CONT......

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Eu não queria chegar cedo demais na escola, mas não podia ficar mais na casa.Vesti meu casaco - que me fazia sentir como numa roupa anti-nuclear - e sai para a chuva.

Ainda chuviscava, mas não o suficiente para me molhar muito enquanto procurava pelas chaves da casa que sempre ficavam escondidas nas plantas perto da porta e a trancava.

O barulho das minhas novas botas à prova d'água era irritante. Sentia falta do barulho normal de cimento quando caminhava. Não pude parar para admirar minha nova caminhonete como queria. Estava com pressa para sair da névoa molhada que rondava
minha cabeça e se grudava no meu cabelo por baixo do capuz.

Dentro da caminhonete estava seco e bom. Obviamente, Billy e meu appa tinham limpado o carro, mas os assentos ainda cheiravam vagamente à tabaco, gasolina e menta. O motor ligou rápido, para meu alívio, mas bem alto, ganhando vida ruidosamente e então chegando ao volume máximo. Bom, uma caminhonete velha assim tinha que ter um defeito. O rádio velho funcionava, uma vantagem que eu não esperava.

Achar a escola não foi difícil, apesar de nunca ter estado lá antes. Ela ficava, assim como a maioria das coisas, bem perto da estrada. Não era obviamente uma escola, foi o painel, onde dizia "Escola de Forks", que me fez parar. Parecia uma coleção de casas geminadas, construídas com tijolos marrons. Havia tantas árvores e moitas que não pude perceber seu tamanho logo no início. Onde estava a aparência de lugar público?.

Me perguntava nostalgicamente. Onde estavam as cercas e os detetores de metais?.

Estacionei em frente ao primeiro prédio, onde havia uma pequena placa que dizia "secretaria". Não havia mais carros estacionados ali, então tive certeza de que era proibido, mas decidi que pegaria instruções lá dentro ao invés de ficar andando em círculos na chuva como uma idiota. Saí a contragosto da caminhonete quentinha e fui por um caminho de pedra circundado por uma sebe escura.

Respirei fundo antes de abrir
a porta.

Lá dentro estava bem iluminado e bem mais quente do que imaginava. A secretaria era pequena, com uma pequena sala de espera com cadeiras dobráveis, carpete laranja, avisos e prêmios abarrotados pelas paredes e um grande e ruidoso relógio.

A sala era partida ao meio por um grande balcão, cheia de cestas de arame repletas de papéis e anúncios coloridos colados na parte da frente.

Havia três mesas atrás do balcão, uma
delas ocupada por uma mulher ruiva e grande, usando óculos. Ela vestia uma camiseta roxa, que imediatamente me fez sentir com roupas demais.

A ruiva olhou para mim.

— Posso ajudá-lo?

— Sou Park Jimin — informei-lhe, e vi seus olhos demonstrarem reconhecimento imediato. Eu era esperado, tópico de fofocas, com certeza. O filho da ex-mulher do chefe de polícia finalmente retorna à casa.

— Claro — ela disse. Ela percorreu uma pilha precária de documentos em sua mesa até achar os que procurava.

— Seu horário está aqui, e um mapa da escola. — Ela trouxe várias folhas até o balcão para me mostrar.

Ela me ditou todas as minhas aulas, mostrando-me no mapa a melhor maneira de chegar até elas, e me deu um papel para que todos os professores assinassem, que deveria trazer
de volta no fim do dia.

Ela sorriu para mim e desejou, como o senhor Park, que eu gostasse de Forks.

Sorri de volta da maneira mais convincente possível. Quando cheguei de volta na caminhonete, outros alunos começavam a chegar. Fui atrás do tráfego, contornando a escola.

Fiquei feliz ao ver que a maior parte dos carros eram velhos como o meu, nada muito chique. Em casa eu morava num dos poucos bairros de classe baixa que estavam incluídos no Distrito Paradise Valley. Era comum ver um
Mercedes ou Porsche novo no estacionamento dos alunos. O carro mais legal aqui era um brilhante Volvo, que se sobressaia. Mesmo assim, logo que estacionei desliguei o motor, para que o barulho enorme não chamasse atenção para mim.

Olhei para o mapa na caminhonete, tentando memorizá-lo agora, esperando que não fosse precisar andar com ele colado no nariz o dia todo. Enfiei tudo dentro da mochila, coloquei a alça sobre o ombro e respirei bem fundo. "Posso fazer isso", menti muito mal para mim mesma. Ninguém ia me morder. Eu finalmente exalei e sai do carro.

Fiquei com o rosto coberto pelo capuz enquanto caminhava até a calçada, cheia de adolescentes. Meu casaco preto e simples não se destacava na multidão, percebi com alívio.

Assim que cheguei no refeitório era fácil de ver o prédio três. Um grande "3" estava pintado num quadrado branco no casto leste do prédio. Senti minha respiração acelerar cada vez mais enquanto me aproximava da porta.

Tentei segurar minha respiração
enquanto seguia duas capas de chuva unisex através da porta.

A sala de aula era pequena. As pessoas na minha frente pararam assim que entraram na sala para pendurar seus casacos numa longa fileira de ganchos. Fiz o mesmo. Eram duas garotas. Uma loira com pele de porcelana, outra, também com a pele clara, tinha cabelos castanho claro. Pelo menos a minha pele não se destacaria aqui.




Imaginem os meninos de uniformes ok como está na mídia acima.

Beije beije, Tchaul tchaul

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