pior ainda com o telefone tocando atormentando minha mente logo cedo, tento ignorar mas realmente é impossivel ignora-lo quando o barulho só piora sua dor de cabeça

Me levanto contra a gosto e procuro meu celular em meio as garrafas vazias de bebidas, e coisas espalhadas pelo chão. Meus olhos ardiam por ter ido dormir tarde noite passada, quase fechados, minha boca tinha ainda um pouco de gosto de vodka amarga e sem graça

Finalmente acho meu celular entre os tecidos em minha cama

-Alô

-Oi Jeong. Queria saber se voce quer dar uma volta comigo e...

-Não obrigada.

Desligo o telefone na cara de quem parecia ter a voz da Mina, provavelmente era ela pela voz doce e delicada. Eu realmente queria ficar em casa como todos os dias, ainda mais que hoje é domingo, meu último dia antes do começo do meu triste fim chegar e me atacar com a força de tres leões. Mau me recomponho quando me deito na cama novamente e meu celular toca insistente em vibrar. O som aguniante me faz atender com indignação e desgosto

-Que?

-Voce vai sair sim!

-Qual é, Mina? Eu to bem!

-Voce não me engana, e se você não vai por bem... Vai por mau

-Chata!

-Abre a porta...

-Como é?

-Abre a porta ué. Rapido que odeio ficar de pé esperando!

Desliguei rapido o telefone. Droga ela realmente veio... Contrariar Mina era como contrariar a parede ou exigir que um poste lhe obedeça. E agora só me restava deixa-la entrar

Rapido eu pego as bebidas e enfio em baixo da cama junto com caixas de sapato e coisas mau usadas, assim como meu último pacote agora vazio que antes coloquei em minha caixa preta de madeira. Se Mina ver, eu to ferrada! Vai falar a bessa, quero nem imaginar o sermão

Ouço a campainha tocar umas três vezes

-Droga! Não vai dar pra arrumar tudo -Resmungo pra mim mesma vendo a bagunça do meu quarto. Roupas jogadas no chão, prateleiras bagunçadas, coisas fora do lugar...- Ta. O mais importante eu já escondi! Foda-se

Corri pro banheiro pra no minimo lavar o rosto, tirar um pouco da minha cara de morta velha e escovar os dentes. Me olhei no espelho, qualquer um se assustaria com meu rosto agora. Minha cor pálida, meu rosto ja nao mais jovial como meses atrás, meu cabelo bagunçado e embaraçado

-Já vai! -Gritei alto como se fosse me ouvir do andar de baixo e ainda fora da casa. Não sei porque gasto minhas cordas vocais gritando sendo que a garota nem vai me escutar lá de baixo e pra fora de casa