Fluorescente

22 1 1
                                    

Há uma fruta rompendo a casca,

espalhando suco em sua boca redonda.

Procuro entender a hipocrisia do sangue corrente 

em seus lábios,

áspero em todos os sentidos.

Meus olhos buscam aquela histamina 

em meus ouvidos.

Me lembro de uma ponte entre nós,

ela partiu quando você não desvendou minha poesia.

Se sou massa poética arrastando pela existência,

espero um sentido para deixar de desfigurar

seus olhos em palavras.

Tenho sentido você desmanchar em versos e...

nada sente, é um completo imbecil

de pedra

com fios dourados

cobrindo o rosto.

Tempestade em copo d'água - PoesiasWhere stories live. Discover now