022

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Kendall Beer.

Cantarolo uma música enquanto sentada no gramado da minha casa e logo ouço um certo "pss".

Olho para o frente e vejo ninguém menos que Daniel. Agora que minha irmã estava namorado o irmão dele, ele se achava no direito de ficar perto de mim. Ele era uma tentação.


- Daniel, agora não. Eu estou ocupada.  - Falo e ele dá uma risadinha.

Logo o mesmo olha para minha roupa e sorri de lado. Eu estava com um cropped e uma saia que geralmente usava para ficar dentro de casa por causa do tamanho curto.


- Vamos sair? - Ele fala e sorri para mim. - Estou com tanta vontade de tomar sorvete.

- Eu não acho uma boa ideia. - Murmuro e ele morde os lábios, o que me faz desviar o olhar.

- Por que não? - Ele fala e arqueia as sobrancelhas. - Vai ser um passeio de amigos.

- Amigos não fazem o que você faz. - Falo baixo e ele dá uma risadinha.

- Amigos íntimos fazem. - Ele fala e nega com a cabeça. - E agora somos amigos íntimos.

- O quê?! Não somos íntimos. - Falo arregalando os olhos.

- Agora somos. - Ele diz me olhando e cruzando os braços. - Por que não quer ser minha amiga?!

- P-porque não. - Gaguejo nervosa.

- Você não gosta de mim?! - Ele fala me olhando incrédulo. - Está perdendo um grande amigo.

- Sim, m-mas é que e-eu não posso ficar assim com você. - Falo com as bochechas quentes e ele bufa.

- Deixa de ser chata! - Ele diz soltando um grunhido. - Não é como se eu fosse sequestrar você.

- Tá. - Me dou por vencida. - Eu só preciso vestir uma roupa.

- Você já está vestida. - Ele diz enquanto me olha e nega com a cabeça. - Não tenho tempo para esperar.

- Então não vou a lugar algum. - Falo e ele bufa.

- Você tem 2 minutos. - Ele fala batendo com o dedo no relógio imaginando em seu pulso.

Entro em casa e subo para meu quarto, trocando o que vestia por um shorts e uma blusa de alcinhas.

Logo venho a descer novamente e vejo Daniel impaciente.

- Vamos logo! - Ele fala começando a me puxar pelo braço. - Aquela roupa estava perfeita, não sei porque trocou.

- Você não entende de nada. - Bufo e começamos a ir em direção a uma sorveteria, onde ele pede dois médios e sentamos.

- Diga-me, quantas pessoas já beijou? - Ele questiona e eu arregalo os olhos. - O que foi?

- Só duas. - Falo baixo e corando.

- E quem? - Ele questiona me olhando e parecendo interessado.

- Era um garoto da escola. - Encolho os ombros. - Eu era mais nova.

- Quantos anos você tem? - Ele volta a perguntar e apoiar o rosto na mão.

- Quase 17. - Respondo e dou de ombros.

- Pensei que você tinha 18. - Ele diz e eu arregalo os olhos. - O que foi?

- Não mesmo. - Nego com a cabeça. - Na verdade eu faço 17 amanhã.

- Você vai fazer festa? - Ele fala e eu assinto com a cabeça, logo o vendo arregalar os olhos. - Por que não me convidou?

- Porque...É só um bolo que a minha mãe faz. - Falo e torço os lábios.

- Mas eu adoraria ir. - Ele diz e nega com a cabeça. - Adoro sua mãe.

- Mas você não gosta dessas festas. - Falo piscando algumas vezes.

- Eu gosto de todos os tipos de festas. - Ele diz e volta a negar com a cabeça..- Não sei porque diz isso...

- Se você diz. - Coço a nuca e os sorvetes chegam. - Por que está se aproximando de mim?

- Porque eu quero ser seu amigo. - Ele diz como se fosse óbvio. - Não está claro?

- Não. - Falo na lata.

Ele não queria ser meu amigo e eu sabia disso pelas fotos que me mandava pelo celular.

- Você tem uma ideia bem errada sobre mim. - Ele diz e nega com a cabeça. - Credo.

- Você me envia fotos pervertidas, Daniel. Não entendo o porquê. - Cruzo os braços e ele sorri de lado, na mesma hora que coloca a mão em meu joelho e sobe os dedos.

- Se você não gostasse das fotos já teria me bloqueado. - Ele diz como se fosse óbvio e nega com a cabeça.

Não respondo nada e ele começa a acariciar minha coxa com as pontas dos dedos.

Ele vem a pegar um pouco do sorvete e comer, enquanto o sinto apertar seus dedos ali.

Engulo em seco e minha o pele se arrepia.

- O que está fazendo? - Sussurro.

- Nada. - Ele diz sorrindo para mim e continuando com aquilo.

Abro a boca para falar algo e ele sobe mais, o que me arrepia novamente e me assusta.

O vejo molhar os lábios e continuar subindo com os dedos enquanto eu arregalo os olhos.

Prendo a respiração e ele para praticamente a mão no meio do meu shorts.

Ele me encara por vários segurando e sorri de lado, logo afastando a mão dali. Desgraçado. Estava me testando.

nude boy ↬ Daniel Seavey Onde histórias criam vida. Descubra agora