capítulo 4 - Fatos

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Fiquei inerte encarando aquela porta, realmente não me parecia uma antes... EU TO FALANDO SÉRIO, Tinha iluminação de sol, eu não estou louco.

— Má.. mas ma.. mãe, eu juro qu- — Fui cortado antes de conseguir me explicar

— Tudo bem filho, agora vá, vai e arrume suas coisas — Sorriu fofa e deu tapinhas em minhas costas, se virou ainda me olhando e andou até sumir de minha visão.

Por isso que eles me acham louco, eles nunca me entenderiam.

Encarei novamente aquela porta, estando literalmente incrédulo e curioso eu me aproximei.

Tentando olhar para dentro do quarto pelos vidros da porta, levei a mão na maçaneta e acabei girando despercebido, a porta se entreabriu e eu engoli seco.

O quarto realmente tinha um ar melancólico, sombrio e frio. Haviam caixas por toda parte, teias de aranha nos cantos das caixas, nas paredes e teto.

O quarto realmente era iluminado, mas por uma simples fresta da cortina horrenda que tapava as janelas enormes. Contendo alguns móveis pelo canto do quarto, era insignificante aquelas caixas, quem as deixariam alí, haviam realmente muitas.

Empurrei a porta por completo, e analisei calmamente aquele quarto, um ar gélido bateu contra minhas costas, virei rapidamente para trás, esperando por encontrar uma alma, um fantasma ou sei lá qual seja o espírito... Não havia exatamente nada, voltei a olhar para o quarto e a cortina agora balançava, algo estranho pelas janelas fechadas.

Temendo adentrei completamente o quarto, o ar parecia cada vez mais frio, me causando calafrios.

— Aish — Alisei calmamente os pelos dos meus braços, dando passos lentos pelo quarto.

Bufei coçando a nuca, e abandonei esse medo bobo, me aproximei rapidamente das caixas e comecei a pegá-las, abri um guarda-roupas e coloquei as caixas lá dentro. Sim, eu pensei na possibilidade de joga-las fora, mas vai que o dono vem atrás? melhor não, mas se com o passar do tempo ninguém aparecer, Adeus.

As caixas sendo tantas, que algumas ficaram ao lado do guarda-roupa velho, porém bonito.

Tirar as caixas realmente fora uma boa ideia, deu uma visão maior e melhor do quarto, tem espaço o suficiente para limpar e organizar minha coisas agora, mas para colocar minhas coisas na parede, eu vou precisar de um adulto, que saco. É, vamos lá!

(• • •)

O dia foi normal, chato como sempre, meu pai me ajudou a pregar uns pregos na parede, a colocar as prateleiras e etc...

Minha irmã preferiu tirar o dia para me irritar, tipo quebrar algumas coisas minhas, sumir com caixas, levar para o lixo minhas roupas, as poucas que eu já tenho, e por fim conseguiu uma boa discussão com meus pais e um mês de castigo.

Minhas sorte é ser silencioso, bem na minha, mais que anti social, assim nunca fiquei de castigo por aprontar, desobedecer ou algo do tipo, eu sou o tal orgulho dos pais.

Esperei todos comerem para poder ir jantar, não sei se é disse uma vez, nas odeio jantar em família, eu não tenho boas lembranças disso.

Aliás, que tal aproveitarmos esse tempo livre para ligar fatos sobre mim? será melhor para seu conhecimento, não é?

Vamos montar uma lista com: fatos sobre Jeon Jungkook.

Como vamos começar... hum! Como não tenho muitas coisas na cabeça agora vamos pelas mais simplistas.

*Fatos sobre Jeon Jungkook*

1. Jungkook odeia jantar em família.

2. Jungkook é anti social.

3. Só teve amigos quando era novo e morava em Busan.

4. Jungkook ama Busan, e está feliz por ter voltado a sua cidade natal.

5. Jungkook tem medo do que vê, mas releva.

6. Tem 17 anos, é seu último ano na escola.

7. Nunca namorou.

8. É Virgem.

9. E, é hétero.

Por enquanto esse é o mínimo, não vamos acrescentar tanta coisa, a vergonha alheia que é Jeon Jungkook já é o suficiente para desanimar sua leitura.

Então, voltando ao assunto... Aé, até esqueci de dizer...

10. Jeon Jungkook conversa com um ser sobre natural, minúsculo (Um mini humano/fantasma) e aparece no seu ombro direito toda vez que faz cagada. Então isso não acontece muito, geralmente aparece 1 vez por ano e olhe lá.

Agora sim, esse é um dos fatos que você se quer imaginava, né? pois é, eu entendo seu desespero, mas sigo pleno.

Enquanto pensava longe, nem percebi que minha comida estava ao prato, meu estômago se negou a comer novamente, e assim fiz a sua vontade.

Eu realmente como pouco, uma vez por dia, e as vezes a fome nem vem, imagina só o palitinho que eu sou... É, pois é!

Larguei o prato pela pia e sai da cozinha pensando em qual filme eu assistiria hoje, havia uns novos filmes de terror, acho que hoje cairiam bem ainda mais nessa chuvinha...

Chuvinha não, essa tempestade, misericórdia vai cair o mundo.

Ri de meus pensamentos largando a cortina e tapando a fresta da janela, segui para o corredor e fui as escadas...
Já disse que odeio portas balcões? Aish.

Subi as escadas rapidamente, oque me deixou meio tonto, levei rapidamente a destra a parede para não rolar escada abaixo e franzi o cenho apertando os olhos.

Tudo ficou embaçado, mas recuperou naturalmente a cor e o foco com o tempo, por segundos eu busquei pelo barulho da chuva, e insistindo nisso senti leves pontadas na cabeça.

A chuva cessou?

Indignante, apenas pensar e puf... o barulho da chuva voltou ainda mais forte.

Ignorei qualquer loucura de minha cabeça e terminei de subir as escadas, ao passar pela porta balcão senti um déjà vu, precisei respirar fundo pois senti meu corpo ir e voltar duas a três vezes, numa dessas ele estremeceu e falhou por completo, tomando conta de todo meu equilíbrio e se não fosse pela parede rolaria escada abaixo, de novo!

— Mais que merda é essa? — Indaguei baixinho mordendo o lábio inferior. Em silêncio rodei os olhos por todo o corredor e meus pelinhos se eriçaram.

Fitei o longo corredor e em passos rápidos fui direto para meu quarto. Ao adentrar o quarto fiquei inerte e literalmente incrédulo com aquela visão que tive diante aquele lugar.

As caixas que eu havia organizado estavam de volta para o mesmo lugar, minhas roupas dobradas organizadamente dentro do MEU guarda roupas estavam espalhadas pelo chão, cama e até mesmo janela.

A janela estando aberta, me causou arrepios, mas por conta do vento gelado que atravessou ela me atingindo.

— Merda — Corri desesperadamente quase caindo por cima das caixas e fechei a janela enorme do quarto. Ao fechar a janela e fitar o jardim lá em baixo, jurei ter visto alguém, NÃO, EU VI ALGUÉM. Estava de guarda chuva e roupas escuras, possivelmente molhado, estava embaçada demais a janela para ver perfeitamente. Voltei a fitar o lugar buscando aquela silhueta e tudo que tive visão foi de um vaso de flores, e realmente lembra oque eu detalhei ser um alguém.

A porta bateu com força atrás de mim, me virei com a mão no peito e olhos arregalados, procurei por alguém... e nada.

— QUE INFERNO, QUEM É VOCÊ? — Vociferei despercebido, mas é que as vezes falta a porra da paciência para lidar com isso. Bati com força a destra na janela e rosnei incrédulo. — APARECE, VAI. QUEM É VOCÊ? — apertei os punhos com força e mordi o lábio inferior — COVARDE, INSIGNIFICANTE, FANTASMINHA DE MERDA, EU NÃO TENHO MEDO DE VOCÊ NÃO, IDIOTA — Esbravejei, respirei fundo e me encostei na janela tentando conter a tensão do meu corpo. — Merda, oque você quer? quem é você?




....





— Park... Jimin



_ Continuação

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⏰ Última atualização: Jan 07, 2020 ⏰

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