Primeira - Decadentismo (1914)
Exprime o tédio, o cansaço e a necessidade de novas sensações (“Opiário”); o decadentismo surge como uma atitude estética finissecular que exprime o tédio, o enfado, a náusea, o cansaço, o abatimento e a necessidade de novas sensações. Traduz a falta de um sentido para a vida e a necessidade de fuga à monotonia. Com rebuscamento, preciosismo, símbolos e imagens apresenta-se marcado pelo Romantismo e pelo Simbolismo.
· Falta de um sentido para a vida
· Romantismo e simbolismo
· Embriaguez do ópio
· Horror à vida
· Realismo satírico
· Vocabulário precioso e vulgar
· Imagens
· Símbolos
· Estilo confessional brusco
· Decassílabos agrupados em quadras
· “Opiário "
Segunda – Futurismo (1914 a 1916)
Nesta fase, Álvaro de Campos celebra o triunfo da máquina, da energia mecânica e da civilização moderna. Sente-se nos poemas uma atracção quase erótica pelas máquinas, símbolo da vida moderna. Campos, apresenta a beleza dos “maquinismos em fúria” e da força da máquina por oposição à beleza tradicionalmente concebida. Exalta o progresso técnico, essa “nova revelação metálica e dinâmica de Deus”. A “Ode Triunfal” ou a “Ode Marítima” são bem o exemplo desta intensidade e totalização das sensações. A par da paixão pela máquina, há a náusea, a neurastenia provocada pela poluição física e moral da vida moderna.
· Elogio da civilização industrial e da técnica
· Triunfo da máquina, beleza dos “maquinistas em fúria”
· Intelectualização das sensações, delírio sensorial
· Não aristotélica
· Sado-masoquismo
· Cantar lúcido do mundo moderno
· Influência de Walt Whitman
· Vertigem das sensações modernas
· Volúpia da imaginação
· Hipertrofia ilimitada do eu
· Energia explosiva
· Impulsos inconscientes
· Verso livre, longo
· Estilo esfuziante, torrencial
· Anáforas, exclamações, interjeições, apóstrofes e enumerações
· Fantasia verbal
· Volúpia de ser objecto
· Vítima
· Dispersão
· “Ode triunfal”
Terceira fase – Pessoal ou intimista (1916 a 1935)
Perante a incapacidade das realizações, traz de volta o abatimento, que provoca “Um supremíssimo cansaço, /íssimo, íssimo, íssimo, /Cansaço…”. Nesta fase, Campos sente-se vazio, um marginal, um incompreendido. Sofre fechado em si mesmo, angustiado e cansado. (“Esta velha angústia”; “Apontamento”; “Lisbon revisited”).
· Melancolia
· Devaneio
· Cosmopolitismo
· Cepticismo
· Dor de pensar
· Saudades da Infância ou do Irreal
· Dissolução do eu
· Conflito entre a realidade e o poeta
· Cansaço, tédio e abulia
· Angústia existencial
· Solidão
· “Aniversário” e a “Tabacaria”